Produtividade tóxica x sustentável: diferenças e 10 dicas especiais!

Confira estratégias para proporcionar o equilíbrio entre eficiência e bem-estar no trabalho.
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Em um mundo onde a busca pela produtividade muitas vezes se transforma em um ciclo de pressão incessante, comparações e exigências implacáveis, surge um contraponto essencial: a distinção entre produtividade tóxica e sustentável.

Enquanto a primeira pode resultar em estresse, exaustão e desequilíbrio entre vida pessoal e profissional, a segunda busca uma abordagem mais equilibrada, saudável e consciente.

Neste artigo, exploraremos as nuances entre esses dois extremos, destacando as diferenças marcantes e apresentando 10 valiosas dicas de ouro para promover uma produtividade sustentável no ambiente de trabalho, seja no escritório em casa ou em qualquer lugar onde a jornada profissional se desdobre.

Sou Rodrigo Roncaglio, CEO do Guia da Alma: plataforma de saúde mental para empresas e pessoas. Boa leitura!


O que é produtividade tóxica? Conceito!

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Foto: Anastasia Gubinskaya – istock

Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), produtividade é o correspondente:

“à eficiência com que os recursos são usados; pode ser medido em termos de todos os fatores de produção combinados (produtividade total dos fatores) ou em termos de produtividade do trabalho, definida como produto ou valor agregado dividido pela quantidade de trabalho utilizada para gerar esse produto”.

Produtividade tóxica e a cobrança constante pela alta performance, contudo, são temas atuais que deturpam o conceito original de produtividade.

A fonte precisa do conceito de produtividade tóxica não é claramente documentada, mas há indícios de que o termo pode ter se originado a partir do livro “Sociedade do Cansaço”, escrito pelo filósofo sul-coreano Byung-Chul Han.

Nessa obra, o autor explora a obsessão contemporânea da sociedade pelo trabalho, desempenho e produtividade.

Byung-Chul Han destaca uma transição da sociedade disciplinar do século XX, conforme descrita por Michel Foucault, para uma forma organizativa coercitiva diferente: a violência neuronal.

Nesse contexto, as pessoas impõem a si mesmas uma pressão crescente para alcançar resultados, transformando-se em vigilantes e algozes de suas próprias ações.

Curiosamente, em uma era em que seria possível trabalhar menos e ganhar mais, a ideologia da positividade leva a uma inversão perversa, onde as pessoas se submetem a trabalhar mais em troca de recompensas decrescentes.

A cultura do “eu consigo” e do “yes, we can” contribuiu para um aumento notável de doenças como depressão no trabalho, transtornos de personalidade e síndromes como hiperatividade e síndrome de burnout.

A produtividade tóxica, portanto, refere-se a um padrão de comportamento ou mentalidade em que a busca incessante por produtividade e eficiência se torna prejudicial para o bem-estar pessoal e a saúde mental.

Em vez de promover um ambiente saudável e equilibrado, a produtividade tóxica leva a uma obsessão pelo trabalho constante, metas irreais e autoexigência extrema.

  • Confira o episódio do Guia da Alma Cast sobre o tema: Produtividade no trabalho: como as empresas podem promover de forma saudável?

 

Os 4 tipos de produtividade no trabalho

imagem de Os 4 tipos de produtividade no trabalho

Foto: Pekic – istock

O estudo “Health, wellbeing and productivity in the workplace” afirma que, para que haja uma alta produtividade no trabalho, os colaboradores devem ter uma relação saudável com as seguintes categorias:

  • Local de trabalho (ambiente de trabalho, demandas, relações e atitudes da empresa sobre saúde e bem-estar);
  • Fatores pessoais (estilo de vida e saúde mental);
  • Aspectos físicos (atividade física, controle do colesterol etc).

Tendo isso como base, podemos entender um pouco melhor a pesquisa da coach e escritora Carson Tate, que afirma existirem quatro grupos de produtividade, onde cada pessoa pertencente a esse grupo trabalha e produz de uma maneira específica, baseando-se em suas características pessoais. São eles:

  1. Prioritários: mais analíticos;
  2. Planejados: organizados e sequenciais;
  3. Colaborativos: expressivos e dão suporte aos outros membros da equipe;
  4. Visuais: holísticos e intuitivos.

Segundo a escritora:

“O primeiro passo para tornar sua produtividade pessoal é identificar seu estilo, para que você possa trabalhar em sincronia com suas inclinações naturais.

Cada um tem suas próprias forças e ferramentas preferidas baseadas nesses poderes.”

Não apenas para os colaboradores, mas principalmente para os líderes e gestores:

O conhecimento sobre o tipo de perfil de seus funcionários é fundamental para traçar ações que beneficiem todos de maneira coletiva e individual.

Muitas vezes, um colaborador que tem muito potencial, pode estar trabalhando de uma maneira que não estimule sua produtividade de forma eficaz.

Traçar os perfis dos colaboradores pode ser eficaz para criar modelos de trabalho, cargos e demandas que sejam mais adequadas para cada tipo de pessoa.

Autoconhecimento é uma importante chave para a produtividade.

O que causa a produtividade tóxica excessiva?

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Foto: VioletaStoimenova – istock

Existem diversos fatores que podem tornar a produtividade tóxica. Neste artigo, vamos conhecer 5 motivos!

1. Ambiente de trabalho caótico

ícone de Ambiente de trabalho caótico no home office

A fusão indistinta entre o espaço profissional e pessoal muitas vezes resulta em dificuldades para estabelecer fronteiras claras, levando a uma sensação constante de estar sempre no escritório.

Seja no trabalho remoto ou presencial: para um dia de trabalho ser eficiente, é preciso ter um ambiente organizado e preparado para o trabalho.

Luz, temperatura, sons, conversas paralelas, velocidade da internet e do computador… tudo pode influenciar!

A pressão para estar sempre disponível devido à comunicação digital facilitada pode criar expectativas irrealistas de resposta imediata, induzindo a uma necessidade constante de estar online.

O desafio de estabelecer limites eficazes e a dependência contínua da tecnologia para comunicação podem intensificar o estresse, contribuindo para uma mentalidade de produtividade tóxica.

Já no home office, as distrações inerentes ao ambiente doméstico, combinadas com a falta de supervisão direta, podem levar à percepção de que horas de trabalho mais extensas são necessárias para compensar interrupções. A ausência de interações sociais informais pode resultar em isolamento, levando alguns a compensarem a solidão trabalhando excessivamente.

2. Ciclo da procrastinação

ícone de Procrastinação

À medida que tarefas são adiadas, a pressão para concluí-las dentro de prazos mais curtos aumenta, levando a um aumento do estresse e da ansiedade.

Aqueles propensos à procrastinação podem compensar o tempo perdido adotando uma abordagem de trabalho intensivo, muitas vezes resultando em longas horas de trabalho e falta de equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

Além disso, a procrastinação pode alimentar sentimentos de culpa e autoexigência, levando a uma mentalidade de recuperação por meio de esforços intensos, contribuindo assim para uma cultura de produtividade tóxica.

O ciclo contínuo de procrastinação, pressão intensa e autocrítica pode ter impactos adversos na saúde mental e no bem-estar geral, criando um ambiente propício para a produtividade tóxica se manifestar.

3. Falta de rotina e limites

ícone de Rotina do sono

A falta de uma rotina bem estabelecida pode levar muitas pessoas a trabalharem horas a fio. E deixarem seus limites de lado, passando longas jornadas no trabalho.

O que muitas vezes não sabem é que horas de trabalho exageradas nem sempre vão tornar você mais produtivo!

Quando ficamos muitas horas sem fazer pausa, e quando temos uma rotina de sono inadequada, podemos ter diminuição da concentração, da clareza mental e da capacidade de tomada de decisões, o que, por sua vez, pode resultar em um ciclo de procrastinação e trabalho excessivo para compensar a baixa eficiência.

Se este ciclo não for quebrado, pode ocasionar problemas de saúde física e mental, a longo prazo.

A privação do sono está associada a níveis elevados de estresse, ansiedade e irritabilidade, fatores que podem alimentar a mentalidade de produtividade tóxica.

Aqueles que se submetem a padrões irregulares de sono podem encontrar dificuldades em estabelecer limites claros entre o trabalho e o descanso, perpetuando a sensação de estar sempre disponível e agravando a tendência à produtividade excessiva. E junto a isso: a sensação de estar sempre com cansaço!

Para evitar os excessos, existem empresas que já utilizam ferramentas de controle de acesso, assim é possível otimizar o tempo de forma funcional.

Uma rotina saudável não apenas contribui para a clareza mental e a eficiência no trabalho, mas também desempenha um papel importante na prevenção do esgotamento profissional e na promoção de uma abordagem equilibrada em relação à produtividade.

4. Excesso de perfeccionismo

ícone de Excesso de perfeccionismo

Pessoas perfeccionistas estabelecem padrões extremamente elevados para si mesmas, buscando a perfeição em cada tarefa e projeto, ocasionando na  autocobrança excessiva,

Esse impulso incessante pela excelência frequentemente leva a uma preocupação constante com os detalhes e uma incapacidade de aceitar resultados que não atendam a esses critérios extremos.

Como resultado, a busca incessante pela perfeição pode levar a uma alocação excessiva de tempo para cada atividade, contribuindo para longas horas de trabalho.

O perfeccionismo também está frequentemente associado à procrastinação, pois o medo de não atender aos padrões estabelecidos pode levar a adiamentos constantes.

Esse ciclo de autocrítica, procrastinação e esforço excessivo pode criar um ambiente propício para a produtividade tóxica, prejudicando a saúde mental e o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

5. Desenvolvimento de doenças ocupacionais

ícone de Desenvolvimento de doenças ocupacionais

Trabalhar continuamente em condições que propiciam doenças ocupacionais, como ergonomia inadequada, longas horas de trabalho e estresse constante, aumenta o risco de problemas de saúde física e mental.

À medida que a saúde é comprometida, a produtividade pode diminuir, levando a uma resposta de intensificação dos esforços para compensar as perdas.

Essa mentalidade de compensação muitas vezes resulta em horas de trabalho mais longas e em uma abordagem desequilibrada em relação à vida profissional e pessoal.

Além disso, a presença de doenças ocupacionais pode aumentar a pressão sobre os indivíduos para manterem altos níveis de produtividade, mesmo em detrimento da própria saúde física e mental.

Esse ciclo vicioso pode perpetuar a produtividade tóxica, comprometendo ainda mais o bem-estar geral e criando um ambiente propício para comportamentos prejudiciais relacionados ao trabalho.

webinar produtividade

pesquisa sobre produtividade no trabalho e saúde mental, intitulada: “Mental Health and Productivity at Work: Does What You Do Matter?” afirma que, a qualquer momento, um em cada cinco adultos tenha algum problema de saúde mental, com taxa de prevalência ao longo da vida de até 50%.

Segundo o estudo:

“Os problemas de saúde mental afetam diretamente os empregadores e as empresas por meio do aumento do absenteísmo, impacto negativo na produtividade e nos lucros, além de um aumento nos custos para lidar com o problema. (…) Além disso, eles afetam negativamente o moral dos funcionários.”

Falando em absenteísmo: as taxas de ausência são quase 5% mais altas entre os colaboradores que possuem problemas relacionados à saúde mental.

O que a Psicologia diz sobre a produtividade tóxica?

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Foto: Jacob Wackerhausen – istock

María Jesús Álava Reyes, psicóloga especializada em Psicologia do trabalho, explica que a produtividade tóxica surge quando há excesso de trabalho, atingindo situações extremas.

Essa condição é impulsionada pelo medo e pela pressão excessiva, tornando-se prejudicial à saúde devido à impossibilidade de manter tal ritmo por longos períodos.

Além disso, ela destaca que isso cria um ambiente tóxico devido ao desequilíbrio entre o trabalho e outros aspectos da vida.

Elisa Sánchez, psicóloga do trabalho em Madri, enfatiza que pessoas com altas demandas sentem constantemente a necessidade de validação externa para se sentirem suficientes.

A ansiedade associada a essa necessidade intensificou-se durante a pandemia devido à incerteza e à falta de controle sobre os acontecimentos.

Para recuperar a sensação de controle, essas pessoas tendem a trabalhar mais, buscando visibilidade para validar seu tempo e vida.

José Ramos, professor de Psicologia do trabalho em Valência, aponta fatores externos contribuintes para a produtividade tóxica, como:

  • Expectativas da sociedade;
  • Instabilidade no trabalho;
  • Ambiente tóxico.

A pressão para atender às expectativas dos outros resulta em um sentimento de medo e constante preocupação em não cumprir as expectativas.

A ideia de que a produção constante resulta em maior reconhecimento e conquistas é um mito que contribui para a produtividade tóxica, como observa a psicóloga clínica Marilene Kehdi.

Ela destaca que ser produtivo deve envolver a realização das tarefas necessárias, sem prejudicar a própria saúde.

Além disso, Aline Sabino, psiquiatra da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, ressalta que é de extrema importância aprender a usar e desfrutar do tempo, não apenas viver para cumprir tarefas.

O que é positividade tóxica?

ícone de O que é positividade tóxica

A produtividade tóxica, pode vir junto a positividade tóxica, que refere-se a uma mentalidade ou comportamento que promove uma ênfase excessiva na positividade, desconsiderando ou minimizando emoções e experiências negativas de forma não saudável.

Essa abordagem muitas vezes envolve encorajar constantemente pensamentos e atitudes positivas, independentemente das circunstâncias reais, e rejeitar ou desconsiderar emoções consideradas negativas como tristeza, raiva, frustração ou ansiedade.

Embora a promoção da positividade seja geralmente benéfica, a positividade tóxica pode se tornar prejudicial quando impede a expressão genuína de emoções, cria expectativas irreais de felicidade constante e invalida as experiências legítimas de dificuldades emocionais.

Em contextos sociais, profissionais ou pessoais, a positividade tóxica pode contribuir para um ambiente onde a pressão para manter uma fachada de felicidade constante pode ser avassaladora, impactando negativamente a saúde mental e o bem-estar emocional das pessoas.

Por que a produtividade tóxica está cada vez mais presente na sociedade atual?

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Foto: Yurii Yarema – istock

A produtividade tóxica tornou-se uma presença constante na sociedade contemporânea por uma série de razões interligadas.

Em grande parte, isso se deve à cultura que valoriza excessivamente a produtividade e o sucesso, muitas vezes associando-os a uma validação pessoal e social.

O avanço da tecnologia, embora traga inúmeras vantagens, também contribuiu para essa pressão constante por desempenho.

As redes sociais e a conectividade instantânea criaram uma mentalidade de estar sempre ligado, onde a linha entre vida pessoal e profissional se torna turva.

Há uma expectativa de estar disponível a qualquer momento, levando as pessoas a sentirem que precisam trabalhar além do expediente para corresponder a essas demandas.

Além disso, a globalização trouxe consigo uma competição cada vez mais acirrada e comparações.

Indivíduos se veem competindo não apenas localmente, mas globalmente, o que pode gerar uma sensação de constante necessidade de se destacar e superar os outros.

Os padrões inatingíveis estabelecidos pela sociedade em relação ao sucesso, riqueza e realização pessoal também desempenham um papel importante.

Isso leva as pessoas a acreditarem que precisam constantemente fazer mais, ser mais produtivas, resultando em jornadas de trabalho prolongadas e uma mentalidade de que nunca é suficiente.

Essa cultura da produtividade extrema tem um custo significativo para a saúde mental e física das pessoas.

O esgotamento, a ansiedade e o estresse crônico se tornam cada vez mais comuns, e a noção de valor pessoal muitas vezes se torna excessivamente ligada ao desempenho profissional, ignorando outras áreas importantes da vida, como relacionamentos e bem-estar emocional.

Para mudar essa dinâmica, é essencial reavaliar nossos valores e promover uma cultura que valorize não apenas a produtividade, mas também o equilíbrio, a saúde mental e a qualidade de vida.

“Como colega que compartilha desse ambiente empresarial, percebo o quanto as pessoas estão muitas vezes no limite, especialmente os colaboradores. Muitas vezes, a cultura é de normalizar o estresse, mas a longo prazo, isso não é saudável.

Hoje, empresas estão lidando com casos de ansiedade e afastamentos, e muitas ainda não sabem como agir. (…)

Empresas que investem no lado humano veem resultados financeiros, e a redução de casos de ansiedade e estresse é algo inestimável.

Receber avaliações positivas do RH, observando uma mudança no comportamento da equipe, é gratificante. As empresas ganham quando investem no bem-estar dos colaboradores.”, afirma Liana Chiaradia, CMO e founder do Guia da Alma.

Isso requer uma mudança coletiva de mentalidade, onde o autocuidado, a desconexão saudável do trabalho e a aceitação de limites pessoais sejam valorizados e encorajados.

Produtividade tóxica x Produtividade sustentável: diferenças!

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Foto: Tijana87 – istock

A produtividade tóxica e a produtividade sustentável representam abordagens opostas em relação ao trabalho e à eficiência.

A produtividade tóxica é caracterizada por uma ênfase excessiva na quantidade de trabalho realizado, muitas vezes à custa da saúde mental, equilíbrio entre vida profissional e pessoal e qualidade de vida.

Colaboradores engajados na produtividade tóxica podem se submeter a longas horas de trabalho, ignorar a importância do descanso e do autocuidado, e estabelecer padrões irreais de perfeição.

Em contraste, a produtividade sustentável busca um equilíbrio saudável entre a eficiência no trabalho e o bem-estar pessoal.

Envolve reconhecer a importância do descanso, do tempo livre e da gestão equilibrada do tempo.

A produtividade sustentável valoriza a qualidade do trabalho, a criatividade, o aprendizado contínuo e a manutenção de uma saúde física e mental robusta.

Em vez de seguir padrões rígidos e estressantes, a produtividade sustentável procura integrar o trabalho de maneira saudável na vida cotidiana, promovendo a felicidade, a satisfação e o crescimento pessoal.

Como combater a produtividade tóxica no trabalho? 10 dicas de ouro!

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Foto: Jay Yuno – istock

Veja 10 dicas especiais!

1. Quais são os seus inimigos da produtividade no trabalho? Observe!

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Observar e identificar os inimigos da produtividade no trabalho requer uma reflexão consciente sobre seus hábitos, comportamentos e ambiente.

Aqui estão algumas estratégias para ajudá-lo a reconhecer esses obstáculos:

  • Faça uma análise honesta de seus próprios hábitos e padrões de trabalho. Identifique momentos em que você se sente menos produtivo, distraído ou sobrecarregado;
  • Mantenha um registro de suas atividades diárias durante uma ou duas semanas. Isso pode incluir o tempo gasto em tarefas específicas, interrupções, momentos de maior eficiência e sentimentos de estresse. Analise esses registros para identificar padrões;
  • Observe as principais fontes de interrupções durante o trabalho. Isso pode incluir notificações de dispositivos, reuniões frequentes, conversas constantes ou outros elementos que quebrem sua concentração;
  • Analise o ambiente de trabalho. Um espaço desorganizado, falta de privacidade ou iluminação inadequada podem afetar negativamente a produtividade. Certifique-se de que seu ambiente de trabalho seja confortável e funcional;
  • Esteja atento aos seus próprios padrões de comportamento. Por exemplo, se você perceber que procrastina regularmente em certas tarefas, investigue as razões por trás desse comportamento;
  • Busque feedback de colegas de trabalho ou supervisores. Às vezes, os outros podem observar padrões que você pode não perceber;
  • Analise como você define e gerencia suas prioridades. Se estiver constantemente sobrecarregado, pode ser necessário reavaliar suas tarefas e definir prioridades mais claras;
  • Considere como sua saúde mental afeta sua produtividade. O estresse, a ansiedade e outros problemas de saúde mental podem prejudicar significativamente o desempenho no trabalho;
  • Faça pequenas mudanças em sua rotina de trabalho e observe os resultados. Por exemplo, ajuste seu ambiente de trabalho, experimente diferentes técnicas de gerenciamento de tempo ou estabeleça limites claros para interrupções;
  • Regularmente, reserve um tempo para refletir sobre seu desempenho e ajustar suas estratégias conforme necessário. Esteja aberto a fazer ajustes contínuos com base em sua experiência.

2. Como aumentar a produtividade sustentável no home office?

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Aumentar a produtividade sustentável no home office requer uma abordagem equilibrada que valorize tanto a eficiência no trabalho quanto o bem-estar pessoal.

Veja algumas estratégias:

  • Estabeleça rotinas consistentes, definindo horários regulares de trabalho e mantendo uma separação clara entre a vida profissional e pessoal;
  • Crie um espaço de trabalho confortável e livre de distrações, isso contribui para um ambiente propício à concentração;
  • Estabeleça metas realistas e priorize tarefas significativas, isso ajuda a manter o foco nas atividades de maior impacto;
  • Considere a aplicação de técnicas de gestão de tempo, como a Técnica Pomodoro, pode aumentar a eficiência ao dividir o trabalho em intervalos concentrados e pausas regulares;
  • Comunicação eficiente com colegas e gestores é muito importante, assim como o estabelecimento de limites claros para evitar o sentimento de estar sempre ligado;
  • Além disso, promover o autocuidado, reservar tempo para pausas e investir em desenvolvimento pessoal são elementos-chave para garantir um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal.

Ao integrar essas práticas, é possível alcançar uma produtividade sustentável que perdure a longo prazo, preservando o bem-estar e a satisfação pessoal.

3. Ferramentas de gestão de produtividade no trabalho

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Existem diversas ferramentas de gestão de produtividade que podem ajudar a reduzir a produtividade tóxica, proporcionando uma abordagem mais equilibrada e eficiente no trabalho.

Aqui estão algumas ferramentas que podem ser úteis:

  • Trello: uma plataforma de gerenciamento de projetos que utiliza quadros, listas e cartões para organizar tarefas de maneira visual. Trello é eficaz para colaboração em equipe e permite uma visão clara das prioridades;
  • Asana: uma ferramenta de gerenciamento de tarefas e projetos que facilita a colaboração entre membros da equipe. Ela oferece recursos como visualização de projetos, atribuição de tarefas e prazos, o que ajuda a manter a clareza nas responsabilidades;
  • Todoist: um aplicativo de lista de tarefas que permite criar listas, definir prazos e prioridades. Sua simplicidade facilita o acompanhamento das tarefas diárias e o estabelecimento de metas alcançáveis;
  • Focus@Will: um serviço de música focada projetado para melhorar a concentração e produtividade. Oferece diferentes estilos musicais para se adequar ao seu estilo de trabalho, ajudando a criar um ambiente propício para a eficiência;
  • Forest: uma aplicação que utiliza a técnica Pomodoro, incentivando períodos concentrados de trabalho intercalados com pausas. Durante os intervalos, você planta virtualmente uma árvore, incentivando a disciplina na gestão do tempo;
  • RescueTime: monitora automaticamente o tempo que você passa em diferentes aplicativos e websites, fornecendo insights sobre seus padrões de uso. Isso ajuda a identificar áreas de desperdício de tempo e a ajustar comportamentos improdutivos;
  • Freedom: bloqueia temporariamente o acesso a sites e aplicativos que podem ser distrativos. Essa ferramenta ajuda a criar um ambiente digital focado, reduzindo as tentações que podem levar à procrastinação;
  • Zoom: para reuniões virtuais, o Zoom oferece uma plataforma eficiente para colaboração remota. Agendar reuniões e videochamadas facilita a comunicação e a conexão com colegas, contribuindo para um ambiente de trabalho mais colaborativo;
  • Notion: uma ferramenta de produtividade que combina notas, tarefas, wikis e colaboração em equipe em uma única plataforma. Pode ser personalizado para atender às necessidades específicas de gestão de projetos e informações;
  • MindMeister: uma ferramenta de mapeamento mental que ajuda na visualização e organização de ideias. É útil para planejamento estratégico, brainstorming e organização de conceitos complexos.

Essas ferramentas podem ser adaptadas às necessidades individuais e da equipe, ajudando a criar um ambiente de trabalho mais eficiente, colaborativo e menos propenso à produtividade tóxica.

4. Equilíbrio entre vida pessoal e profissional: use a Matriz de Eisenhower

ícone de Equilíbrio entre vida pessoal e profissional: use a Matriz de Eisenhower

Segundo a pesquisa realizada pelo Centro de Inovação FGV, 56% das pessoas têm dificuldade em coordenar o trabalho e as atividades pessoais.

Para os menores de 25 anos, o número foi ainda maior: 82,6%.

A Matriz de Eisenhower, também conhecida como a Matriz Urgente-Importante, é uma ferramenta de gerenciamento de tempo e priorização desenvolvida pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Dwight D. Eisenhower.

A matriz é projetada para ajudar as pessoas a visualizar e classificar suas tarefas com base em sua urgência e importância, facilitando a tomada de decisões sobre como alocar tempo e recursos.

A matriz organiza as tarefas em quatro quadrantes:

  1. Urgente e Importante: tarefas nesta categoria exigem atenção imediata e são cruciais para o alcance dos objetivos. Elas representam prioridades que não podem ser adiadas e precisam ser tratadas imediatamente;
  2. Importante, mas Não Urgente: tarefas nesta categoria são significativas para alcançar objetivos a longo prazo, mas não exigem ação imediata. Este quadrante é ideal para planejamento estratégico, desenvolvimento de habilidades e outras atividades proativas;
  3. Urgente, mas Não Importante: tarefas nesta categoria são urgentes, mas não contribuem significativamente para os objetivos a longo prazo. Elas muitas vezes envolvem interrupções e podem ser delegadas ou automatizadas sempre que possível;
  4. Não Urgente e Não Importante: tarefas nesta categoria têm baixa prioridade, pois não são urgentes nem contribuem significativamente para os objetivos a longo prazo. Elas podem incluir atividades que são mais distrativas do que produtivas e, idealmente, devem ser minimizadas.

5. Pratique o desapego profissional

ícone de Pratique o desapego profissional

Termo criado por Laurie Ruettimann, o desapego profissional é definido como a compreensão de que sua função no trabalho não é o núcleo de sua identidade.

A ideia é que você possa ser produtivo e comprometido sem que toda a sua vida e autoestima gire em torno do trabalho.

O desapego permite uma perspectiva mais objetiva em relação ao trabalho, reduzindo a pressão autoimposta de alcançar padrões irreais.

Isso possibilita a aceitação de resultados menos do que perfeitos e a compreensão de que o valor pessoal não está exclusivamente ligado ao desempenho profissional.

O desapego também promove uma mentalidade mais flexível diante das mudanças, facilitando a adaptação a novas circunstâncias sem gerar estresse excessivo.

Ao se libertar das amarras emocionais, os indivíduos podem cultivar um ambiente de trabalho mais saudável, focando na eficiência sem comprometer a qualidade de vida ou a saúde mental.

Essa prática contribui para a redução da produtividade tóxica ao promover uma relação mais equilibrada e sustentável com o trabalho, permitindo que as pessoas prosperem de maneira mais saudável e realizada.

6. Realize pausas no trabalho

ícone de Realize pausas no trabalho

Um estudo conduzido pela empresa de software Draugiem Group descobriu que profissionais produzem mais quando tiram pequenos intervalos ao longo do dia.

Foi constatado que o período ideal de produção corresponde a 52 minutos e o de intervalo, a 17 minutos.

Júlio Pereira, médico neurologista da BP (A Beneficência Portuguesa de São Paulo), explica que durante o dia o ideal não é que as pessoas fiquem o tempo todo fazendo alguma atividade:

“Se a gente fizer um estímulo constante do cérebro pode ocasionar um burnout no sistema nervoso central e até depressão.

Então, o ideal é que nós tenhamos períodos de foco e períodos de total descanso”.

Segundo relatório do Instituto de Pesquisa do Exército dos Estados Unidos, o cérebro humano consegue manter a produtividade por, no máximo, 90 minutos, e então deve-se realizar uma pausa no trabalho para reter as informações adquiridas.

Além disso, a Universidade da Califórnia revelou, em pesquisa, que um funcionário feliz é 31% mais produtivo, podendo vender até 37% mais.

Uma dica prática imediata é agendar períodos de recuperação na agenda, reservando cinco minutos para fazer uma pausa no meio do dia, alongar-se e tomar água.

Muitas vezes, pequenas mudanças na rotina podem gerar resultados positivos significativos.

Pesquisas sugerem que a cada 60-90 minutos, é benéfico fazer uma pausa para respirar fundo e aliviar o estresse do corpo.

A nossa lombar, por exemplo, que suporta horas de trabalho no computador, merece um momento para relaxar.

“Configuramos o Slack, uma de nossas ferramentas de comunicação interna, para enviar lembretes diários aos colaboradores, incentivando essas pausas no trabalho.

Iniciar com pequenas ações, como essas, pode fazer uma grande diferença na rotina, tanto para os colaboradores quanto para a empresa.

Além disso, todos os nossos colaboradores têm acesso ao benefício da terapia, uma iniciativa que convido todos a conhecerem.”, afirma Liana Chiaradia, CMO e founder do Guia da Alma.

Os dados não mentem: o trabalho precisa estar devidamente alinhado com a saúde mental para que haja uma alta taxa de produtividade saudável.

7. Torne seu trabalho mais significativo

ícone de Torne seu trabalho mais significativo

Quando os indivíduos encontram significado em suas atividades profissionais, estão mais propensos a se envolver de maneira saudável e equilibrada.

O significado no trabalho oferece um propósito que vai além de simplesmente atender a demandas e metas de produtividade, proporcionando uma fonte intrínseca de motivação.

Ao compreender como suas demandas contribuem para objetivos mais amplos e alinham-se com seus valores, os trabalhadores sentem um senso de realização que vai além de métricas quantitativas.

Esse foco no significado também ajuda a reduzir a pressão por perfeição, permitindo que as pessoas aceitem a imperfeição como parte do processo de crescimento e aprendizado.

Ao criar um ambiente de trabalho onde as atividades têm um propósito claro e positivo, é possível cultivar uma cultura mais saudável, incentivando a produtividade sustentável em vez de uma busca incessante por resultados a qualquer custo.

Isso não apenas contribui para o bem-estar dos indivíduos, mas também promove uma abordagem mais equilibrada e significativa em relação ao trabalho, contrapondo efetivamente a produtividade tóxica.

8. Descubra seus picos de produtividade

ícone de Descubra seus picos de produtividade

Descobrir seus picos de produtividade é uma estratégia essencial para combater a produtividade tóxica, pois permite a otimização do uso do tempo e dos recursos de maneira mais eficaz.

Ao identificar os momentos do dia em que você está naturalmente mais focado e energizado, é possível direcionar suas tarefas mais desafiadoras e importantes para esses períodos, aumentando a eficiência e a qualidade do trabalho.

Além disso, a compreensão dos seus picos de produtividade também desempenha um papel importante na gestão de multitarefa x multicanalidade.

Enquanto a multitarefa tradicionalmente se refere a realizar várias tarefas simultaneamente, a multicanalidade se refere à capacidade de alternar entre diferentes atividades de maneira eficiente.

Descobrir seus picos de produtividade permite que você adote a abordagem de multicanalidade, focando em tarefas específicas durante períodos de alta energia e evitando a dispersão de esforços em multitarefas que podem resultar em produtividade superficial e estresse.

Ao alinhar suas atividades com seus picos de produtividade, você evita a armadilha da multitarefa que pode levar à produtividade tóxica.

Isso permite que você realize suas tarefas com mais eficiência, promovendo um ambiente de trabalho mais saudável e sustentável.

Ao adotar uma abordagem mais estratégica em relação ao uso do tempo, você pode reduzir a pressão autoimposta, melhorar a qualidade do trabalho e alcançar um equilíbrio mais saudável entre produtividade e bem-estar.

9. Líder, lidere pelo exemplo e promova um estilo de gestão de apoio!

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Ao demonstrar comportamentos saudáveis, como equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, respeito pelos limites individuais e uma abordagem equilibrada em relação à produtividade, o líder estabelece um padrão positivo para os membros da equipe.

Um estilo de gestão de apoio envolve o reconhecimento e a valorização do bem-estar dos colaboradores, indo além das metas de produção.

Os líderes que adotam essa abordagem incentivam a comunicação aberta, criam um ambiente onde os membros da equipe se sentem à vontade para expressar preocupações sobre carga de trabalho excessiva ou estresse e promovem a importância do autocuidado.

“Como founder, também acho super importante falarmos sobre isso, pois é como semeamos uma cultura saudável dentro das empresas.

Se nós, como founders, cuidarmos da saúde mental, saberemos repassar isso para nossos colaboradores e para nossa equipe”, afirma Liana Chiaradia.

Ao modelar a importância do equilíbrio e do respeito pelos limites, os líderes inspiram confiança e criam um ambiente em que a qualidade do trabalho é valorizada tanto quanto a quantidade.

Isso ajuda a combater a produtividade tóxica, promovendo uma cultura organizacional que prioriza o bem-estar dos funcionários e reconhece que um ambiente de trabalho saudável é essencial para o desempenho sustentável a longo prazo.

Além disso, um líder que lidera pelo exemplo estabelece expectativas realistas, incentiva a definição de metas alcançáveis e apoia o desenvolvimento profissional e pessoal dos membros da equipe.

10. Conte com benefícios corporativos: conheça o Guia da Alma!

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Os benefícios corporativos podem te apoiar a criar uma cultura de produtividade saudável na sua empresa.

A responsabilidade da empresa em promover um ambiente de trabalho saudável vai além do aspecto físico e se estende ao bem-estar mental dos colaboradores.

A implementação de políticas e programas de bem-estar nas empresas, que incluem o acesso a profissionais de saúde mental e ações preventivas, é essencial para criar um local de trabalho que valorize a saúde integral.

Ao oferecer suporte emocional, a empresa não apenas contribui para o bem-estar dos colaboradores, mas também melhora a produtividade e a satisfação no trabalho.

Guia da Alma é uma plataforma de saúde mental para empresas e pessoas.

Através da terapia online como benefício corporativo, colaboradores têm a oportunidade de trabalhar sua resiliência emocional, como construir uma rotina equilibrada, produtiva e com saúde mental.

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Fundador e CEO do Guia da Alma. Especialista em Saúde Mental corporativa. Especialista em Terapias Complementares. Palestrante e Instrutor de Meditação Mindfulness para Empresas.

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