O que é Síndrome do Impostor e como superar no trabalho e na vida?
Você já teve a sensação de não ser bom o suficiente no que faz? Já duvidou da sua capacidade? Ou teve medo de ser exposto como uma fraude? Talvez você esteja com sintomas da Síndrome do Impostor!
As pessoas com Síndrome do Impostor (ou Síndrome da Impostora) tendem a se sentir uma fraude e incapazes na maior parte do tempo, o que acaba afetando várias áreas de sua vida, incluindo a profissional.
Um padrão de comportamento ainda pouco abordado no ambiente de trabalho, mas bem recorrente!
Neste artigo, vamos entender melhor sobre o assunto e como lidar com ele na vida e no trabalho.
Sou Rodrigo Roncaglio, CEO do Guia da Alma – a maior plataforma de Terapias Holísticas do Brasil para melhorar a saúde mental nas empresas.
Índice
O que é Síndrome do Impostor
As pessoas que sofrem da Síndrome do Impostor constantemente sentem-se incapazes em vários momentos da vida.
Esse sentimento de incapacidade acarreta em dúvidas em relação à carreira, levando as pessoas portadoras dessa síndrome a se sentirem uma “fraude”.
Vale salientar que essa síndrome é bastante comum em mulheres.
E para piorar o cenário: no Brasil, segundo pesquisa de 2019 realizada pela Grant Thornton, sexta maior organização de contabilidade e consultoria dos EUA, a porcentagem de mulheres ocupando cargos de liderança caiu 4%, totalizando 25% das mulheres na liderança.
No Brasil, a porcentagem de mulheres em cargos de presidência nas empresas é de apenas 7%.
São dados que, historicamente e estruturalmente, levam à crescente quantidade de mulheres que, profissionalmente, são acarretadas com essa síndrome. Mas ela não afeta apenas o sexo feminino!
De acordo com um estudo realizado pela Asana, plataforma de gerenciamento de trabalho móvel e web, mais de 60% dos trabalhadores do conhecimento no mundo já experimentaram sintomas da síndrome do impostor.
Isso significa que mais da metade dos trabalhadores do mundo sente que chegou à posição profissional que exerce por sorte, não por suas habilidades e competências, mesmo que isso seja claro para os contratantes e colegas de trabalho.
O trabalho de maneira remota também foi um fator que influenciou nessa alta taxa de colaboradores sentindo-se menores do que seus cargos.
Segundo a neurocientista Sahar Yousef, da Universidade da Califórnia:
“Com menos oportunidades de interagir e comemorar o sucesso, o trabalho remoto vem intensificando a síndrome do impostor. As organizações devem garantir que o trabalho esteja sendo reconhecido e amparado em ambientes remotos no dia a dia e que os funcionários recém-contratados disponham de estruturas de apoio que instilem confiança.”
Vamos saber mais sobre essa síndrome, seus sintomas e como tratá-la?
Impactos da síndrome do impostor na vida e no trabalho
Há vários impactos na qualidade de vida no trabalho e na vida pessoal das pessoas que possuem a síndrome do impostor.
A pessoa que possui essa síndrome tem uma dificuldade em lidar com o erro e as chances de o aprendizado surgir deste erro são bem baixas, já que o excesso de perfeccionismo e autocrítica o levam ao esgotamento de sua produtividade a cada passo que ele considera inadequado.
O excesso de perfeccionismo também ocasiona a procrastinação, por nunca achar que o seu trabalho está bom o suficiente para ser entregue.
Essa extrema cobrança não poderia ter outros resultados no âmbito profissional do que a outra tão falada atualmente, síndrome de burnout, que é o esgotamento mental e emocional causado pelo excesso de trabalho.
Com o constante pensamento de que tudo aconteça de forma “perfeita”, a pessoa com a síndrome do impostor vive num constante ciclo de autossabotagem, duvidando de suas próprias habilidades e competências, recusando até mesmo promoções no trabalho, por não se sentir capaz.
Isso significa uma percepção deturpada de si mesmo(a), devido à baixa autoestima e negligência com a saúde mental por excesso de trabalho e esgotamento.
Sintomas da síndrome do impostor
Preste atenção se, na sua vida pessoal e profissional, você apresenta algum desses sintomas:
- Autossabotagem;
- Baixa autoestima e autoconfiança;
- Incapacidade de enxergar as próprias competências e capacidades;
- Não reconhecer o próprio sucesso;
- Lida mal com feedbacks e críticas negativas;
- Negligência com a própria saúde mental;
- Sentimento constante de exaustão;
- Vontade excessiva de agradar a todos;
- Recusa oportunidades, promoções ou cargos mais altos por não se sentir hábil.
Se você se reconheceu em alguns desses sintomas e sente que eles atrapalham a sua vida, procure ajuda e confira as dicas abaixo:
Como superar a síndrome do impostor no trabalho e na vida? 5 dicas!
Vejamos cinco dicas para cuidar da saúde mental e lidar melhor com essa síndrome!
1. Converse sobre o assunto
É inevitável que falar sobre o assunto pode ser uma ótima forma para se analisar e entender melhor o problema.
Se possível, faça terapia para distinguir melhor os seus pensamentos e sentimentos: o que é justificado e o que é apenas fruto da autossabotagem?
É importante reconhecer as situações em que estamos reagindo de maneira equivocada a uma situação, por não conseguirmos enxergar as nossas próprias habilidades.
Uma excelente ferramenta terapêutica de autoconhecimento é a meditação mindfulness.
A meditação é uma ótima forma de praticar o controle dos próprios pensamentos, focando no presente e afastando os pensamentos que abalam a autoconfiança e a autossabotagem, aliviando a ansiedade tão presente em pessoas que sofrem com essa síndrome.
Os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA analisaram enfermeiras de um hospital no Novo México e descobriram que metade delas tiveram a taxa de cortisol (hormônio do estresse) diminuída em quase 70% após sessões semanais de meditação e yoga.
Já pensou em investir mais em autoconhecimento para conseguir identificar os sinais de quando o seu comportamento pode tornar-se nocivo para você mesmo(a)?
Saiba mais sobre as nossas terapias focadas no autoconhecimento, como thetahealing, hipnose e PNL, EFT (Técnica de Liberação Emocional), reiki e muito mais!
Todas podem ser realizadas online, no conforto de sua casa, através do Guia da Alma! 🙂
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2. Permita-se reconhecer os próprios erros
É comum que as pessoas com a síndrome do impostor lidem de maneira conturbada com a possibilidade de errar, sempre procurando qualquer mínimo erro como justificativa para os seus pensamentos de inferioridade.
Entenda que errar faz parte do processo de evolução e melhora, sempre garantindo que errar não é sinônimo de fracasso, mas de aprendizado.
Aceite as suas imperfeições!
3. Celebre as pequenas conquistas e cultive o autocuidado
Reconheça as pequenas coisas que você faz por si no dia a dia e garantem o quanto você é uma pessoa potente e capaz!
- Conseguiu entregar as demandas no prazo?
- Que tal descansar hoje de noite assistindo a sua série favorita e comendo uma deliciosa pizza?
Você merece!
4. Confie em alguém para ser seu mentor ou mentora
Pode ser seu chefe ou alguém que você confia na empresa.
Mostre o seu desempenho, tire dúvidas e confie em alguém que possa te ajudar a evoluir na sua área profissional.
Muitas vezes nos sentimos acanhados e com receio de tirarmos dúvidas por achar que precisamos ser os melhores em tudo, mas isso é uma falácia.
Quanto mais você demonstrar que pretende aprender com os seus erros, mais chances de você evoluir como pessoa e garantir o seu sucesso profissional.
5. Evite comparações
Nada de ficar se comparando nas redes sociais com a vida que você acha que é melhor que a sua!
Respeite o seu processo individual de evolução, respeitando as suas experiências.
As redes sociais são armadilhas constantes para alimentar a comparação com as outras pessoas, característica marcante da síndrome do impostor.
É importante, também, reconhecer o momento de se desligar um pouco das redes e sair um pouco dessa frequência.
Na vida real todas as pessoas têm tantos defeitos quanto você, saiba que você não está só.
E o mais importante: priorize a sua saúde mental e cuide-se!
Gostou?
Continue acompanhando o nosso blog para mais conteúdos como esse, como artigos e palestras para saúde mental! 🙂