6 riscos empresariais de NÃO ter um benefício de saúde mental!
Compreender e abordar os riscos empresariais associados à saúde mental dos colaboradores é mais do que uma questão de responsabilidade social — é uma estratégia crítica para a sustentabilidade e sucesso a longo prazo das organizações.
No âmbito deste debate, explorarei os riscos de não ter um benefício de saúde mental, analisando os problemas empresariais diretos e indiretos que são enfrentados ao negligenciar o apoio essencial à saúde mental da equipe.
Desde desafios na retenção de talentos até impactos na produtividade, esta análise destacará por que considerar e implementar benefícios específicos de saúde mental não apenas promove um ambiente de trabalho saudável, mas também resguarda as empresas contra possíveis adversidades.
Sou Rodrigo Roncaglio, CEO do Guia da Alma: plataforma de saúde mental para empresas e pessoas. Boa leitura!
Índice
Saúde mental no trabalho: um tema urgente
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil apresenta a maior prevalência de indivíduos ansiosos, representando 9,3% da sua população.
Além disso, dados adicionais indicam que 86% dos brasileiros enfrentam algum tipo de transtorno mental, como ansiedade e depressão.
A OMS também destaca um alerta, informando que 1 em cada 4 pessoas experimentará algum transtorno mental ao longo de sua vida.
Dessa forma, a saúde mental no ambiente de trabalho emergiu como um tema de extrema urgência, à medida que os impactos psicológicos das pressões laborais tornaram-se mais evidentes e significativos.
O ambiente profissional, muitas vezes competitivo e exigente, pode desencadear uma série de desafios para a saúde mental dos colaboradores.
Um dos impactos na saúde mental mais notáveis é o aumento do estresse, decorrente de prazos apertados, cargas de trabalho excessivas e expectativas elevadas.
Segundo pesquisa da Occupational Safety and Health Association (OSHA), as seguintes causas mais comuns de estresse relacionadas ao trabalho são:
- 72% reorganização do trabalho ou insegurança;
- 66% extensos horários de trabalho ou volume de trabalho excessivo;
- 59% intimidação ou assédio no trabalho.
Esse estresse crônico pode resultar em uma variedade de problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão.
Além disso, a falta de equilíbrio entre vida profissional e pessoal pode contribuir para o surgimento de problemas relacionados ao esgotamento profissional, também conhecido como síndrome de burnout.
Segundo um levantamento da Gallup em 2022, 76% dos trabalhadores nos Estados Unidos afirmam experimentar intensa fadiga e frustração, indicativos de burnout.
Notavelmente, os perfeccionistas estão em maior risco de esgotamento do que a média profissional, e esse risco tem aumentado desde a década de 1980, atribuído ao crescimento da pressão, do estresse e da ansiedade.
A pressão constante por desempenho, combinada com a incerteza do ambiente de trabalho moderno, pode levar à diminuição da satisfação no trabalho e à falta de motivação.
Isso não apenas afeta o bem-estar individual dos colaboradores, mas também pode impactar negativamente a produtividade e a eficiência organizacional.
Além disso, a falta de apoio adequado e o estigma associado às questões de saúde mental muitas vezes impedem que os colaboradores procurem ajuda.
Um estudo conduzido pelo instituto britânico de saúde mental Mind revelou que 90% das pessoas que se ausentaram do trabalho devido ao estresse não mencionaram essa razão como causa de sua ausência.
A pesquisa também indica que a maioria dos profissionais que compartilharam seus problemas mentais com seus empregadores enfrentou discriminação e, em alguns casos, até mesmo demissão.
Dos indivíduos que comunicaram sua condição aos seus superiores:
- 6% relataram terem sido compelidos a deixar seus cargos;
- 2% foram dispensados.
Isso cria um ciclo prejudicial, onde as dificuldades emocionais persistem sem tratamento adequado, agravando ainda mais os problemas.
Diante desse cenário, torna-se de extrema relevância que as organizações adotem medidas proativas para promover a saúde mental no local de trabalho.
Afinal, investir na saúde mental dos colaboradores não apenas beneficia individualmente cada membro da equipe, mas também contribui para o crescimento e a prosperidade organizacional a longo prazo.
A realidade da saúde mental no Brasil
Os problemas de saúde mental tornaram-se uma questão predominante nos ambientes laborais, representando agora 52% de todas as lesões ou doenças relacionadas ao trabalho. (Atticus)
Os dados foram obtidos por meio de entrevistas com mil participantes nos Estados Unidos, além de informações recentes da Agência de Administração de Segurança e Saúde Ocupacional e da Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos EUA, juntamente com dados do Google Trends.
Importante notar que os impactos dos problemas de saúde mental afetam profissionais em todo o mundo.
No Brasil, transtornos mentais relacionados ao trabalho figuram como a terceira principal causa de afastamento, segundo Tânia Maria de Araújo, pesquisadora da UEFS.
A situação é agravada especialmente para mulheres, e em particular para as mães.
As esferas financeira e profissional representam áreas de considerável desconforto para as mulheres no Brasil, seja devido a dívidas, baixos salários ou sobrecarga de trabalho.
Atualmente, 60% delas desejam alterar sua situação financeira e 30% buscam mudanças no ambiente de trabalho, conforme indicado por uma pesquisa da Think Olga, uma ONG focada em questões de gênero que apresentou um panorama da saúde mental feminina baseado nas perspectivas de 1078 brasileiras com mais de 18 anos.
Isso ajuda a explicar por que 45% das mulheres receberam diagnósticos de ansiedade, depressão ou outros transtornos mentais.
Contudo, pode-se afirmar que o interesse dos brasileiros pelo bem-estar mental quase triplicou em quatro anos, conforme indicado por uma pesquisa da Ipsos, divulgada em outubro de 2022.
O levantamento destaca que 49% das pessoas apresentam sintomas de ansiedade e depressão, sendo o ambiente profissional apontado como um possível gatilho.
Por outro lado, uma pesquisa conduzida pela Ticket, marca da Edenred Brasil, revela que mais da metade dos profissionais brasileiros (56%) nunca procurou apoio psicológico ou psiquiátrico para sua saúde mental.
Dos 44% que buscaram ajuda:
- 22% o fizeram no último ano;
- 5% nos últimos 24 meses;
- 4% nos últimos 36 meses;
- 13% há mais de três anos.
Entre as razões para não buscar suporte especializado:
- 35% indicaram incerteza quanto à necessidade;
- 18% mencionaram que o plano de saúde não cobre sessões de terapia e/ou consultas com psiquiatras;
- 18% expressaram receio de enfrentar preconceito no ambiente de trabalho;
- 30% afirmaram não necessitar de nenhum apoio.
Apesar do grande percentual de pessoas que nunca buscaram ajuda emocional, 40% relataram que, ao gerenciar o tempo para promover equilíbrio físico e mental, procuraram a orientação de um psicólogo ou psiquiatra. (Ticket)
O estudo também evidenciou que 55% das empresas não oferecem aos colaboradores sessões de terapia ou benefícios relacionados à saúde mental, levando 25% dos trabalhadores a gastar até R$500 em tratamentos e apoio psicológico.
Ao serem questionados sobre os benefícios corporativos desejados para promover o bem-estar e a saúde mental:
- 53% dos participantes escolheram aqueles voltados para cuidados com a saúde, como convênios;
- 50% destacaram a importância das sessões de terapia.
Leia também: O futuro dos benefícios flexíveis: empresas, tipos e tendências!
Quanto aos fatores considerados mais importantes para garantir o bem-estar e a saúde mental no trabalho:
- 58% enfatizaram o equilíbrio entre vida pessoal e profissional;
- 48% mencionaram o equilíbrio entre volume de trabalho e salário recebido;
- 34% destacaram a boa relação com colegas de trabalho;
- 31% apontaram a boa relação com o gestor imediato.
Como afirma Tatiana Romero, Diretora de Recursos Humanos da Ticket:
“O tema saúde mental ainda é um tabu para muitas pessoas, principalmente no universo corporativo.
Por isso, é importante que as empresas criem um ambiente acolhedor para que os profissionais tenham segurança em demonstrar suas fraquezas emocionais e pedir apoio.
(…)
Esses resultados são um alerta para as empresas avaliarem os benefícios que oferecem aos funcionários e considerem a importância dos voltados à saúde mental, uma vez que o equilíbrio emocional das pessoas também está diretamente ligado à produtividade no trabalho.”
A gravidade do assunto é evidente.
Segundo a OMS e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a economia global perde quase um trilhão de dólares anualmente devido a problemas de saúde mental.
Isso se traduz em cerca de 12 bilhões de dias de trabalho perdidos em todo o mundo anualmente, associados a distúrbios como depressão e ansiedade.
As empresas agora consideram a saúde mental como uma das principais causas dessas despesas. (The Wall Street Journal)
De acordo com o Instituto Ipsos, 53% dos brasileiros relataram alguma deterioração na saúde mental em 2020, representando a quinta maior alta entre os 30 países pesquisados.
Já uma pesquisa da Oracle realizada em 11 países revelou que 84% dos funcionários brasileiros acreditam que suas empresas precisam fazer mais para proteger a saúde mental.
A OMS e a OIT destacam a importância de as empresas apoiarem a prevenção de riscos ao bem-estar emocional e oferecerem suporte aos colaboradores que enfrentam esses problemas, possibilitando que eles participem ativamente e cresçam profissionalmente.
Entretanto, a saúde mental dos colaboradores continua sendo um desafio para muitas empresas.
Portanto, é extremamente importante buscar apoio especializado para identificar as vulnerabilidades no ambiente corporativo e desenvolver um plano que atenda às necessidades específicas de cada organização.
6 riscos empresariais relacionados à saúde mental no ambiente de trabalho
Confira!
1. Aumento do absenteísmo
O aumento do absenteísmo, associado a questões de saúde mental, emerge como um risco empresarial significativo para os gestores.
O absenteísmo refere-se à ausência frequente e prolongada dos colaboradores no trabalho, e seu crescimento pode ser atribuído, em grande parte, aos problemas relacionados à saúde mental no ambiente corporativo.
Uma pesquisa intitulada Mental health and productivity at work: Does what you do matter? revelou que as taxas de absenteísmo são cerca de 5% mais altas entre os trabalhadores que declaram enfrentar problemas de saúde mental.
Adicionalmente, os transtornos psicológicos já ocupam o terceiro lugar entre as causas de afastamento de trabalhadores no Brasil, conforme indicado pela Secretaria da Previdência.
Contudo, o aumento na incidência de doenças mentais nos últimos anos sugere que a situação tende a se agravar ainda mais.
A crescente prevalência de condições como ansiedade, depressão e estresse no ambiente de trabalho tem contribuído para um aumento substancial nas taxas de absenteísmo.
O estresse crônico e as pressões relacionadas ao trabalho muitas vezes resultam em faltas frequentes, licenças médicas prolongadas e redução da produtividade.
Os funcionários que enfrentam desafios de saúde mental podem sentir a necessidade de se afastar temporariamente para lidar com suas condições ou buscar tratamento adequado.
Para as empresas, o aumento do absenteísmo não apenas impacta a continuidade operacional, mas também resulta em custos adicionais.
A necessidade de contratar temporários para substituir funcionários ausentes, bem como os custos associados ao treinamento e à adaptação de novos colaboradores, pode sobrecarregar os recursos financeiros da empresa.
Além disso, o aumento do absenteísmo relacionado à saúde mental também afeta o moral e a cultura organizacional.
Colaboradores que se sentem sobrecarregados ou não apoiados em questões de saúde mental podem experimentar uma redução na satisfação no trabalho, prejudicando o engajamento e a lealdade à empresa.
2. Redução da produtividade
Colaboradores que enfrentam desafios relacionados à saúde mental muitas vezes experimentam dificuldades em manter níveis consistentes de engajamento no trabalho.
A falta de motivação, energia reduzida e concentração prejudicada são sintomas comuns que contribuem para uma menor eficiência nas atividades diárias.
Além disso, o ambiente de trabalho desempenha um papel importante na promoção ou redução da produtividade associada à saúde mental.
As empresas enfrentam, assim, o desafio de lidar não apenas com a redução da produtividade, mas também com os custos associados a essa diminuição de eficiência.
A contratação de recursos temporários, o retrabalho de tarefas incompletas e a possível perda de clientes devido a atrasos são algumas das ramificações financeiras decorrentes desse problema.
Diante desse cenário, muitas organizações estão reconhecendo a importância de investir em programas abrangentes de bem-estar mental no trabalho.
De acordo com uma pesquisa da OMS, para cada US$ 1 investido em ações que promovem melhorias na saúde e bem-estar mental dos colaboradores, US$ 4 são percebidos em ganhos com o aumento da produtividade.
Estratégias que promovem uma cultura de apoio, oferecem recursos para gerenciamento de estresse e incentivam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional são fundamentais para mitigar o risco da redução da produtividade relacionada à saúde mental.
3. Doenças do trabalho, como a Síndrome de Burnout
Em 2019, a OMS classificou o Burnout como um fenômeno ligado ao trabalho.
Mas foi em 2022 que a síndrome foi oficializada com CID e, segundo o texto, como estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso.
Segundo o artigo Avaliação da produtividade na síndrome de burnout, de Adriano Hyeda e Zuher Handar, que avaliou o impacto do burnout no desenvolvimento do presenteísmo pelos sintomas emocionais em um grupo de enfermagem:
“Os sintomas emocionais referidos pelos trabalhadores afetaram significativamente no desempenho dos funcionários com burnout, interferindo na capacidade de concentração e na conclusão das atividades laborais.”
Confira aqui alguns dos sinais e sintomas do Burnout mais frequentes que os colaboradores podem apresentar:
- Necessidade constante de aprovação e validação;
- Incapacidade de se desligar do trabalho, estando sempre online e fazendo horas extras;
- Colocar o trabalho antes nas necessidades pessoais;
- Mudanças visíveis em comportamentos, humor e valores pessoais;
- Distanciamento social e problemas interpessoais;
- Exaustão e falta de energia;
- Rendimento, desempenho e produtividade em queda;
- Baixa motivação;
- Negativismo;
- Problemas de saúde frequentes;
- Sentimentos de incompetência e insegurança.
Quer saber como tratar a síndrome de burnout de forma integrativa?
Incentivar pausas no trabalho para dar um reset na mente são muito saudáveis e podem ajudar a aliviar os sintomas do burnout, da ansiedade e estresse, além de outras práticas integrativas comprovadas cientificamente:
- Mindfulness no trabalho;
- Yoga laboral;
- Ginástica Laboral;
- Exercícios de respiração;
- entre outros.
Sabemos que o Burnout é apenas uma das centenas de doenças ocupacionais que representam riscos com afastamentos, sinistralidade, seguros e, até mesmo, trabalhistas!
Conheça a Plataforma de Saúde Mental para Empresas e Pessoas do Guia da Alma!
4. Aumento do índice de turnover
Turnover significa o índice de rotatividade de funcionários de uma empresa, seja por movimentações internas, novas contratações ou desligamentos.
Diminuir o índice de turnover deve ser uma meta de toda empresa, pois a taxa de rotatividade representa a saúde organizacional do local de trabalho.
Perder colaboradores é sempre algo prejudicial para a empresa:
- Para a empresa, os custos para treinar e qualificar uma nova equipe são altos;
- Para o colaborador, perder colegas de equipe com frequência é um fator de desmotivação.
Por isso, manter a taxa de turnover baixa é um assunto de extrema importância.
Se sua empresa apresenta altas taxas de rotatividade, isso pode significar que ela apresenta sinais de problemas com:
- Recrutamento;
- Cultura e clima organizacional;
- Estratégia de benefícios, remuneração e planos de carreira.
Como está a taxa de turnover da sua empresa? Descubra agora:
Para calcular a porcentagem de turnover de colaboradores, deve-se levar em conta a quantidade de turnover geral, turnover de desligados e turnover de admissões.
O cálculo pode ser feito por mês, trimestre, semestre e por ano, incluindo os desligamentos causados por fatalidades ou aposentadorias.
A fórmula é: ([admissões + desligamentos] ÷ 2) ÷ total de funcionários x 100
Fique atento a esse resultado, pois, de acordo com estudo da FecomercioSP, a taxa de turnover geral acima de 5% já é motivo de preocupação.
Segundo estudo realizado pela consulta de empregos brasileira, Catho:
- Mais de 28% dos mais de 24 mil colaboradores analisados disseram que pedem demissão de seus empregos por uma busca de perspectivas melhores na carreira profissional;
- Enquanto mais de 22% responderam que preferem sair do emprego atual para buscar salários melhores do que ter uma conversa franca com seus gestores para melhorar o salário que recebem.
Segundo matéria de Marcelo Soares para Você S/A (2022), que fala sobre o fenômeno da grande resignação que chegou ao Brasil:
“Dá para resumir em três pontos o que leva uma pessoa a se demitir: ganhar um salário melhor, mudar-se para um ambiente de trabalho mais saudável e dar um upgrade na qualidade de vida.”
O investimento em saúde mental corporativo torna-se cada vez mais necessário, principalmente para a retenção de talentos.
Quando a empresa demonstra que se preocupa com o bem-estar do seu colaborador, ele sente-se acolhido e tem maior probabilidade de buscar autoconhecimento, para entender e solucionar conflitos que interferem na redução da produtividade e motivação no trabalho.
Nesse ponto, as práticas e terapias complementares podem surgir como âncoras de bem-estar para o colaborador, que cada vez mais sofre com extrema autocobrança, gerando burnout (CID-11) e demais síndromes, onde, por falta de autoconhecimento, acaba por se desligar da empresa em que trabalha.
5. Aumento de acidentes de trabalho
Um acidente laboral acontece no decorrer ou como resultado de alguma tarefa realizada no ambiente de trabalho.
Este acidente pode ou não resultar em efeitos adversos, incluindo a deterioração temporária ou permanente da saúde física ou até mesmo o falecimento da pessoa envolvida.
O conceito mencionado é explicitamente definido pelo Artigo 19 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991:
“Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho […], provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.”
Existem vários tipos de riscos à saúde ocupacional que podem afetar a saúde e segurança dos trabalhadores.
Colaboradores com problemas de saúde mental podem estar mais propensos a se envolver em comportamentos de risco, desafiando regras de segurança.
Uma cultura de segurança forte está intrinsecamente ligada à saúde mental, pois um ambiente que valoriza a segurança e o bem-estar dos colaboradores pode reduzir o estresse e a ansiedade.
Além disso, investir em medidas de saúde e segurança no trabalho pode reduzir os custos associados a acidentes de trabalho, licenças médicas e indenizações por lesões.
Segundo a OMS, a definição de local de trabalho saudável é um:
“Local onde trabalhadores e gestores ativamente contribuem para a promoção da saúde, segurança e bem-estar de todos os envolvidos.”
Uma dica é fornecer treinamento de conscientização sobre segurança que inclua considerações de saúde mental e criar um ambiente de trabalho que promova a confiança e o respeito, facilitando a comunicação sobre preocupações.
Para prevenir acidentes de trabalho:
- Organize e promova a Semana SIPAT, um evento anual focado na conscientização sobre saúde e segurança no trabalho;
- Inclua palestras, treinamentos, atividades interativas e campanhas de segurança durante a semana.
Conheça:
- Ações para SIPAT online na sua empresa
- Plataforma de Saúde Mental para Empresas e Pessoas do Guia da Alma!
6. Custos com saúde
A Lancet Commission prevê que os distúrbios mentais podem custar cerca de US$ 16 trilhões entre 2010 e 2030 se medidas necessárias não forem tomadas.
Uma má gestão de riscos corporativos relacionados à saúde mental pode custar muito caro para as empresas, para a economia e, claro, para a vida dos indivíduos.
A saúde mental precária e o sofrimento emocional são problemáticos para as empresas e pode resultar em:
- Colaboradores descomprometidos;
- Falhas na comunicação;
- Alta rotatividade e turnover;
- Baixo desempenho e foco no trabalho;
- Afastamentos;
- Declínio na produtividade;
- Má reputação da empresa;
- Diminuição de lucros.
Segundo relatório da GPTW de 2023:
- 96,4% das pessoas considera a saúde mental/emocional um ponto relevante para a Gestão de Pessoas na empresa;
- Apenas 49,7% das empresas têm orçamento direcionado para ações voltadas para a saúde mental;
- 90% das Melhores Empresas para Trabalhar em 2022 indicaram que adotaram práticas relacionadas à saúde mental e bem-estar nos últimos 20 meses.
É necessário buscar soluções para aliviar esses problemas, adotando programas de saúde e bem-estar para os colaboradores ou mudando o ambiente de trabalho para locais mais saudáveis e motivadores.
Como reduzir os riscos empresariais com a saúde mental
É responsabilidade da empresa proporcionar um ambiente de trabalho saudável.
Confira estratégias para não apenas reduzir os riscos empresariais associados à saúde mental, mas também criar ambientes de trabalho mais saudáveis, produtivos e sustentáveis:
Oferecer um benefício de saúde mental aos colaboradores
Cada vez mais as companhias estão entendendo que oferecer benefícios corporativos para a equipe de colaboradores é uma forma mais eficaz de atrair e reter talentos.
Segundo pesquisa do Gympass de 2022:
- 83% dos colaboradores, o bem-estar é tão importante quanto o salário;
- 85% tendem a permanecer em uma empresa que prioriza esse quesito;
- 77% afirmam que poderiam deixar um emprego caso o bem-estar não seja prioridade na companhia.
Um dos benefícios atrativos mais comuns oferecidos pelas empresas é o acesso a planos de saúde, para resolver questões de ordem física.
Empresas investem enormes quantias com sinistralidade e afastamentos por problemas de saúde.
Porém, o que muitas empresas têm percebido é que cuidar da saúde de maneira preventiva, pode ser uma grande vantagem para evitar custos e problemas com colaboradores.
E ainda: que o cuidado com a saúde mental pode ter enormes vantagens para ambos lados!
Oferecer benefícios que cuidam do corpo e mente dos funcionários significa valorizar o capital humano da empresa.
É preciso ir além e não oferecer apenas mais do mesmo: ao inovar nos benefícios, a sua empresa valoriza o profissional e sai na frente da concorrência.
Por isso, ouvir o time de funcionários e estar a par das tendências do mercado é tão importante.
Tendo isso em vista, a gestão de benefícios corporativos enxerga os benefícios inovadores como uma estratégia para competir com outras empresas do país ou do mundo, com a intenção de atrair e engajar os profissionais de alta performance do mercado atual.
Além disso, 63,4% dos profissionais afirmam dar tanta importância ao pacote de benefícios corporativos quanto ao salário (Robert Half).
As vantagens são de ordem recíproca: os colaboradores sentem-se reconhecidos e apreciados na empresa, melhorando o desempenho e gerando lucros para a companhia.
Promover ações de saúde mental no ambiente de trabalho
Atenção, líderes! Aqui estão algumas ideias de ações de saúde mental para promover no trabalho:
Divulgação de materiais informativos:
- Criar e compartilhar ações de endomarketing criativas, como posts informativos em redes sociais, intranet da empresa ou boletins informativos internos;
- Disponibilizar cartilhas, infográficos e outros recursos educativos sobre saúde mental e prevenção do suicídio;
- Integrar informações sobre saúde mental em comunicações regulares da empresa.
Palestras educativas e workshops:
- Convidar profissionais especializados em saúde mental para ministrar palestras virtuais ou presenciais para os colaboradores;
- Organizar workshops práticos sobre habilidades de gerenciamento de estresse, resiliência e comunicação eficaz.
Cursos online:
- Investir em cursos online sobre bem-estar emocional, autoconhecimento e manejo de emoções;
- Parceria com plataformas de aprendizado para disponibilizar cursos relevantes aos colaboradores.
Contratação de especialistas:
- Buscar empresas especializadas em saúde mental para oferecer serviços de consultoria, treinamentos e programas personalizados;
- As plataformas contratadas podem disponibilizar serviços relacionados ao bem-estar, como sessões de terapia, práticas de meditação e atividades físicas;
- Promover desafios empresariais de autocuidado, como a prática regular de exercícios, meditação ou diário de gratidão.
Confira: Calendário RH: datas comemorativas para se planejar o ano todo!
Como o Guia da Alma pode ajudar sua empresa
A responsabilidade da empresa em promover um ambiente de trabalho saudável vai além do aspecto físico e se estende ao bem-estar mental dos colaboradores.
A implementação de políticas e programas de bem-estar nas empresas, que incluem o acesso a profissionais de saúde mental e ações preventivas, é essencial para criar um local de trabalho que valorize a saúde integral.
Ao oferecer suporte emocional, a empresa não apenas contribui para o bem-estar dos colaboradores, mas também melhora a produtividade e a satisfação no trabalho.
A ausência de apoio, por outro lado, pode resultar em riscos significativos, incluindo:
- Aumento do estresse;
- Queda na produtividade;
- Elevação das taxas de rotatividade;
- Crise de ansiedade no trabalho;
- Entre outros.
Reconhecemos a importância dessas iniciativas e convidamos você a explorar mais sobre como nossa plataforma pode ajudar a promover um ambiente de trabalho mais saudável e apoiar a saúde mental dos colaboradores.
Somos uma plataforma de saúde mental para empresas e pessoas.
Temos como missão guiar pessoas e organizações para que vivam a sua melhor versão, com terapeutas para cuidar, conteúdo para orientar, e tecnologia para facilitar!
Nossa solução conta com:
- Plataforma de terapia online e conteúdo;
- Dados e tecnologia para saúde mental;
- e muito mais!
Conheça a Plataforma de Saúde Mental para Empresas e Pessoas do Guia da Alma!