6 fatos e dados sobre saúde mental no trabalho: você precisa conhecer!

Pesquisas e estatísticas que demonstram a importância da saúde mental no ambiente de trabalho.
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Dados sobre saúde mental no trabalho são extremamente importantes para entender os impactos que a saúde mental e emocional na vida dos colaboradores, das empresas e sociedade.

Assim podemos tomar medidas para melhorar esse cenário!

A depressão, burnout, estresse e ansiedade são alguns dos principais transtornos de saúde mental, que afetam negativamente a integridade e produtividade dos trabalhadores.

O que os dados sobre saúde mental no trabalho tem para nos mostrar?

Confira dados sobre saúde mental no Brasil e no mundo e pesquisas sobre saúde mental no trabalho. Entenda seus impactos nas empresas e colaboradores!


1. A má gestão da saúde mental no trabalho gera prejuízos

ícone de Empresas que escolheram investir em terapia

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a definição de saúde mental é:

“Um estado de bem-estar em que o indivíduo está ciente de suas próprias habilidades, pode enfrentar as tensões normais da vida, pode trabalhar de forma produtiva e frutífera e é capaz de contribuir com a sua comunidade.”

Ainda segundo a OMS, a definição de local de trabalho saudável é um:

“Local onde trabalhadores e gestores ativamente contribuem para a promoção da saúde, segurança e bem-estar de todos os envolvidos.”

Segundo estimativa da OMS:

  • As doenças mentais estão entre as principais causas de perda de dias de trabalho no mundo (chegando até 200 dias de trabalho/ano para casos graves);
  • Os problemas de saúde mental podem custar US$ 1 trilhão à economia global a cada ano em perda de produtividade.

Já a Lancet Commission prevê que os distúrbios mentais podem custar cerca de US$ 16 trilhões entre 2010 e 2030 se medidas necessárias não forem tomadas.

Uma má gestão de saúde mental pode custar muito caro para as empresas e para a economia, além de claro: à vida dos indivíduos.

É necessário buscar soluções para aliviar esses problemas, adotando programas de saúde e bem-estar para os colaboradores ou mudando o ambiente de trabalho para locais mais saudáveis e motivadores.

2. Investir em saúde mental no trabalho não é mais opcional

imagem de O que é saúde mental no trabalho: OMS

Foto: skynesher – istock

É importante observar que as doenças mentais afetam a sociedade e, por consequência, os ambientes de trabalho.

Portanto, aumentar a conscientização sobre o tema, nestes locais, pode ser benéfico e saudável, além de reduzir o estigma em torno das doenças mentais. À medida que os colaboradores ficam mais informados, descaracteriza-se um tabu e a forma de entendimento muda.

O bem-estar do colaborador é importante para o sucesso da empresa.

A saúde mental precária e o sofrimento emocional são problemáticos para as empresas e pode resultar em: 

  • Colaboradores descomprometidos;
  • Falhas na comunicação;
  • Alta rotatividade e turnover;
  • Baixo desempenho e foco no trabalho;
  • Afastamentos;
  • Declínio na produtividade;
  • Má reputação da empresa;
  • Diminuição de lucros.

Segundo relatório da GPTW de 2023:

  • 96,4% das pessoas considera a saúde mental/emocional um ponto relevante para a Gestão de Pessoas na empresa;
  • Apenas 49,7% das empresas têm orçamento direcionado para ações voltadas para a saúde mental;
  • 90% das Melhores Empresas para Trabalhar em 2022 indicaram que adotaram práticas relacionadas à saúde mental e bem-estar nos últimos 20 meses.

Quer conferir estudos que mostram como a saúde mental e trabalho estão relacionados?

3. Saúde mental vai além do salário

ícone de Impactos da saúde mental no trabalho

Devemos também ouvir os colaboradores. Segundo pesquisa do Gympass de 2022:

  • Para 83% dos colaboradores, o bem-estar é tão importante quanto o salário;
  • 85% dos profissionais tendem a permanecer em uma empresa que prioriza esse quesito;
  • 77% afirmam que poderiam deixar um emprego caso o bem-estar não seja prioridade na companhia.

Segundo pesquisa do Linkedin (Global Talent Trends, 2022), os candidatos a uma vaga de emprego consideram dentre os pontos mais importantes no momento de escolher onde trabalhar:

  1. A remuneração e os benefícios sua principal prioridade;
  2. Equilíbrio entre vida pessoal e profissional;
  3. Jornada de trabalho flexível;
  4. Oportunidades de desenvolvimento profissional.

A saúde mental depende de diversas questões. Porém, alguns fatores tornam-se gatilhos para uma saúde mental comprometida, como:

  • Carga horária inflexível;
  • Más práticas de comunicação e gestão;
  • Objetivos organizacionais duvidosos;
  • Participação limitada na tomada de decisões;
  • Políticas inadequadas de saúde, que geram insegurança psicológica;
  • Pouco apoio, benefícios e ajuda aos funcionários;
  • Prazos muito apertados, que geram muita pressão emocional.

Em um mercado cada vez mais competitivo pela busca de talentos qualificados, oferecer saúde mental é um diferencial competitivo.

Oferecer apoio e profissionais especializados em atender e orientar o colaborador no ambiente corporativo é um grande benefício para cuidar da saúde mental de maneira emergencial e também preventiva, criando uma cultura empresarial mais humanizada.

Leia também:

4. Precisamos desconstruir o tabu em torno da saúde mental no trabalho!

imagem de Dados sobre saúde mental no trabalho que você precisa conhecer

Foto: LightFieldStudios – istock

Ansiedade, depressão e estresse no trabalho são as doenças mentais mais conhecidas. Mas junto a elas temos uma série de outras!

A que se tornou mais falada recentemente foi a Síndrome de Burnout, que entrou na Classificação Internacional de Doenças em 2022, como CID-11.

  • Segundo a OMS: 30% dos trabalhadores têm transtornos mentais.

Em 2019, uma pesquisa da International Stress Management Association (Isma-BR) estimou que 32% da população economicamente ativa sofria de sintomas de burnout, sendo que o Brasil está no segundo lugar do Ranking (perdendo apenas para o Japão).

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), a saúde mental do colaborador está relacionada à sua produtividade e desempenho.

Ou seja: existem algumas circunstâncias que podem afetar negativamente um trabalhador, desequilibrando-o emocionalmente e interferindo diretamente em suas atividades na empresa.

A ansiedade e a depressão estão entre as principais causas de afastamento no trabalho, segundo resultados do INSS do Brasil.

Segundo outra pesquisa do CDC:

  • Cerca de 20% das vezes, a depressão interfere negativamente na capacidade de um indivíduo realizar uma atividade física e 35% das vezes em atividades que exigem desempenho cognitivo;
  • Devido a problemas como a dificuldade de acessar terapeutas e priorizar a saúde mental, apenas 57% dos colaboradores que afirmam possuir depressão moderada e 40% que relatam ter depressão grave, recebem tratamento adequado.

O estresse laboral também causa um impacto negativo no sono dos colaboradores.

  • Segundo uma pesquisa da Mental Health American (2019), mais de 65% dos profissionais entrevistados afirmaram que o estresse no trabalho está afetando a qualidade das suas noites de sono.

A presença do estresse no cotidiano das empresas foi revelada também em uma pesquisa da Capita, onde:

  • 79% dos colaboradores relataram ter sofrido estresse no trabalho nos últimos 12 meses;
  • 22% disseram sentir estresse com alta frequência ou o tempo todo;
  • 47% acham que é normal sentir estresse e ansiedade no trabalho;
  • 45% consideraram deixar um emprego devido ao estresse que ele gera;
  • 53% tiveram colegas que foram forçados a desistir do trabalho devido ao estresse;
  • 49% não acham que seu líder imediato saberia o que fazer se eles conversassem com ele sobre um problema de saúde mental.

Ainda em estudo realizado pela Capita, o estresse resulta em um aumento da irritabilidade, que pode afetar negativamente outras pessoas no ambiente de trabalho e se espalhar por toda a equipe. Entre os efeitos colaterais identificados nas respostas, destacam-se:

  • 44% afirmaram estar mais irritados no trabalho;
  • 25% aumentaram o consumo de álcool;
  • 28% confessaram descontar em familiares;
  • 15% aumentaram o consumo de cigarros.

A mesma pesquisa indicou alguns aspectos inquietantes:

  • 24% dos trabalhadores precisaram se afastar do trabalho devido ao estresse;
  • Menos de 50% desses afastamentos foram oficialmente registrados como relacionados à saúde mental;
  • 37% dos entrevistados relataram sentir desconforto em compartilhar com colegas de trabalho ou a empresa o motivo de seu afastamento relacionado à saúde mental.

Com os dados descritos, torna-se palpável a premissa de que saúde mental ainda é um tabu que precisa ser desconstruído.

De acordo com a Mental Health America, em consonância com os resultados da Capita, 55% dos funcionários têm medo de tirar dias de folga para cuidar de sua saúde mental.

Os resultados dessas pesquisas indicam que questões de saúde mental podem causar problemas que impactam tanto os profissionais, quanto as empresas.

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5. Investir em saúde mental no trabalho é garantia de ROI!

ícone de Investir em saúde mental no trabalho: lucros

Investimento em saúde mental é primordial para garantir o bem-estar dos colaboradores e os lucros da empresa, pois você tem ROI (Retorno sobre o Investimento).

Segundo a OMS, para cada US$ 1 investido em ações que promovem melhorias na saúde e bem-estar mental dos colaboradores, US$ 4 são percebidos em ganhos com o aumento da produtividade (OMS).

Já uma pesquisa realizada em 2021 no Reino Unido pela Deloitte, mostrou que cada libra investida no cuidado com a saúde mental dos funcionários se traduz, em média, em 5 libras de retorno financeiro (ROI) para o negócio.

Produtividade, portanto, está diretamente ligada ao bem-estar.

Uma pesquisa realizada pelo Gympass em 2021 com mais de 9 mil usuários em 9 países mapeou que 94% dos respondentes consideravam rotinas de bem-estar importantes para a produtividade no trabalho.

Uma pesquisa na Harvard Business Review revelou que colaboradores mais satisfeitos são:

  • 31% mais produtivos;
  • 85% mais eficientes;
  • 300% mais inovadores.

Veja outros impactos positivos do investimento em saúde mental nas empresas (Gallup):

  • Reduz a chance em 50% de acidentes laborais;
  • Aumenta a retenção de talentos em 44%;
  • Reduz o índice de turnover em até 55%.

É fato! O relatório intitulado Tendências Globais de Capital Humano, da Deloitte, mostrou que 61% dos profissionais confirmam que programas de bem-estar na empresa aumentam a produtividade e resultados financeiros.

6. Empresas que não investirem em saúde mental vão ficar para trás

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Foto: AndreyPopov – istock

Tendo em vista que a saúde mental no trabalho se tornou um tema prioritário, as empresas estão investindo cada vez mais em benefícios de bem-estar.

  • A pesquisa Global Learner Survey, desenvolvida pela Pearson, mostrou que 92% dos brasileiros priorizam empresas que oferecem algum tipo de serviço ou programa voltado às questões de saúde mental.
  • Uma pesquisa da Oracle em 11 países mostrou que 76% dos funcionários consideram que suas empresas precisam fazer mais para proteger a saúde mental.

Nesse cenário, oferecer benefícios de saúde mental para empresas e colaboradores tornou-se símbolo de boa reputação, retenção e sustentabilidade corporativa.

Além disso, contribui para uma boa reputação da marca empregadora (employer branding) e para boas práticas de ESG.

E plataformas de terapia online estão entre os benefícios corporativos mais requisitados!

No Guia da Alma, você encontra tudo isso. Tenha apoio para cuidar da saúde mental da sua equipe!

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Founder e CMO • Guia da Alma

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