Doenças do trabalho remoto: quais são e como prevenir?

Conheça as doenças ocupacionais mais comuns no home office e como as empresas podem agir para prevenir riscos.
doencas-do-trabalho
Mais terapias de Rodrigo Roncaglio
5/5 - (3 votos)

Algumas doenças do trabalho remoto apresentam sintomas como fadiga, irritabilidade, hiperatividade, insônia, dor de cabeça, dores nas articulações…

Esses sintomas foram os identificados pelo médico e filósofo grego Hipócrates, em 460 a.C., durante sua análise das queixas dos trabalhadores em minas extrativistas.

Além dos sintomas descritos, eles queixavam-se de disfunções gastrointestinais e cólicas. A resposta encontrada para tal foi saturnismo, também chamada de plumbismo, uma intoxicação por chumbo.

Essa é, portanto, a primeira doença ocupacional já catalogada.

Atualmente, por sua vez, mesmo com os mesmos sintomas, as doenças relacionadas ao trabalho são outras, como síndrome de burnout, ansiedade e depressão.

Segundo dados do Ministério Público do Trabalho, entre 2019 e 2020 o Brasil vivenciou um aumento de 30% nos pedidos de auxílio-doença por profissionais com transtornos psicológicos. Já relatório cedido pela Capterra informa que 7 em cada 10 trabalhadores de PMEs em home office relataram sintomas de burnout na pandemia.

Contudo, tais doenças ocupacionais (físicas e psicológicas) não são exclusividade do home office. Segundo levantamento realizado pelo Internacional Stress Management Association (Isma-BR), antes mesmo da pandemia causada pelo coronavírus, em torno de 30% das pessoas economicamente ativas no Brasil já conviviam com depressão e ansiedade.

Se, por um lado, algumas doenças físicas deixam de ser frequentes com o trabalho remoto, outras podem surgir, com ordem mental.

Portanto, as empresas e o RH devem estar atentos aos sintomas para estabelecer medidas adequadas de tratamento e prevenção.

Sou Rodrigo Roncaglio, CEO do Guia da Alma – a solução completa para a Saúde Mental no trabalho. Boa leitura!


O que são doenças do trabalho ou doenças ocupacionais

O que são doenças do trabalho ou doenças ocupacionais

Foto: nenetus – Envato

Segundo pesquisa realizada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Organização Mundial de Saúde (OMS) em maio de 2021, jornadas longas de trabalho foram responsáveis por 745 mil mortes por acidente vascular cerebral (AVC) e doenças isquêmicas do coração, em 2016.

O trabalho remoto e home office já existe há anos. Mascom  a pandemia, o formato de trabalho home office, remoto e híbrido se popularizou. Novas formas de trabalho foram criadas. E claro, novas doenças do trabalho e doenças profissionais também começaram a ser estudadas e reconhecidas.

Em relatório publicado pela Fundação Instituto de Administração (FIA), foi comprovado que muitas das empresas no Brasil aderiram à modalidade remota ou híbrida. Contudo, nem todos os colaboradores possuem uma estrutura adequada, dentro de suas casas, para realizar um bom trabalho.

Dessa forma, devido à situação ergonômica do escritório home office dos colaboradores, algumas doenças surgem, devido à má postura no computador ou lesão por esforço repetitivo. Tais doenças, por exemplo, são chamadas doenças ocupacionais, pois são decorrentes das más condições de trabalho às quais o funcionário é exposto.

Mas a estrutura física não é apenas a única questão. Existem outros pontos para se colocar em destaque quanto à recente modalidade home office estipulada no Brasil:

  • A Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou que o modelo home office adotado na pandemia aumentou a carga horária de trabalho em 10%, no mínimo;
  • Pesquisa desenvolvida pela Oracle em parceria com a Work Intelligence, em 2020, afirmou que os trabalhadores brasileiros em modelo remoto estavam trabalhando acima da média mundial, ou seja: 40 horas a mais por mês.

Decerto, é de se esperar que o resultado dessa jornada de trabalho extenuante seja o crescente desenvolvimento de várias doenças ocupacionais.

Em 2020, ápice da pandemia, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) revelou que houve uma alta de quase 30% na concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, em comparação com o ano anterior. A causa principal são doenças psíquicas, como depressão e ansiedade.

A Síndrome de Burnout CID-11, por exemplo, se tornou uma doença do trabalho e a estimativa é que 1 a cada 3 profissionais sofra com essa síndrome (PEBMED).

Tipos de doenças do trabalho

ícone de Tipos de doenças do trabalho

Outras doenças derivadas do modelo home office são as que enquadram-se em Lesões por Esforço Repetitivo (LER) ou Distúrbios Osteomoleculares Relacionados ao Trabalho (Dort), devido à carência de ergonomia, como tendinites, mialgias e lombalgias.

Dessa forma, afirma-se que as doenças derivadas de LER/Dort são, em essência, relacionadas ao trabalho, abrangendo quadros clínicos do sistema musculoesquelético.

O Ministério da Saúde afirma que os sintomas dessas lesões são atreladas a sintomas, como:

  • Dores (geralmente nos membros superiores);
  • Parestesia;
  • Sensação de peso;
  • Fadiga;
  • Dor que irradia ou é generalizada;
  • Desconforto;
  • Formigamento;
  • Dormência;
  • Diminuição da força muscular.

A Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMAT) considera, também, uma lista de doenças que afastam do trabalho (síndrome ocupacional):

  • Dermatites alérgicas de contato;
  • Surdez definitiva ou temporária;
  • Distúrbio Osteomuscular.

Para além das doenças motoras, existem as doenças psíquicas, como ansiedade, depressão e síndrome de Burnout.

Segundo a psiquiatra Alexandrina Meleiro, do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo, quando uma pessoa está com a Síndrome de esgotamento profissional (ou Síndrome de Burnout), ela sente que:

“O trabalho começa a perder qualidade e o funcionário vai ficando embrutecido, crítico, desligado. Na hora que há esse desligamento, podem começar a aparecer sintomas físicos, como dor de cabeça, na nuca, no estômago, problemas de pele e infecções urinárias, porque a imunidade cai”.

Além disso, o colaborador sente-se constantemente exausto fisicamente, apresentando reações negativas diante das dificuldades, improdutividade e falta de interesse no trabalho.

Ao notar o início de algum sintoma, procure tratamento profissional, pois, se não tratada, a síndrome pode resultar em um estado de depressão profunda.

Observe como a sua vida profissional está:

  • Sente que ela pode estar impactado a sua vida pessoal ou a sua saúde (física/mental/emocional)?
  • Como está o seu corpo quando você inicia e termina o expediente? Há sintomas de desconfortos físicos, como dor de cabeça problemas de respiração?
  • Sente-se desanimado com o trabalho e com dificuldade de concentração para cumprir as demandas?

Observe isso na sua vida, e também na de seus colegas e liderados.

Vamos ver, agora, algumas das principais doenças do trabalho remoto! E depois entenderemos o que podemos fazer para melhorar esse cenário.

Principais doenças do trabalho remoto

Principais doenças do trabalho remoto

Foto: gpointstudio – Envato

Veja algumas das principais doenças do trabalho e exemplos. À critério de elucidação, vamos dividir em tipos de doenças do trabalho de ordem física e mental:

Doenças físicas do trabalho remoto

Doenças físicas do trabalho remoto

  • Lesão por esforço repetitivo (LER):

Os principais sintomas de LER são: dor nos membros superiores e dedos, dificuldade para movimentá-los, formigamento, fadiga muscular, alteração da temperatura e sensibilidade, inflamação.

Geralmente é decorrente de atividades que repetem-se por muito tempo, sem a preparação do corpo para tal, como horas digitando diante do computador ou tocando piano, por exemplo.

Drauzio Varella, médico, cientista e escritor, afirma que a LER

“não é propriamente uma doença.

É uma síndrome constituída por um grupo de doenças – tendinite, tenossinovite, bursite, epicondilite, síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho, síndrome do desfiladeiro torácico, síndrome do pronador redondo, mialgias –, que afeta músculos, nervos e tendões dos membros superiores”.

Para tratar essa doença são receitados antiinflamatórios, caso seja uma lesão simples. Caso contrário, são recomendados os usos de corticoides, fisioterapia e/ou cirurgias, a depender do caso.

  • Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort):

Como afirma a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), os distúrbios osteomusculares são

“um conjunto de diferentes doenças que acometem o aparelho locomotor (ossos, articulações, cartilagens, músculos, tendões e ligamentos) ou outras partes do corpo e que podem ocorrer em pessoas de todas as idades”.

Tendo em vista que esse é um nome dado a um conjunto de doenças com várias condições, podemos citar, como principais: lesões nos tendões, articulações, ligamentos, ossos, músculos e sistema vascular.

Tanto as LER quanto as Dort são geralmente corriqueiras em trabalhadores da indústria, transporte, comércio, entre outros; contudo, o home office tem agravado esses casos devido à displicência ergonômica dos profissionais em modelo remoto. Algumas causas para esse agravamento são:

  • Posturas inadequadas durante o trabalho;
  • Jornadas excessivas de trabalho;
  • Más condições ergonômicas do local;
  • Técnicas incorretas para realização das tarefas;
  • Entre outros.

Relembrando que a LER é um conjunto de alterações em determinados locais do corpo, enquanto o Dort foi pensado para substituir a LER, pois a grande maioria dos colaboradores não apresentam evidências de lesões e outros tipos de sobrecargas também podem ser prejudiciais aos profissionais.

  • Dorsalgias:

Dorsalgia é uma síndrome clínica que caracteriza-se por dor na parte posterior do tórax, que pode estar relacionada às estruturas ósseas (12 vértebras torácicas), musculatura, tecidos adjacentes e vísceras intratorácicas ou intra-abdominais.

Dores nas costas e coluna são umas das principais doenças ocupacionais derivadas do modelo home office, atualmente, devido às alterações posturais nas atividades do trabalho.

Outras razões também podem ser: força excessiva na hora de utilizar o tronco, levantamento de peso inadequado, sedentarismo, obesidade e/ou ausência de estrutura adequada nas residências que siga as recomendações de ergonomia estabelecidas pela legislação.

  • Hérnias:

Uma hérnia é a elevação de algum órgão interno que pode aparecer em diferentes locais do corpo humano, como umbigo, abdômen, coxa, virilha ou coluna.

A hérnia ocorre quando o disco vertebral, que localiza-se entre uma vértebra e outra, perde seu formato, causando pressão nas raízes nervosas.

Normalmente ocorre em trabalhadores que adotam posições errôneas durante o expediente e/ou pessoas obsesas e sedentárias.

  • Varizes e tromboses:

Normalmente ocorre em trabalhadores que passam muito tempo de expediente em pé, mas também acomete profissionais que sentam-se por tempo exacerbado de forma incorreta.

Seus sintomas são marcas roxas nos membros inferiores do corpo, devido à dilatação dos vasos responsáveis pelo envio do sangue de volta para o coração.

O resultado é uma grande quantidade de dores nas pernas, impossibilitando que a pessoa possa ficar em pé sem se queixar.

As tromboses, por sua vez, acontecem quando coágulos formam-se em locais em que não houve sangramento, acarretando inflamação na parede do vaso. Assim, esse coágulo, se não tratado, pode ser enviado para outra parte do corpo, como os pulmões, causando uma embolia pulmonar.

  • Problemas de visão:

O home office e o grande tempo de exposição dos profissionais às telas pode levar à diminuição na frequência do piscar dos olhos, o que gera uma ausência de lubrificação ocular, gerando uma instabilidade na qualidade da visão. Em casos mais graves, pode afetar diretamente a capacidade de enxergar de perto.

  • Cardiopatias:

Outros sistemas do corpo humano podem ser impactados por maus hábitos desenvolvidos durante o home office. O sistema cardiovascular, por sua vez, pode ser prejudicado, caso o trabalhador passe muito tempo de forma sedentária, com sobrepeso, alta pressão arterial, entre outros.

Doenças mentais do trabalho remoto

Doenças mentais do trabalho remoto:

  • Síndrome de Burnout-CID:

Segundo o Ministério da Saúde, a Síndrome de Burnout:

“é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade”.

Em 2019, a OMS classificou o Burnout como um “fenômeno ligado ao trabalho”. Mas foi em 2022 que a síndrome foi oficializada com CID e, segundo o texto, como “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”.

A mudança na classificação traz uma evidente relação da Síndrome de Burnout-CID com o ambiente de trabalho e a responsabilidade da empresa sobre a saúde mental e integridade dos colaboradores.

Essa classificação pode ter um efeito grandioso em processos trabalhistas e indenizações relacionadas ao tema. Algumas dos principais recursos que o funcionário pode usar são:

  • Diagnóstico e laudo médico;
  • Histórico do profissional;
  • Avaliação do ambiente de trabalho;
  • Relatos de testemunhas;
  • Provas de degradação emocional;
  • Fatores causadores da síndrome, como: assédio moral e cobranças agressivas.

Segundo pesquisa do International Stress Management Association (Isma-BR) de 2018, os danos antes da pandemia, mostraram que 32% dos trabalhadores brasileiros tinham Burnout, ansiedade e depressão como doenças do trabalho mais comuns, ficando em segundo lugar no ranking mundial (só ficando atrás do Japão).

Durante a pandemia e na saúde mental pós-pandemia, considera-se que esses dados tenham crescido consideravelmente.

Segundo o artigo “Avaliação da produtividade na síndrome de burnout” de Adriano Hyeda e  Zuher Handar que avaliou o impacto do burnout no desenvolvimento do presenteísmo pelos sintomas emocionais em um grupo de enfermagem, concluiu que:

“Os sintomas emocionais referidos pelos trabalhadores afetaram significativamente no desempenho dos funcionários com burnout, interferindo na capacidade de concentração e na conclusão das atividades laborais.”

São muitos os sintomas, contudo, os principais são:

  • Cansaço excessivo, físico e mental;
  • Dor de cabeça frequente;
  • Alterações no apetite;
  • Insônia;
  • Dificuldades de concentração;
  • Sentimentos de fracasso e insegurança;
  • Negatividade constante;
  • Sentimento de derrota e desesperança;
  • Sentimento de incompetência;
  • Alterações repentinas de humor;
  • Isolamento;
  • Fadiga;
  • Pressão alta;
  • Dores musculares;
  • Problemas gastrointestinais;
  • Alterações nos batimentos cardíacos.

Para haver uma prevenção, neste caso, é necessário que a empresa, juntamente com o RH, observe o time de colaboradores para entender quais questões estão gerando esse quadro nos profissionais.

Confira nosso material gratuito sobre Síndrome de Burnout-CID e saiba mais sobre!

  • Ansiedade:

Ficar ansioso ou estressado no trabalho, pode acontecer com todo mundo e é completamente normal. Ansiedade e estresse são reações comuns do corpo.

Mas, quando se torna constante, opressor e impede de viver uma rotina saudável, pode ter um grande impacto na profissão do colaborador.

Pessoas que se sentem ansiosas no trabalho podem até tomar decisões precipitadas na carreira com base na ansiedade.

Por exemplo: recusar uma promoção caso envolva mais gerenciamento, falar em público ou viajar para novos lugares. Os sintomas podem ser:

Sintomas físicos:

  • Mãos frias ou suadas;
  • Boca seca;
  • Palpitações cardíacas;
  • Náusea;
  • Dormência ou formigamento nas mãos ou pés;
  • Tensão muscular;
  • Falta de ar.

Sintomas emocionais:

  • Sensação de aceleração, pânico, angústia e/ou inquietação;
  • Pensamentos repetidos e/ou flashbacks de experiências traumáticas;
  • Pensamentos obsessivos incontroláveis;
  • Incapacidade de ficar quieto e calmo;
  • Medo do futuro;
  • Dificuldade de focar em uma coisa por vez;
  • Comportamentos ritualísticos: como lavar as mãos repetidamente;
  • Problemas para dormir e, consequentemente, cansaço durante o dia.

Teste: Descubra seu nível de ansiedade

Quando a ansiedade passa a ser patológica, outras reações podem ser desencadeadas, como: fobias, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), ataque de pânico e transtorno de ansiedade generalizada (TAG).

Saiba mais no artigo sobre: Ansiedade no trabalho, causas, sintomas e como procurar ajuda?

  • Depressão:

A depressão, por sua vez, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), já afetava cerca de 11,5 milhões de brasileiros (5,8% da população) e os números aumentaram com o advento da pandemia.

A depressão pode ter muitas causas: às vezes a depressão pode ser adquirida no trabalho, e em outros casos tem origem pessoal que influencia no trabalho.

Nesses casos, embora o trabalho possa não ser a causa da depressão, o ambiente e situações do dia a dia podem piorar os sintomas de colaboradores que já apresentam tendências ou um quadro depressivo.

Qualquer local de trabalho pode ser uma causa potencial ou um fator contribuinte para a depressão, dependendo do nível de estresse, cultura organizacional e do suporte disponível.

De acordo com a OMS, um ambiente de trabalho negativo pode levar a:

  • Preocupações com a saúde física e mental;
  • Absentismo;
  • Baixa produtividade;
  • Aumento no uso de medicamentos.

Muitas pessoas tentam lidar com os sintomas sem pedir ajuda ou mesmo com medo de relatar o que estão sentindo, pois o tema ainda é um grande tabu em muitos ambientes corporativos.

A depressão está na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID-10 F32) e os médicos descrevem a depressão pela sua gravidade:

  1. Depressão leve: algum impacto na vida diária;
  2. Depressão moderada: impacto significativo na vida diária;
  3. Depressão severa: torna quase impossível enfrentar a vida diária; algumas pessoas com depressão grave podem ter sintomas psicóticos.

Os sintomas podem variar bastante em cada colaborador, mas alguns dos mais comuns são:

Sintomas físicos:

  • Cansaço e exaustão, falta de energia;
  • Mal-estar;
  • Lentidão na fala e movimentos;
  • Mudanças no apetite ou peso (diminuem ou aumentam muito);
  • Constipação;
  • Dores inexplicáveis como: dores de cabeça, de estômago e no peito;
  • Sono perturbado (insônia ou sonolência).

Sintomas emocionais:

  • Sensação de tristeza contínua;
  • Desesperança e desamparo;
  • Baixa autoestima;
  • Sentimento de culpa avassaladora;
  • Choro, com ou sem quaisquer gatilhos aparentes;
  • Irritabilidade, raiva aumentada;
  • Baixa tolerância à frustração;
  • Sentimentos de tédio, apatia e complacência;
  • Sentimentos de impotência, inutilidade e solidão;
  • Afastamento social;
  • Pensamentos negativos e suicidas.

Sintomas no trabalho:

  • Desmotivação;
  • Autodesvalorização;
  • Incapacidade de se concentrar ou prestar atenção;
  • Perda de interesse nas tarefas;
  • Isolamento e pouca socialização;
  • Procrastinação;
  • Incapacidade em tomadas de decisões;
  • Dificuldade em reter ou se lembrar de coisas;
  • Erros com frequência nas tarefas diárias de trabalho;
  • Aumento de ausências, atrasos e/ou afastamentos no trabalho.

Saiba mais no artigo sobre: Depressão no trabalho: causas, sintomas e como tratar!

Além desses 3 transtornos mentais mais comuns, existem muitos outros, como: esquizofrenia, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno de personalidade, bipolaridade, TDAH, entre outros. É preciso ter atenção aos sinais, e ações de prevenção.

Medidas para prevenir as doenças do trabalho remoto

Medidas para prevenir as doenças do trabalho remoto

Foto: Hoverstock – Envato

Existem algumas medidas que a empresa pode tomar para prevenir riscos na saúde corporativa. Algumas delas podem ser:

Incentive exercícios físicos

Incentive exercícios físicos

A prática de exercícios físicos é sinônimo de saúde e bem-estar. Caso o time de colaboradores queira sair do tradicional, existem outras formas de movimentar o corpo de forma prazerosa, online, de maneira coletiva ou individual, como:

  • Ginástica e Yoga laboral: 

As sessões de ginástica e yoga laboral são essenciais para manter foco na atividade física, o que influencia diretamente na saúde mental.

Alongamentos associados à técnicas de respiração são extremamente úteis para liberar doses de neurotransmissores do bem e equilibrar a relação entre corpo e mente, ocasionando um relaxamento muito útil para tratar casos de ansiedade crônicos.

Alguns benefícios da prática da Ginástica laboral são:

  • Redução da sensação de cansaço e esgotamento físico;
  • Melhora da disposição;
  • Melhora do condicionamento físico, flexibilidade, resistência e consciência corporal;
  • Combate à doenças ocupacionais, como LER, estresse no trabalho, depressão e ansiedade;
  • Entre outros.

Assim como na meditação mindfulness, no momento em que as posturas são realizadas na yoga no trabalho é preciso estar atento ao momento presente, focando na respiração e em cada movimento que o corpo produz.

  • Stress relief:

Stress Relief é uma metodologia especial de descompressão do Guia da Alma, que une a prática do alongamento + meditação.

Ao unir os dois, o corpo e a mente tornam-se ativos ao mesmo tempo que relaxados. A prática da meditação traz o colaborador ao presente, enquanto o alongamento acorda os músculos e as articulações, prevenindo doenças motoras e dores crônicas.

Conheça mais nossa solução de Saúde Mental no trabalho.

Realize o monitoramento da saúde mental de sua equipe

Realize o monitoramento da saúde mental de sua equipe

Já conhece o DASS-21 — Teste de depressão, ansiedade e estresse e como ele pode funcionar dentro das empresas?

Criado pelo pesquisador Peter Lovibond, da Universidade de Nova Gales do Sul (University of New South Wales — UNSW), na Austrália, o DASS-21 é um teste para depressão, ansiedade e estresse, que tem a função de fornecer uma avaliação rápida, através de perguntas, sobre o estado emocional e mental dos últimos sete dias.

DASS-21 é uma abreviação da sigla:

  • Depression
  • Anxiety and
  • Stress
  • Scale
  • 21, porque são 21 perguntas!

(EADS-21: Escala DASS-21: Depressão, Ansiedade e Estresse)

O Teste DASS-21, na Psicologia, analisa a intensidade dos comportamentos e sentimentos da última semana. Ele é  público e pode ser encontrada a versão original do DASS-21 teste online no site da University of New South Wales (UNSW), onde foi desenvolvido.

Contudo, é importante ressaltar que o teste não funciona como ferramenta conclusiva de diagnóstico, não sendo um instrumento de avaliação psicológica regulamentado pelo CFP (Conselho Federal de Psicologia).

Para um diagnóstico conclusivo de doenças mentais, um acompanhamento com psiquiatra, psicólogo e terapeuta são fundamentais na avaliação.

Por sua vez, o teste DASS-21 é muito útil na gestão de saúde corporativa, para entender como está o estado mental da sua equipe! Assim, a empresa pode tomar decisões e realizar estratégias mais assertivas.

Incentive um clima organizacional saudável

Incentive um clima organizacional saudável

As questões relacionadas à saúde mental dos colaboradores nas empresas ocorrem, também, por um clima organizacional tóxico dentro das empresas.

Então, como criar uma cultura e clima organizacional saudáveis e equilibrados dentro dessa esfera remota?

  • Estreitando laços entre o time e seus líderes, mesmo de maneira remota. Uma boa pedida é realizar momentos de videoconferências com pautas que não sejam apenas de trabalho, para reforçar o contato e criar vínculos entre os membros da equipe;
  • O acompanhamento das atividades da equipe de trabalho pode ser feito utilizando plataformas (como o Trello). Nelas também é possível entender de maneira ampla o andamento do trabalho de todos colegas e time;
  • Líderes e gestores humanizados, atentos às necessidades de seus colaboradores. Mesmo em home office, é possível proporcionar um bom ambiente de trabalho, realizando com constância 1:1, alinhamento sobre as metas, e certificando-se de que o colaborador tenha a estrutura online adequada;
  • Proporcionar momentos de saúde mental, como reflexo de uma cultura saudável. Para isso, a gestão de RH pode promover testes de saúde mental nas empresas e palestras sobre o tema, trazendo pautas interessantes.

Faz sentido pra sua empresa? Conheça os programas de Saúde Mental para empresas do Guia da Alma.

Outras medidas pontuais para o trabalhador home office

Outras medidas pontuais para o trabalhador home office

  1. Realize exames de rotina com frequência, inclusive para medidas de correção visual, como utilização de óculos de grau, quando necessário;
  2. Posicione o computador adequadamente de lado para a janela, com o uso de alguma proteção (como persianas), se estiver de frente ou de costas;
  3. Coloque o monitor na altura horizontal dos seus olhos;
  4. Utilize uma cadeira giratória e com rodinhas, para melhor locomoção, além de apoio para o braço de 20 a 25cm;
  5. Trabalhe em mesas com 75cm de altura, com bordas arredondadas e espaço para manipulação de objetos, acessórios e posicionamento do monitor;
  6. Trabalhe com os braços juntos ao corpo ou apoiados sobre a mesa, evitando esticar ou abrir o braço para operar o mouse;
  7. Caso trabalhe com o notebook, opte por utilizar um apoio para manter a visão de tela ao nível dos olhos;
  8. Alinhe-se ao eixo da cadeira, evitando ficar torto, quando estiver sentado. Alinhe os antebraços sobre a mesa em formato de L, com coluna reta e pés apoiados;
  9. Faça pausas no trabalho para alongamentos;
  10. Mantenha a iluminação ideal, para que não seja tão forte ou fraca;
  11. Mantenha os ombros relaxados quando estiver trabalhando sentado, cuidando para que os punhos não estejam dobrados.

As empresas podem oferecer terapia como um benefício diferencial para cuidar da saúde mental e promover uma cultura organizacional na empresa focada em bem-estar e qualidade de vida.

Agora que você já sabe porque fazer terapia é importante, conte com o Guia da Alma nesse processo!

O Guia da Alma oferece soluções em saúde mental para a sua empresa:

  • Plataforma de terapia complementar online;
  • Mapeamento de saúde mental;
  • Práticas de descompressão e palestras para a equipe;
  • Dados para o RH;
  • E mais!

Conheça nossa solução em primeira mão:

Recomende para o RH da sua empresa e faça um orçamento conosco! 🙂

5/5 - (3 votos)

Fundador e CEO do Guia da Alma. Especialista em Saúde Mental corporativa. Especialista em Terapias Complementares. Palestrante e Instrutor de Meditação Mindfulness para Empresas.

AGENDAR!