Feedback construtivo nas empresas: dicas de comunicação não-violenta!
Comunicar um feedback construtivo, ou lidar com os recebidos feedback negativos, pode ser um desafio!
Tanto para quem dá, quanto para quem recebe: existe uma expectativa emocional.
A verdade é que, se dado de maneira construtiva, e administrado com autoconhecimento, o feedback pode ser uma excelente ferramenta de crescimento profissional.
Então, vamos entender melhor o que significa feedback construtivo e como ele pode ser útil para a sua empresa?
Continue lendo este artigo e saiba mais. Boa leitura!
Índice
O que é um feedback construtivo?
Na cultura organizacional brasileira, poucas empresas costumam utilizar de forma positiva a ferramenta do feedback na avaliação de desempenho dos seus colaboradores.
O feedback é justamente uma oportunidade de retorno do líder com o colaborador, de como anda o progresso no mesmo dentro da empresa. E vice-versa!
Muitas vezes, essas conversas podem ser raras e isso mesmo porque não somos habituados a sermos “apontados” por aquilo que fazemos de certo ou de errado em nenhum lugar.
Porém, quando administrado de forma positiva e engajada, ou seja, quando utilizado pelo viés construtivo, ainda que haja falhas apontadas, existe o direcionamento para a melhoria e a adequação das correções necessárias.
Mas as pessoas, de uma maneira geral, influenciadas pela falta de hábito, não recebem a observação avaliativa com tranquilidade e isso acaba por gerar altos índices de estresse no ambiente corporativo.
O fato é que tanto para quem dá, quanto para quem recebe, existe uma expectativa em conseguir gerenciar o estado emocional, apenas para quando o viés é positivo.
Ou seja, líderes, gestores e colaboradores que recebem o feedback positivo acabam demonstrando um maior engajamento e uma facilidade na administração da produtividade.
Então, como agir em caso de um feedback negativo?
A resposta é administrar o autoconhecimento e trabalhar a inteligência emocional no trabalho, pois é uma ferramenta capaz de aumentar seus índices de autoconfiança, sem levar a situação para o lado pessoal.
A importância do feedback construtivo dentro das empresas
Quanto mais cultivada a importância do feedback dentro das equipes, maior será o sucesso alcançado pelo negócio.
O feedback construtivo fortifica o elemento humano, corrigindo as falhas pontualmente e direcionando a melhoria do ambiente como um todo.
E uma das grandes formas de se cultivar essa relevância, principalmente neste momento de trabalho híbrido e remoto, é pontuando o diálogo de gestores, líderes e equipe, trazendo uma abertura, incluindo o feedback como uma ferramenta de importância para o crescimento de todos.
Portanto, quanto mais engajado for o time, dentro da integração de como se podem perceber dentro das análises dadas pelo feedback, menor será o viés do impacto emocional dentro das organizações.
Para isso é preciso que haja esforço mútuo de todas as pessoas envolvidas, para enviar e recepcionar as informações avaliativas, de forma construtiva.
O feedback deve ser encarado como uma ferramenta que possibilita o desenvolvimento profissional dos colaboradores, líderes e gestores, pois só assim conseguirá ser desmistificado e sair, muitas vezes, do quadro de vilão da história.
O feedback construtivo como ferramenta de autoconhecimento dos colaboradores
A partir do momento em que as pessoas tomam consciência da necessidade do seu enfoque para o autoconhecimento, a visão do feedback dentro do ambiente corporativo tende a melhorar.
De igual forma, evitando problemas maiores, como o reconhecimento prévio da síndrome de burnout, por exemplo.
Se o indivíduo se vê com mais autoconfiança, com mais amor próprio, enxerga se o caminho atual está sendo difícil e dispõe de ferramentas para lhe auxiliar nessa jornada, entendendo que nem sempre se consegue enfrentar situações turbulentas solitariamente – ele irá lidar com outro olhar sob o feedback recebido.
Pois assim, compreenderá as necessidades de se fortalecer para conseguir agir de forma mais assertiva dentro do espaço organizacional e, também, em seu espaço pessoal.
Para tanto, os líderes e gestores devem se mostrar atentos e agir com empatia.
Geralmente as falhas ocorrem diante do momento de fragilidade que o colaborador enfrenta, e não por simples negligência.
Ao se permitirem a ter esse olhar aprofundado, líderes e gestores poderão já incluir na perspectiva do feedback o aconselhamento dos colaboradores a buscarem ajuda especializada.
Ou seja, atendimento terapêutico, validando ainda mais a confiança e o respeito que o ambiente organizacional espera que se tenha.
Como dar feedback construtivo? 4 dicas de comunicação não-violenta
Embora a ferramenta do feedback siga a tendência vertical, ou seja, a hierarquia de cima leva a outro degrau as informações de seu desempenho, é necessário que haja, entre as equipes, um enriquecimento do diálogo na horizontal.
Apesar de líderes e gestores direcionarem a avaliação aos colaboradores, a empatia, a sensibilidade e a clareza devem andar lado a lado na comunicação da equipe.
Se as pessoas enfrentam dificuldades na gestão da comunicação organizacional, devem buscar meios de trabalhar o diálogo.
Novos líderes, novos gestores e novos colaboradores tendem a ter essa dificuldade, tendo em vista que encaram desafios recentes com os postos de trabalho.
Portanto, se você identifica vulnerabilidade em se abrir por estar ocupando um novo lugar na organização, fortaleça seu diálogo interno e externo.
E, sendo necessário, peça ajuda terapêutica para o momento, pois pode ser algo transformador na sua experiência de trabalho!
- Faz sentido para você? Agende uma sessão de Terapia no Guia da Alma 🙂
Quer seja no ambiente pessoal e no ambiente profissional, as conversas difíceis são extremamente necessárias para haver o esclarecimento de todas as situações.
E o fato de ser difícil não quer dizer que seja um momento em que o fator humano seja afetado, pois podemos direcionar o diálogo para a maior clareza possível, sem que haja impacto emocional negativo da pessoa que recebe.
É por isso que o treinamento de líderes com a comunicação não-violenta favorece o impacto emocional exigido pelo feedback, apoiando-se nos quatro passos de realização.
1. Observe sem julgamentos
Uma vez que o feedback seja estruturado em dados levantados, não há o julgamento do profissional em si.
Quanto mais clareza entre o que foi feito ou deixado de fazer, menor será o impacto emocional de quem recebe a devolutiva.
2. Exponha seus sentimentos
O que permite uma maior empatia é colocar a forma de como a pessoa que entrega o feedback se sente diante do que foi cumprido ou não, uma vez que se demonstre a sensibilidade dentro dessa posição.
3. Reconheça as necessidades de seu colaborador
Além de expor seus sentimentos, reconhecer o que se espera da situação também o aproxima do canal da empatia.
Lembrando sempre de colocar a necessidade da atividade em si, da questão totalmente profissional.
4. Entregue o pedido com empatia
Sem exigências, mas se colocando da forma mais empática possível é a maneira que melhor se pode solicitar o que precisa ser feito, assim como as medidas necessárias para os próximos passos.
Dicas extras para dar um feedback construtivo
- Coloque-se numa postura de acolhimento diante do diálogo;
- Não inicie uma conversa difícil se estiver passando por um momento de estresse ou alta pressão;
- Agradeça o interlocutor pelas informações dadas, de forma sincera;
- Analise o que a pessoa está transmitindo, totalmente pelo viés da impessoalidade;
- Caso você se ressinta com algo do que foi dito, tente entender se realmente há algo que exija o ressentimento aflorado;
- Se estiver passando por algum problema que gere desconforto emocional, procure alguém de sua confiança para pontuar e busque ajuda terapêutica, podendo até mesmo ser terapia online.
Faz sentido para você? Agende uma sessão de Terapia no Guia da Alma 🙂
Feedback positivo e negativo: exemplos práticos
Vejamos agora exemplos na prática de como esses feedbacks acontecem de maneira construtiva, ou não!
Feedback com comunicação violenta
- “Onde está o relatório sobre o andamento do projeto que eu pedi para ser entregue?”
- “Toda a equipe entregou e você não?”
- “Já vi que não posso contar com você para entregar nada no prazo, não é?”
- “Já que você nunca cumpre os combinados que precisamos para o projeto…”
- “Desse jeito não vejo como você pode se comprometer mais com as entregas… Uma completa irresponsabilidade!”
Feedback com comunicação não-violenta
- Observação: “Nas últimas duas reuniões que fizemos, você não entregou seus relatórios…”
- Sentimentos: “Me sinto frustrada quando a minha equipe não consegue cumprir os prazos…”
- Necessidades: “Nossa equipe é responsável em garantir que tudo seja entregue dentro das datas estipuladas, pois o andamento do projeto precisa dessas informações a tempo para a condução adequada e levantamento das próximas decisões…”
- Pedido: “Neste mês posso contar com o envio dos relatórios até a data que combinamos?”
Para encerrar, uma reflexão de Brené Brow, no livro The Call to Courage, que diz:
“Temos a responsabilidade de nos expor, admitir nossas emoções no trabalho e nos envolver nas conversas difíceis. Líderes corajosos não se calam diante das coisas difíceis. Nosso trabalho é escavar o não dito.”
Se você é gestor de uma equipe ou até mesmo colaborador, que tal aprofundar os seus estudos individuais sobre autoconhecimento?
As terapias complementares podem ajudar e muito no rendimento e produtividade dos colaboradores e gestores de uma empresa!
Toda imersão em autoconhecimento requer comprometimento e responsabilidade, porque vez ou outra vamos nos deparar com algumas situações, projeções, experiências que vão nos testar os limites, a capacidade, o entendimento e a paz interior.
Trazendo à sua vida leveza, completude, realizações, ampliação de potencial, resiliência, liderança, direcionamento, foco, concentração e tudo mais que for necessário ao seu desenvolvimento pessoal.