Neurodiversidade: o que é e como lidar?

Promovendo a inclusão e valorização das neurodivergências.
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Neurodiversidade e neurodivergências são temas bastante divulgamos atualmente.

Ouvimos bastante falar sobre esses transtornos em redes sociais, muitas vezes passando o conceito errado do que se trata, até mesmo cada sintoma.

As informações acabam sendo superficiais e sem aprofundamento, gerando muitos autodiagnósticos equivocados de TDAH e Autismo, sem um profissional que auxilie.

Neste artigo vamos entender melhor sobre esse tema e identificar os principais sintomas de cada questão.

Sou Thamiris Begoti, psicóloga e terapeuta integrativa no Guia da Alma. Boa leitura!


O que é neurodiversidade: conceito

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Foto: Dilok Klaisataporn – istock

Acredita-se que o termo neurodiversidade foi criado em 1998 pela socióloga Judy Singer.

Uma pessoa neurodiversa é uma pessoa que apresenta uma forma diferente de pensar.

Já uma pessoa neurodivergente tem:

  • Uma alteração química e até física no sistema nervoso;
  • Alterações em neurotransmissores que permitem que informações sejam associadas de maneira diferente de um cérebro comum (ou sem algum transtorno).

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Neurodiversidade: exemplos e tipos de neurodivergentes

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Foto: Maryna Auramchuk – istock

Essas diferenças de neurocognição não podem ser mais vistas como “déficits”. E sim como parte da diversidade humana!

Conheça alguns tipos e exemplos de neurodivergentes!

 

Neurodiversidade: autismo (CID F84) e Neurodiverso: asperger

ícone de Neurodiversidade: autismo e Neurodiverso: asperger

O autismo ou asperger compreendem o Trantorno do Expectro Autista (TEA). Existem vários graus de autismo, e os principais sintomas, seguindo o DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), são:

  • Déficits persistentes na comunicação e interação sociais;
  • Déficits na reciprocidade social e/ou emocional (exemplo: incapacidade de iniciar ou de responder a interações sociais ou conversas; nenhum compartilhamento de emoções);
  • Déficits de comunicação social não verbal (exemplo: dificuldade de interpretar a linguagem corporal, gestos e expressões das outras pessoas; redução nas expressões faciais e gestos e/ou contato visual);
  • Déficits no desenvolvimento e na manutenção de relacionamentos (exemplo: estabelecer amizades; ajustar o comportamento a situações diferentes);
  • Padrões repetitivos restritos de comportamento, interesses e/ou atividades;
  • Falas ou movimentos estereotipados ou repetitivos (exemplo: agitar as mãos ou estalar os dedos repetidamente; repetir frases idiossincráticas ou ecolalia; alinhar brinquedos);
  • Adesão inflexível a rotinas e/ou rituais (exemplo: sentir aflição extrema em pequenas mudanças nas refeições ou roupas; ter rituais de saudação estereotipados);
  • Interesses muito restritos anormalmente fixos (exemplo: preocupação com aspiradores de pó; pacientes mais velhos que anotam horários de voos);
  • Reação exagerada ou falta de reação a estímulos sensoriais (exemplo: aversão extrema a cheiros, aromas ou texturas específicas; indiferença aparente à dor ou temperatura).

Ainda permanecem, em muitas hipóteses, o motivo do transtorno, como causas genéticas, diferenças significativas no cérebro e causas externas. Mas os sintomas começam na primeira infância.

O asperger, hoje, com este nome não mais utilizado com frequência, entra nos mesmos sintomas do autismo, com a diferença de serem sintomas menos comprometedores com as funções cognitivas e que muitas vezes ficam mascarados por não serem tão evidentes como outros graus do TEA.

Neurodiversidade: TDAH (CID F90)

ícone de Neurodiversidade: TDAH

O Transtorno de Déficit de atenção e/ou Hiperatividade compreende um distúrbio que também começa na infância até a vida adulta, podendo ser:

  • Tipo 1: TDA (desatenção, esquecimento constante, distração);
  • Tipo 2: TDaH (hiperatividade física, mental, agitação frequente + impulsividade);
  • Tipo 3: misto TDAH (os dois sintomas juntos).

As causas podem ser genéticas, de nascença (por falta de oxigênio na hora do nascimento) ou por problemas químicos no cérebro.

Os principais sintomas, de acordo com o DSM, são:

  • Não presta atenção a detalhes ou comete erros descuidados em trabalhos escolares ou outras atividades;
  • Tem dificuldade de manter a atenção em tarefas na escola ou durante jogos;
  • Não parece prestar atenção quando abordado diretamente;
  • Não acompanha instruções e não completa tarefas;
  • Tem dificuldade para organizar tarefas e atividades;
  • Evita, não gosta, ou é relutante no envolvimento em tarefas que requerem manutenção do esforço mental durante longo período de tempo;
  • Frequentemente perde objetos necessários para tarefas ou atividades escolares;
  • Distrai-se facilmente;
  • Esquece das atividades diárias;
  • Movimenta ou torce mãos e pés com frequência;
  • Frequentemente movimenta-se pela sala de aula ou outros locais;
  • Corre e faz escaladas com frequência excessiva, quando esse tipo de atividade é inapropriado;
  • Tem dificuldades de brincar tranquilamente;
  • Frequentemente movimenta-se e age como se estivesse ligado na tomada;
  • Costuma falar demais;
  • Frequentemente responde às perguntas de modo abrupto, antes mesmo que elas sejam completadas;
  • Frequentemente tem dificuldade de aguardar sua vez;
  • Frequentemente interrompe os outros ou se intromete.

Em adultos, os principais sintomas são:

  • Dificuldade de concentração;
  • Dificuldade de concluir tarefas (comprometimento da função executiva);
  • Oscilações de humor;
  • Impaciência;
  • Dificuldade em manter relacionamentos.

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Dislexia (CID R48)

ícone de Dislexia CID

Dislexia é um Transtorno de Aprendizagem que inclui dificuldades em:

  • Leituras;
  • Ortografia;
  • Matemática (discalculia);
  • Compreensão e fala no geral.

Começa na infância e pode ser causada por problemas fonológicos e diferenças dos hemisférios cerebrais.

De acordo com o DSM, os sintomas são:

  • Atraso na aquisição da palavra;
  • Dificuldades na articulação da palavra;
  • Dificuldades de lembrar os nomes das letras, números e cores;
  • Dificuldades em lidar com palavras, apesar das habilidades normais para cálculos matemáticos.

Como saber se sou uma pessoa neurodivergente?

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Foto: Maryna Auramchuk – istock

Atente-se aos passos:

  1. Avaliar os sintomas desde a infância;
  2. Pesquisar com familiares, se possível;
  3. Procurar ajuda de um profissional da psicologia e da medicina e fazer avaliação neuropsicológica.

Só este laudo de um profissional será válido para te dar mais certeza do seu diagnóstico.

Os profissionais irão pesquisar com você todos os sintomas e como isso te afeta. Em alguns casos, também são solicitados exames de imagem do cérebro.

O tratamento, em muitos casos, será medicamentoso, para alívio dos sintomas que mais te atrapalham, pois esses transtornos não têm cura.

Porém, é possível aliviar sintomas, com tratamento e também com terapias.

Neurodiversidade nas empresas: como lidar?

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Foto: Drazen Zigic – istock

Precisamos entender que as pessoas são diversas, em todos os sentidos, seja de gênero, idade ou transtorno.

Cada vez mais fala-se sobre isso e temos que aceitar que ser neurodiverso é saber que a pessoa tem uma limitação, mas que isso não a impede de realizar atividades como quaisquer outras pessoas.

É preciso, contudo, abordar saúde mental no trabalho, ou seja: conversar com o profissional, pois a limitação é diferente para cada um.

Saber respeitar o espaço é muito importante, assim como não tratar como uma doença ou como alguém que jamais irá se encaixar, pois ser diferente também é ser igual a todos, pois cada pessoa carrega a sua própria digital com histórias de vida diferentes.

Precisamos ser mais empáticos para, assim, acolhermos melhor a todos, e falar sobre neurodivergências e neurodiversidade nas empresas!

Neurodiversidade e aprendizagem: quais são as barreiras e soluções?

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Foto: nambitomo – istock

Como visto acima, pessoas neurodiversas e neurodivergentes muitas vezes têm dificuldade em aprender coisas novas ou resolver um problema de forma rápida, até mesmo sobre o entendimento do contexto.

Primeiramente, partimos do princípio da aceitação. Temos que aceitar como somos e o que temos: viver em negação não ajuda e só adia o tratamento.

Em segundo lugar, precisamos ter estratégias para conseguir lidar com as nossas dificuldades, por exemplo, se a dificuldade é a de focar em algum assunto, experimente:

  • Fazer mais pausas;
  • Afastar-se daquilo que te distrai (o hiperfoco às vezes ajuda nesse ponto, mas sem exageros, pois às vezes nos perdemos no horário fazendo algo);
  • Policie-se mais: olhe o relógio, coloque tempo para as tarefas, faça prática de respiração.

Quando aceitamos como somos, entendemos a nossas limitações e conseguimos criar estratégias assertivas para termos uma vida mais leve e sem cobranças.

As terapias complementares integrativas também podem ajudar a aliviar alguns sintomas, mas nada dispensa a ajuda médica e profissional da área.

Algumas terapias integrativas que eu realizo e que podem te auxiliar são:

  • Terapia dos Florais de Bach: auxiliam no equilíbrio emocional e físico;
  • Meditação com Reiki: auxilia na ansiedade e agitação;
  • Atendimento terapêutico — lidando com a procrastinação: nesse atendimento, busco entender suas queixas e te passar algumas estratégias práticas junto com uma prática terapêutica.

Faz sentido pra você?

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Terapeuta há +20 anos e Psicóloga Clínica, ajudo pessoas a equilibrarem melhor suas emoções, entender a interferência energética em todas as coisas e assim ter uma vida mais saudável. Mesa Radiônica | Runas | Tarot | Reiki| Ho'oponopono | Alinhamento Estelar| Florais

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