Crise de ansiedade no trabalho: o que fazer, como prevenir?
Vivenciar uma crise de ansiedade no ambiente de trabalho é uma realidade enfrentada por muitos profissionais na atualidade, e compreender como lidar com essa situação tornou-se crucial para promover a saúde mental no cenário corporativo.
A saúde mental está associada ao equilíbrio emocional e à qualidade de vida. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde),
“é um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade.
A saúde mental implica muito mais que a ausência de doenças mentais.”
Este artigo explora estratégias práticas sobre o que fazer quando confrontado com uma crise de ansiedade no trabalho, enquanto também aborda a importância da prevenção.
Ao examinar tanto as medidas imediatas para gerenciar a crise no trabalho quanto as estratégias preventivas para criar ambientes de trabalho mais saudáveis, buscamos oferecer insights valiosos para indivíduos e organizações que buscam construir espaços profissionais que promovam o bem-estar mental e a produtividade sustentável.
Sou Rodrigo Roncaglio, CEO do Guia da Alma: plataforma de saúde mental para empresas e pessoas. Boa leitura!
Índice
- O que é crise de ansiedade-CID?
- Ansiedade no trabalho: dados
- O que gera ansiedade no trabalho?
- Sintomas de ansiedade: como saber quando a crise está vindo
- Crise de ansiedade no trabalho: o que fazer para prevenir? 6 conselhos
- Como ajudar alguém com crise de ansiedade no ambiente de trabalho? 5 dicas
- Entenda o papel da empresa sobre a saúde mental dos colaboradores
O que é crise de ansiedade-CID?
A classificação internacional de doenças (CID) é um sistema utilizado para a classificação de diversas condições de saúde, e a CID-10 é a décima revisão desse sistema.
A CID-10 inclui códigos para diferentes transtornos mentais, incluindo os transtornos de ansiedade.
A crise de ansiedade, ou ataque de ansiedade, é frequentemente associada ao transtorno de ansiedade, que pode se manifestar de várias formas, incluindo o Transtorno do Pânico.
No CID-10, o código para Transtorno do Pânico é F41.0.
O Transtorno do Pânico é caracterizado por crises de pânico recorrentes, inesperados e intensos, acompanhados por sintomas como:
- Palpitações;
- Sudorese;
- Tremores;
- Falta de ar;
- Sensação de perigo iminente.
Esses ataques são frequentemente acompanhados por uma preocupação persistente com a possibilidade de ter mais ataques.
É importante notar que a CID-10 é uma ferramenta de classificação internacionalmente reconhecida, mas outros sistemas de classificação, como o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª edição), também são amplamente utilizados para diagnósticos psiquiátricos.
O DSM-5 usa o termo Transtorno do Pânico e fornece critérios diagnósticos mais detalhados.
Se você ou alguém que você conhece está enfrentando sintomas de ansiedade ou ataques de pânico, é recomendável procurar a orientação de um profissional de saúde mental para avaliação e suporte adequados.
Tipos de ansiedade
Existem vários tipos de transtornos de ansiedade, cada um com características específicas. Alguns dos principais tipos incluem:
- Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG): caracterizado por uma preocupação crônica e excessiva sobre eventos cotidianos. As pessoas com TAG muitas vezes têm dificuldade em controlar suas preocupações e podem experimentar sintomas físicos, como tensão muscular e fadiga;
- Transtorno do Pânico: caracterizado por ataques de pânico súbitos e intensos, acompanhados por sintomas físicos como batimentos cardíacos acelerados, sudorese, tremores e sensação de falta de ar. As pessoas com esse transtorno muitas vezes vivenciam o medo de ter outro ataque de pânico;
- Fobias específicas: medos intensos e irracionais de objetos, situações ou atividades específicas. Isso pode incluir fobias de animais, alturas, voar, entre outros;
- Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC): caracterizado por pensamentos intrusivos e recorrentes (obsessões) que levam a comportamentos repetitivos e ritualísticos (compulsões) realizados para aliviar a ansiedade associada aos pensamentos obsessivos;
- Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT): desenvolve-se após a exposição a eventos traumáticos. Os sintomas podem incluir flashbacks, pesadelos, evitação de situações relacionadas ao trauma e alterações no humor;
- Transtorno de Ansiedade Social (TAS): caracterizado pelo medo intenso de situações sociais e de ser julgado ou avaliado negativamente pelos outros. Isso pode levar à evitação de interações sociais;
- Transtorno de ansiedade de separação: comum em crianças, esse transtorno envolve ansiedade excessiva quando separadas de figuras de apego, como pais ou cuidadores;
- Transtorno de ansiedade de desempenho: relacionado ao medo de não atender às expectativas e ao desempenho inadequado em situações específicas, como falar em público ou realizar tarefas sob observação.
Esses são apenas alguns exemplos e muitas vezes os transtornos de ansiedade podem ocorrer em conjunto.
Cada pessoa pode experimentar a ansiedade de maneira única, e é importante procurar ajuda profissional se os sintomas estiverem interferindo significativamente na qualidade de vida e/ou se a ansiedade atrapalha no trabalho.
Ansiedade no trabalho: dados
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a ansiedade afeta 18,6 milhões de pessoas no Brasil, colocando o país como líder global em índices de ansiedade. Além disso, a situação se agravou durante o período da pandemia.
Aqui estão alguns dados de uma pesquisa realizada pela Happiness Business School sobre saúde mental pós-pandemia:
- Quase metade (48%) dos profissionais brasileiros experimentam ansiedade no trabalho em alguns dias da semana, mas conseguem relaxar no fim de semana;
- Cerca de um quarto (27%) enfrentam ansiedade em praticamente todos os dias, incluindo o fim de semana;
- Para 22%, a ansiedade ocorre em alguns dias, às vezes no fim de semana;
- Apenas 3% afirmam nunca se sentirem ansiosos em relação ao trabalho.
Após a realização de entrevistas com quase 1800 gestores de Recursos Humanos de 13 países pela empresa de recrutamento Robert Half, a resposta foi revelada: somos nós, os brasileiros, a nacionalidade que apresenta o maior nível de ansiedade e estresse entre os profissionais.
Para 52% dos entrevistados, os colaboradores enfrentam dificuldades devido à carga excessiva de trabalho, enquanto 44% apontam a falta de reconhecimento como um fator contribuinte para o estresse.
Além disso, de acordo com as informações fornecidas pelo INSS, no ano de 2022, mais de 120 mil indivíduos foram temporariamente afastados de suas atividades devido a problemas de ordem mental, abrangendo condições como depressão e distúrbios emocionais.
Embora as razões para esses afastamentos não estejam exclusivamente ligadas ao ambiente de trabalho, é evidente que o contexto laboral contribui como um agravante significativo para esses números.
Conforme um estudo conduzido pela Capita e divulgado pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), aproximadamente 37% dos trabalhadores experimentam receio ou constrangimento ao abordar questões relacionadas a transtornos emocionais com seus colegas ou superiores.
Já 89% dos participantes indicaram que a escassez de empatia no trabalho é uma questão que demanda maior atenção por parte das empresas. (Aberje)
Essa problemática pode ser uma explicação para diversos fatores mencionados, uma vez que a ausência de empatia pode colocar os colaboradores em situações preocupantes.
O Dr. William Azevedo Dunningham, pesquisador do Departamento de Neurociências e Saúde Mental da Universidade Federal da Bahia (UFBA), esclarece que as condições de trabalho precárias ao longo das últimas décadas desempenharam um papel significativo no aumento global dos transtornos de ansiedade e estresse.
Portanto, os fatores que contribuem para esses transtornos refletem a ausência de bem-estar no ambiente corporativo, e a ansiedade pode surgir por uma variedade de razões.
O que gera ansiedade no trabalho?
A ansiedade no ambiente de trabalho pode ser desencadeada por uma variedade de fatores. Algumas das causas comuns incluem:
Carga excessiva de trabalho: expectativas irrealistas, prazos apertados e uma carga de trabalho excessiva podem levar à sobrecarga e ansiedade;
- Ambiente de trabalho tóxico: relações interpessoais negativas, assédio moral, falta de apoio e um ambiente de trabalho hostil podem contribuir para a ansiedade;
- Insegurança no emprego: a incerteza em relação ao emprego, ameaças de demissão e falta de estabilidade financeira podem gerar ansiedade;
- Falta de reconhecimento ou recompensa: a ausência de reconhecimento pelo trabalho árduo e a falta de recompensas adequadas podem causar insatisfação e ansiedade;
- Pressão para atender expectativas: expectativas elevadas, seja em termos de desempenho, metas ou resultados, podem criar pressão e ansiedade;
- Falta de controle: a sensação de falta de controle sobre tarefas, decisões ou situações no trabalho pode contribuir para a ansiedade;
- Conflitos interpessoais: problemas de comunicação, conflitos com colegas ou superiores podem gerar estresse e ansiedade;
- Mudanças organizacionais: fusões, aquisições, reestruturações e mudanças no ambiente de trabalho podem criar incerteza e ansiedade entre os funcionários;
- Falta de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal: a incapacidade de equilibrar as demandas do trabalho com as responsabilidades pessoais pode levar à exaustão e ansiedade;
- Assédio e discriminação: o assédio moral, assédio sexual, discriminação e tratamento injusto podem ter impactos significativos na saúde mental dos trabalhadores;
- Alta competitividade: ambientes de trabalho altamente competitivos podem criar uma atmosfera estressante que contribui para a ansiedade.
Quais são os direitos do colaborador com ansiedade?
Os direitos do colaborador estão vinculados ao nível de ansiedade que ele enfrenta.
Em casos leves, caracterizados por sintomas menos frequentes e intensos, geralmente não há necessidade de afastamento.
Em contraste, situações avançadas de ansiedade, como o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), que apresentam sintomas persistentes e intensos, podem exigir um período afastado do trabalho.
A recomendação é que o colaborador busque orientação de um profissional especializado, seja um psicólogo ou um psiquiatra, para avaliar sua condição e determinar a melhor abordagem de tratamento.
Se ficar comprovado que a pessoa está incapacitada para o trabalho, ela pode ter direito ao auxílio-doença e solicitar um afastamento de 15 a 60 dias junto ao INSS.
Para isso, é necessário que o colaborador tenha contribuído com o INSS por pelo menos 12 meses (embora casos graves, como o TAG, possam isentar essa carência) e apresente laudos médicos que atestem sua condição.
No entanto, é fundamental que as organizações evitem que seus colaboradores cheguem a esse ponto.
Além do impacto negativo na qualidade de vida do indivíduo, a empresa sofre com a perda de produtividade decorrente de suas ausências.
Quem tem ansiedade no trabalho pode ser demitido?
Crise de ansiedade pode afastar do trabalho?
A ansiedade no trabalho, por si só, geralmente não é uma razão para demissão.
A ansiedade é uma condição de saúde mental comum, e muitas pessoas conseguem gerenciá-la com o apoio adequado.
No entanto, existem casos em que a ansiedade pode impactar o desempenho no trabalho, e isso pode se tornar uma preocupação para o empregador.
Algumas situações em que a ansiedade no trabalho pode ser um problema incluem:
- Desempenho insatisfatório: se a ansiedade interfere significativamente no desempenho do trabalho e afeta a capacidade do funcionário de cumprir suas responsabilidades;
- Faltas frequentes ou atrasos: se a ansiedade leva a faltas frequentes ou atrasos no trabalho, isso pode ser uma preocupação para o empregador;
- Relações interpessoais afetadas: se a ansiedade interfere nas relações interpessoais no local de trabalho, criando um ambiente de trabalho desfavorável;
- Riscos para a segurança: em determinados ambientes de trabalho, a ansiedade extrema pode representar riscos para a segurança do próprio funcionário ou de seus colegas.
É importante observar que muitos países possuem leis e regulamentações que protegem os trabalhadores com condições de saúde mental, incluindo a ansiedade.
Discriminar ou demitir alguém exclusivamente por ter ansiedade pode ser ilegal em muitas jurisdições.
Empregadores são incentivados a adotar políticas de inclusão, oferecer suporte aos funcionários e criar um ambiente de trabalho que promova a saúde mental.
Se um colaborador está enfrentando ansiedade, é aconselhável procurar ajuda profissional e, se necessário, informar seu empregador sobre a situação para que sejam consideradas as melhores formas de apoio.
Sintomas de ansiedade: como saber quando a crise está vindo
Os sintomas de ansiedade podem variar de pessoa para pessoa, e é importante estar atento a sinais tanto físicos quanto emocionais.
Aqui estão alguns exemplos de sintomas de ansiedade:
Sintomas físicos
- Palpitações: batimentos cardíacos rápidos ou fortes;
- Tensão muscular: sensação de aperto ou rigidez nos músculos;
- Dores de cabeça: desconforto ou dor na cabeça;
- Problemas gastrointestinais: como dor de estômago, náuseas ou diarreia;
- Dificuldade respiratória: sensação de falta de ar ou respiração acelerada;
- Fadiga: sensação persistente de cansaço ou exaustão.
Sintomas cognitivos
- Preocupações constantes: pensamentos persistentes e excessivos sobre situações futuras;
- Medo intenso: sentimento de apreensão ou medo sem uma causa específica;
- Desrealização: sensação de estar desconectado da realidade, como se as coisas não fossem reais;
- Dificuldade de concentração: dificuldade em focar ou manter a atenção;
- Pensamentos catastróficos: expectativas negativas exageradas sobre eventos futuros.
Sintomas emocionais
- Crises de pânico: episódios súbitos de medo intenso acompanhados por sintomas físicos;
- Angústia: sentimento persistente de desconforto emocional;
- Irritabilidade: facilidade em ficar irritado ou impaciente;
- Sensação de desespero: sentimento de desesperança ou desamparo;
- Crise de choro no trabalho: manifestação emocional intensa e involuntária, caracterizada pelo descontrole das emoções, resultando em episódios de choro que podem impactar significativamente o bem-estar e o desempenho no ambiente profissional;
- Esgotamento profissional: sensação de sobrecarga e exaustão devido ao estresse contínuo.
Sintomas comportamentais
- Evitação: tendência a evitar situações que provocam ansiedade;
- Compulsões: comportamentos repetitivos realizados para aliviar a ansiedade.
Se você suspeitar que está experimentando ansiedade ou prestes a ter uma crise, é aconselhável procurar ajuda.
Isso pode incluir falar com um profissional de saúde mental, como um terapeuta, ou buscar apoio de amigos e familiares.
Estratégias de autocuidado, como técnicas de respiração, meditação mindfulness e exercícios físicos, também podem ajudar a gerenciar os sintomas de ansiedade.
- Leia também: Mindfulness no trabalho: o que é, quais os benefícios e como aplicar na sua empresa
- Conheça a Plataforma de Saúde Mental para Empresas e Pessoas do Guia da Alma!
Crise de ansiedade no trabalho: o que fazer para prevenir? 6 conselhos
Prevenir crises de ansiedade no trabalho envolve a adoção de práticas de autocuidado e estratégias para gerenciar o estresse.
Aqui estão 6 sugestões:
1. Estabeleça limites
Defina limites claros entre o trabalho e a vida pessoal.
Evite levar preocupações profissionais para casa e reserve tempo para atividades relaxantes e familiares.
2. Organize e priorize tarefas
Mantenha uma lista de tarefas organizada e priorize as atividades mais importantes.
Isso ajuda a evitar a sensação de sobrecarga.
3. Comunicação eficaz
Mantenha canais de comunicação abertos com colegas e superiores.
Compartilhe preocupações e peça apoio quando necessário.
4. Defina metas realistas
Estabeleça metas realistas para si mesmo e para a equipe.
Evite criar expectativas irrealistas que possam levar a pressões desnecessárias.
5. Faça pausas no trabalho
As pausas no trabalho são eficazes para estimular a atenção e foco de todos os colaboradores, o que gera retorno imediato à empresa.
Três pausas durante um expediente de 8 horas de trabalho é o mais recomendado.
“Estudos mostram que, para atingir o máximo de desempenho físico e mental, é necessária uma cadência de gasto e renovação de energia (…)
Um estudo específico constatou que atletas, músicos, jogadores de xadrez e escritores de melhor desempenho aprimoravam suas habilidades da mesma maneira: praticando pela manhã, em três sessões de 60 a 90 minutos, com intervalos entre elas.
Por outro lado, os que faziam intervalos em menos quantidade ou mais curtos não tinham um desempenho tão bom.
Relaxar é uma responsabilidade.
‘Para maximizar os ganhos da prática a longo prazo, os indivíduos devem evitar a exaustão e limitar a prática a um volume do qual possam se recuperar por completo diária ou semanalmente’, concluiu K. Anders Ericsson, o principal autor do estudo.”
Trecho do livro de Greg McKeown sobre a pesquisa The Role of Delibertae Practice in the Acquisition of Expert Performance.
6. Crise de ansiedade no trabalho: como tratar
O tratamento de uma crise de ansiedade no trabalho pode envolver várias abordagens, dependendo da gravidade dos sintomas e das preferências individuais.
Aqui estão algumas estratégias e opções de tratamento que podem ser consideradas:
- Meditação Mindfulness: ao aumentar a consciência do presente, a prática reduz a reatividade emocional e a ruminação mental comuns na ansiedade. Focar na respiração durante a meditação proporciona uma âncora para afastar pensamentos ansiosos, enquanto a aceitação de sentimentos sem julgamento promove uma atitude mais compassiva em relação à ansiedade;
- Ginástica laboral: incorporando exercícios físicos leves, alongamentos e técnicas de relaxamento, a ginástica laboral busca aliviar a tensão muscular e promover o bem-estar mental. Ao introduzir pausas curtas e regulares nas atividades laborais, a prática proporciona momentos de desconexão do estresse, estimulando a liberação de endorfinas e melhorando o humor;
- Yoga laboral: essa abordagem combina posturas suaves, técnicas de respiração consciente e relaxamento, promovendo a redução do estresse e a melhoria do bem-estar mental. A prática regular de yoga laboral pode ajudar a aliviar a tensão muscular associada à ansiedade, ao mesmo tempo em que incentiva a concentração e o foco mental;
- Psicanálise Integrativa: essa abordagem visa explorar as raízes profundas dos sintomas de ansiedade, identificando padrões inconscientes de pensamento e comportamento. O terapeuta integrativo pode incorporar técnicas de outras abordagens terapêuticas, como cognitivo-comportamental, mindfulness e humanista, para oferecer um tratamento mais personalizado e eficaz. Ao fornecer um espaço seguro para expressar emoções e examinar experiências passadas, a psicanálise integrativa ajuda os indivíduos a compreender e confrontar os elementos subjacentes da ansiedade;
- Reiki no trabalho: por meio da canalização de energia pelas mãos do praticante, o Reiki busca desbloquear e realinhar os centros de energia do corpo, conhecidos como chakras. Essa prática pode ajudar a liberar tensões acumuladas, reduzir o estresse e criar uma sensação de relaxamento profundo. No contexto laboral, o Reiki no trabalho pode ser administrado de forma discreta e adaptada, proporcionando momentos de tranquilidade durante pausas ou períodos específicos;
- Hipnose: durante uma sessão de hipnose, o terapeuta induz um estado de transe, no qual o cliente permanece alerta e focado. Nesse estado, o terapeuta pode explorar e reestruturar padrões de pensamento negativos associados à ansiedade, promovendo mudanças cognitivas e comportamentais. A hipnose também pode ser utilizada para fortalecer a autoestima, reduzir a reatividade emocional e promover a relaxação profunda;
- Terapia floral: na terapia floral, o terapeuta seleciona essências florais personalizadas com base nas emoções e sintomas apresentados pelo indivíduo. Essas essências buscam restaurar o equilíbrio emocional, promover a autoconsciência e reduzir a ansiedade. A terapia floral não tem efeitos colaterais significativos e pode ser usada em conjunto com outras formas de tratamento.
Essas abordagens são consideradas terapias complementares, que são abordagens de cuidados de saúde utilizadas em conjunto com tratamentos médicos convencionais para promover o bem-estar geral e melhorar a qualidade de vida.
Elas não substituem os tratamentos médicos tradicionais, mas podem ser incorporadas para fornecer um suporte adicional, especialmente em áreas como o gerenciamento do estresse, crise de ansiedade no trabalho e bem-estar emocional.
Como ajudar alguém com crise de ansiedade no ambiente de trabalho? 5 dicas
O que fazer em uma crise de ansiedade no trabalho? Confira 5 maneiras de como controlar crise de ansiedade no trabalho.
1. Ofereça apoio emocional
Como acalmar uma crise de ansiedade no trabalho?
O simples ato de ouvir com empatia e sem julgamentos pode fornecer um espaço seguro para a pessoa expressar seus sentimentos e preocupações.
Estar presente, seja fisicamente ou virtualmente, demonstra que o apoio está disponível.
Oferecer ajuda prática, como auxiliar nas tarefas do trabalho, pode aliviar a carga emocional.
Incentivar a busca de ajuda profissional e fornecer informações sobre recursos disponíveis reforça a mensagem de que a saúde mental é uma prioridade para lidar com crises de ansiedade no trabalho.
Ao criar um ambiente de trabalho que valoriza o bem-estar mental, promove pausas e incentiva a abertura sobre questões emocionais, contribuímos para um local mais solidário e compassivo, fundamental para enfrentar desafios relacionados à ansiedade.
2. Saiba acolher
Durante uma crise de ansiedade no trabalho, acolher envolve cultivar empatia, ouvir atentamente e oferecer suporte de maneira não julgadora.
Ao mostrar compaixão e interesse genuíno pela experiência da pessoa, criamos um espaço seguro onde ela pode se expressar livremente.
Além disso, conhecer os sinais de ansiedade e entender que cada indivíduo lida de maneira única com essas situações permite uma abordagem mais personalizada.
Acolher não implica necessariamente ter todas as respostas, mas sim estar presente e disposto a ajudar, seja direcionando para recursos profissionais, compartilhando informações sobre práticas de bem-estar ou oferecendo assistência prática no ambiente de trabalho.
Esse gesto de acolhimento não apenas fortalece a conexão entre colegas, mas também contribui para a construção de um ambiente de trabalho mais solidário e saudável.
- Leia também: Mais de 80 Frases sobre Saúde Mental no trabalho!
3. Evite situações de gatilho
Identificar e compreender as circunstâncias que desencadeiam a crise de ansiedade no trabalho é o primeiro passo.
Em seguida, colaborar para criar um ambiente de trabalho que minimize esses gatilhos, seja ajustando as condições de trabalho, redistribuindo tarefas ou proporcionando pausas regulares.
A comunicação aberta entre colegas e gestores desempenha um papel fundamental, permitindo que a pessoa expresse suas necessidades e limitações.
Isso contribui não apenas para a prevenção de crises imediatas, mas também para a promoção de um ambiente mais inclusivo e atento às questões de saúde mental.
Ao colaborar para evitar gatilhos no ambiente profissional, criamos um espaço que valoriza a saúde mental, contribuindo para o bem-estar geral dos colaboradores.
4. Ajude a controlar a respiração
Orientar a pessoa a praticar respirações profundas e conscientes ajuda a diminuir a resposta do sistema nervoso, promovendo a calma.
Incentivar técnicas de respiração, como a respiração abdominal, pode redirecionar o foco da ansiedade para a própria respiração, proporcionando uma distração eficaz.
Praticar a respiração controlada não apenas reduz os sintomas físicos da ansiedade, como a tensão muscular e as palpitações, mas também promove uma sensação de controle sobre a situação.
Disponibilizar um local tranquilo para a prática e oferecer apoio compassivo durante esse processo contribui para a criação de um ambiente de trabalho mais compreensivo e solidário em relação à saúde mental.
5. Indique terapia
Ao indicar a terapia para ansiedade, estamos oferecendo uma alternativa profissional e especializada para lidar com as questões emocionais.
Expressar apoio e explicar os benefícios da terapia, como a oportunidade de trabalhar com um profissional treinado para entender e abordar as causas subjacentes da ansiedade, pode ser reconfortante.
Além disso, fornecer informações sobre recursos disponíveis, como terapeutas locais ou serviços de aconselhamento, ajuda a remover barreiras para o acesso à assistência.
Ao destigmatizar a busca por ajuda profissional e encorajar um ambiente onde cuidar da saúde mental é valorizado, contribuímos para a construção de um espaço de trabalho mais solidário e compassivo.
Entenda o papel da empresa sobre a saúde mental dos colaboradores
A responsabilidade da empresa em promover um ambiente de trabalho saudável vai além do aspecto físico e se estende ao bem-estar mental dos colaboradores.
A implementação de políticas e programas de bem-estar nas empresas, que incluem o acesso a profissionais de saúde mental e ações preventivas, é essencial para criar um local de trabalho que valorize a saúde integral.
Ao oferecer suporte emocional, a empresa não apenas contribui para o bem-estar dos colaboradores, mas também melhora a produtividade e a satisfação no trabalho.
A ausência de apoio, por outro lado, pode resultar em riscos significativos, incluindo:
- Aumento do estresse;
- Queda na produtividade;
- Elevação das taxas de rotatividade;
- Crise de ansiedade no trabalho;
- Entre outros.
Reconhecemos a importância dessas iniciativas e convidamos você a explorar mais sobre como nossa plataforma pode ajudar a promover um ambiente de trabalho mais saudável e apoiar a saúde mental dos colaboradores.
Somos uma plataforma de saúde mental para empresas e pessoas.
Temos como missão guiar pessoas e organizações para que vivam a sua melhor versão, com terapeutas para cuidar, conteúdo para orientar, e tecnologia para facilitar!
Nossa solução conta com:
- Plataforma de terapia online e conteúdo;
- Dados e mapeamento de saúde mental;
- Palestras e práticas de bem-estar;
- Apoio com endomarketing;
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