As 5 Necessidades emocionais básicas e as feridas emocionais da infância: qual a relação?
Você sabe qual a relação entre as necessidades emocionais básicas da infância e as feridas que nossa criança interior carrega?
Neste artigo te conto mais sobre isso e mostro dicas de como ressignificar essas dores na vida adulta!
Sou Victória Munhoz, terapeuta sistêmica Guia da Alma. Boa leitura!
Índice
Necessidades emocionais básicas: o que são?
Todos os seres humanos, ao nascerem, precisam integralmente dos cuidados e atenção de seus pais para sobreviverem e desenvolverem uma formação adequada para um crescimento saudável.
Quando se pensa nisso, logo associamos aos cuidados físicos, como:
- Nutrição;
- Sono reparador;
- Necessidades fisiológicas em geral.
No entanto, esquecemos de um fator de extrema importância que influencia na formação do nosso caráter, personalidade, comportamentos, escolhas e mentalidade como um todo: as necessidades emocionais básicas.
O termo Necessidades Emocionais Básicas surgiu a partir do estudo de Jeffrey Young, um psicólogo americano, professor do Departamento de Psiquiatria da Columbia University, fundador dos Centros de Terapia Cognitiva de Nova York e Connecticut, assim como do Instituto de Terapia do Esquema.
Young classificou a terapia em determinados esquemas emocionais que todo o ser humano precisa desenvolver nos seus primeiros anos de vida como forma de sobrevivência ao longo da sua existência.
A terapia de esquema é um estudo da área de terapia cognitivo comportamental (TCC), que visa avaliar como um todo os fatos ocorridos na educação e criação nos primeiros anos de vida dos indivíduos, correlacionando as emoções, sentimentos e necessidades que todo ser humano precisa para desenvolver uma vida adulta saudável, se sentindo merecedor, pertencente, valorizado e seguro.
Os seres humanos possuem uma necessidade instintiva de sobrevivência e, para isso, buscam familiaridade nas situações que ocorrem em sua vida.
Acabam armazenando tais memórias traumáticas em seu subconsciente e inclusive em seu corpo pessoas que viveram em sua infância e adolescência situações de:
- Abandono;
- Rejeição;
- Abusos;
- Negligências;
- Traumas de uma forma geral.
Tudo isso acaba gerando sofrimento na vida do ser.
Os padrões familiares ativam gatilhos emocionais que influenciam na tomada de decisão, o que leva as pessoas a buscarem por aquilo que já é conhecido, mesmo que seja doloroso.
Com isso, muitas pessoas relatam, em terapia:
- Dificuldade em se relacionar;
- Carência;
- Medo do abandono;
- Medo de arriscar;
- Medo de mudar;
- Medo de viver coisas novas.
Tudo isso acontece decorrente de experiências negativas que você viveu na infância e que não foram revistas e devidamente curadas dentro de si, gerando padrões de comportamento repetitivos e círculos emocionais viciosos.
Quanto mais traumática foi uma situação na sua vida e quanto menos você escolheu lidar com isso, mais os acontecimentos externos irão ativar em si os gatilhos daquela sensação.
- A exemplo disso temos o esquema de rejeição e abandono.
Dependendo do quanto isso ficou marcado na sua vida, qualquer fator externo que não vá em linha com o padrão que você aprender irá te ofender e te gerar o gatilho emocional, informando de que você está sendo rejeitado.
Desta forma, tudo o que acontece nesta situação é associado a esse gatilho emocional, o que faz você, inconscientemente, buscar situações que validem o tempo inteiro esse gatilho que manifesta-se especialmente em relações amorosas e de amizade.
Tais fatores indicam que existe um trauma muito profundo que você precisa curar na sua criança interior ferida para que liberte o seu adulto saudável.
- Outro exemplo são pessoas que estão sempre na defensiva.
Neste caso, o padrão é que desde muito cedo o indivíduo precisou lidar com situações de críticas excessivas por parte dos seus pais ou de pessoas próximas.
Como forma de sobrevivência criou internamente o mecanismo de estar sempre se defendendo, pois, inconscientemente, acredita que todos estarão sempre prontos para lhe atacar.
É possível mencionar também pessoas que foram muito tolhidas na infância, onde não tinham um espaço seguro para se expressar.
Na vida adulta carregam consigo um padrão correspondente à dificuldade de se posicionar e opinar. Fisicamente desenvolvem doenças psicossomáticas, como problemas de tireóide, inflamação nas amígdalas e outras disfunções na região do laríngeo.
Você se identifica com algum desses casos?
Necessidades emocionais básicas: 5 esquemas
Conheça os cinco esquemas de necessidades emocionais básicas e veja se você se identifica com algum!
1. Aceitação e Conexão
O esquema de aceitação e conexão significa ter vínculos seguros com outros indivíduos, isso inclui:
- Segurança;
- Estabilidade;
- Cuidado;
- Aceitação.
É sobre estar em um ambiente seguro, onde o indivíduo sinta que é amado, protegido, que a sua existência é valorizada e que pode confiar nas pessoas.
Quando esse tipo de necessidade emocional básica não é atendida, especialmente relacionada à traumas decorrentes do sentimento de abandono/rejeição por um dos pais ou instabilidade emocional dentro do seu lar, podem desencadear emoções e sentimentos de:
- Desconfiança;
- Estado de alerta;
- Sensação de desvalorização;
- Vergonha;
- Isolamento social.
Todos esses fatores geram desconexão, que levam inconscientemente a criança a associar que não é digna de amor, que não é merecedora de relações saudáveis, leves e que não pode confiar em ninguém.
O que leva ao esquema de vitimismo, carência, dependência emocional e necessidade de atenção.
Tais comportamentos afetam principalmente o indivíduo em sua fase adulta com tendências de viver relacionamentos destrutivos, validando a crença e a ferida da rejeição.
Com isso, o ser cria situações onde acredita e valida que precisa se doar muito para merecer o amor do outro e acaba exigindo esse mesmo retorno em troca.
Mesmo que esse retorno venha, ele tem a sensação de que nunca é o suficiente devido ao esquema da rejeição e do abandono.
O oposto acontece quando o indivíduo não recebe a atenção que gostaria, o que cria uma sensação de escassez e gera uma necessidade inconsciente do outro, acreditando que o outro lhe abandonará, encontrará uma companhia melhor e que não pode confiar nas pessoas, pois elas são imprevisíveis e podem magoá-la.
É comum pessoas com esse esquema também sentirem que os outros a estão usando, que são egoístas, que não a valorizam por tudo o que faz.
Além disso, também são comuns sentimentos de não pertencimento, onde o indivíduo acredita ser muito diferente da sua família e que não se encaixa em grupos ou comunidades em geral.
Dentre as crenças limitantes que podem ser formadas por essa necessidade emocional básica não atendida, estão:
- “Só me atraio por pessoas que não me valorizam”;
- “Fulano vai achar alguém melhor e me deixar”;
- “Me dedico muito para os outros e não recebo o mesmo em troca”;
- “Ninguém compreende como eu me sinto”;
- “A vida é injusta comigo”.
Esse é considerado um dos esquemas mais difíceis de lidar devido à profundidade emocional que afeta.
É nítido o quão destrutivo na vida de um adulto pode ser uma ferida emocional de rejeição/abandono não curada.
Claramente existem níveis desses comportamentos, sentimentos e emoções distintos, a depender do quão profundo e precoce foi esse tipo de trauma na vida do ser. Naturalmente, quanto mais cedo isso ocorreu, mais impacto tem em sua vida.
2. Autonomia e competência
O esquema de autonomia e competência possui relação com o sentido de identidade, sobre saber quem somos e quais são as nossas capacidades.
Isso inclui, principalmente, os aspectos de se sentir apoiado nos desafios dos primeiros anos de vida, seja nos estudos, em problemas do cotidiano, se sentir estimulado a encarar os seus problemas, enfrentando os seus desafios com responsabilidade e coerência e desenvolvendo os valores e virtudes concretas.
Quando esse tipo de necessidade emocional não é atendida?
Muitas vezes em casos de superproteção, onde os pais não deixam que a criança se desenvolva, se arrisque, assuma as suas responsabilidades ou então quando a família acredita ser o único núcleo seguro da criança, impedindo que ela possa aprender e ter apoio de outras pessoas que não o seu próprio núcleo familiar.
Como identificar esse padrão de comportamento na vida adulta?
Quando o indivíduo apresenta comportamentos de se sentir incapaz de cuidar de si mesmo, tomar decisões por conta própria, executar tarefas do dia a dia sem a ajuda e o apoio de outras pessoas.
Ocorre um sentimento de insegurança elevada, que chega a ser paralisadora e realmente impede de ter autonomia frente às situações da vida.
Esse esquema também pode levar a:
- Comportamentos hiper vigilantes (fobias);
- Apreensão excessiva;
- Sentimento de que algo ruim irá acontecer a qualquer momento;
- Mental hiperestimulado;
- Ansiedade;
- Pensamentos persistentes;
- Insônia.
É possível observar neste esquema a super dependência, geralmente com os pais, no qual o indivíduo não consegue sair de casa e ser independente, pois acredita que não irá conseguir sobreviver fora do seu núcleo, trazendo sentimentos de fracasso e inferioridade.
Dentre as crenças limitantes que podem ser formadas por esse necessidade emocional básica não atendida, estão:
- “Eu não sou bom o suficiente”;
- “Eu não consigo fazer nada sozinho”;
- “Algo de ruim pode acontecer a qualquer momento”;
- “Se eu sair de casa, não vou sobreviver”;
- “Eu já sei que vou fracassar, então é melhor nem tentar”.
3. Limites realistas
O esquema de Limites Realistas significa que ambos os lados, a criança e o adulto (pai/mãe) conseguem delimitar o seu espaço, estabelecendo limites saudáveis na relação, tais como o respeito pelo espaço do outro, pelas suas emoções, escolhas e decisões.
O que direciona para conviver em harmonia socialmente, tendo autorrespeito e respeito aos demais.
Quando a educação da criança foi muito permissiva e passiva é natural que não se desenvolvam limites saudáveis, da mesma forma que uma educação muito rígida também não forma uma personalidade íntegra nesse sentido.
Quando tem-se o primeiro cenário, da educação mais permissiva, há uma dificuldade em realmente respeitar os limites, no sentido de:
- Não aceitar opinião de outras pessoas;
- Ter dificuldade em cooperar;
- Acreditar que é melhor que o outro;
- Acreditar que não está sujeito às regras.
Pessoas com esse padrão apresentam comportamentos extremamente incisivos, manipuladores e controladores.
São competitivas, geralmente têm dificuldade em sentir empatia, não assumem responsabilidades e culpam os outros pelos próprios erros.
O oposto pode ocorrer quando a educação apresenta limites muito rígidos, no sentido de inflexibilidade, com regras e ordens determinadas e imutáveis.
Isso desencadeia no indivíduo comportamentos de:
- Raiva;
- Explosão;
- Impulsividade;
- Inflexibilidade;
- Agressividade;
- Outros fatores nesta linha decorrente de algo não sair como o esperado.
Dentre as crenças limitantes que podem ser formadas por esse necessidade emocional básica não atendida, estão:
- “Os outros não são bons o suficiente”;
- “Prefiro fazer as coisas sozinho”;
- “Preciso controlar tudo”;
- “A minha verdade é que importa, os outros não sabem de nada”;
- “Se deu errado, não é minha responsabilidade”;
- “Eu não sigo regras, só as dito”.
4. Espontaneidade e Lazer
O esquema de espontaneidade e lazer significa a abertura para expor ideias, opiniões e necessidades sem ser repreendido, compreendendo a importância dos compromissos e condutas, além dos momentos de leveza, lazer e descontração.
Quando há um ambiente em que a criança sente-se condicionada a fazer os desejos e vontades dos outros, pois é imposto que isso seja o mais adequado, gera a necessidade de aprovação e o amor condicionado ao bom comportamento, muitas vezes negligenciando suas próprias ideias e vontades em prol de agradar o outro.
Neste sentido, os pais acabam projetando as suas expectativas nos filhos, de modo que o mesmo satisfaça suas questões e exigências emocionais e não as próprias.
Isso é regularmente identificado em pessoas que tem um comportamento submisso em relação aos outros e dificilmente se expressam quando algo lhes incomoda, pois no fundo creem que, se demonstrarem contrariedade, podem ser mal vistas e julgadas pelos demais.
Tal distorção leva a uma autorrepressão das suas necessidades, preferências e uma extrema dificuldade em dizer o que sente, especialmente quando envolvem emoções de descontentamento e raiva.
As emoções são reprimidas, podendo levar a acessos de raiva e descontrole quando as coisas estão muito pesadas, uma vez que as mágoas são acumuladas até estourar.
Também pode levar a um desconto em hábitos autodestrutivos, tais como:
- Uso de drogas e bebidas alcóolicas;
- Compulsões alimentares;
- Entre outros.
Fisicamente podem gerar problemas de pele, no laríngeo, fígado e estômago, de acordo com a psicossomática.
Há, nesse esquema, a conexão da autoestima com a necessidade de aprovação, de saber que é aceito, bem quisto e aprovado pelo outro.
Dessa forma o seu valor é medido unicamente pela opinião alheia, o que gera constante insatisfação e frustração consigo e com os outros.
Dentre as crenças limitantes que podem ser formadas por esse necessidade emocional básica não atendida, estão:
- “As necessidades dos outros importam mais que as minhas”;
- “O outro precisa gostar de mim”;
- “Se eu ajudar, as pessoas irão me aceitar”;
- “É melhor eu não me impor, posso deixar os outros desconfortáveis comigo”;
- “Para mim é muito difícil tomar decisões sozinho”.
5. Liberdade de expressão e emoções válidas
O esquema de liberdade de expressão e emoções válidas possui relação com o incentivo à expressão dos sentimentos e emoções, de forma livre e genuína.
A compreensão que tanto os sentimentos considerados bons quanto os ruins são importantes. Que está tudo bem não estar sempre bem. Que faz parte acertar, errar, que é um aprendizado e não um problema. Que é importante saber se posicionar e também aprender a lidar com os conflitos internos e externos.
Quando a criança se depara com uma educação mais rígida, no sentido de ter muitas exigências e deveres a cumprir e regularmente ser punida em caso de não cumprimento, ocorre uma tendência forte de devolver comportamentos de:
- Perfeccionismo;
- Alta exigência consigo e com os outros;
- Dificuldades em aceitar que as coisas sejam leves, pois a visão é que emoções de prazer, felicidade e alegria podem ser difíceis de ser encaradas.
Pessoas com esse comportamento tendem a ser mais pessimistas e costumam enxergar o lado negativo das situações, de forma a se preparar, pois acreditam que algo ruim irá acontecer e elas precisarão saber lidar com isso, mantendo o foco extremo nos aspectos negativos.
Acabam desenvolvendo essa visão principalmente sobre si mesmas, de que sua vida é muito difícil, injusta, não dá certo e que sempre está com problemas.
Isso leva a uma dificuldade em demonstrar vulnerabilidade e uma busca por racionalizar tudo o que lhes acontece, pois acreditam que emoções não devem ser levadas em consideração.
Ficam ocultas atrás de comportamentos inflexíveis diante da vida e acreditam que precisam ser punidas de forma severa quando cometem erros, no sentindo de ter dificuldade de perdoar a si mesmo e aos outros, bem como dificuldade em desenvolver empatia.
Dentre as crenças limitantes que podem ser formadas por essa necessidade emocional básica não atendida, estão:
- “Está muito bom para ser verdade, algo vai dar errado”;
- “Bom não é o suficiente, precisa ser perfeito”;
- “Eu mereço sofrer pelos meus erros”;
- “Emoções são uma perda de tempo”;
- “As coisas ruins sempre acontecem comigo”.
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Como reparar as necessidades emocionais básicas não atendidas?
Após entender sobre os esquemas envolvidos dentro das necessidades emocionais básicas, você deve ter conseguido se identificar em um ou mais de um padrão, seja em menor ou maior grau.
Isso acontece pois, apesar dos esquemas gerarem traumas emocionais profundos, é praticamente impossível estar livre de algum deles, uma vez que não temos, como sociedade, a prática de olhar para as questões emocionais com maior profundidade.
Outro fator importante a ser mencionado é que não devemos culpar nossos pais por esses padrões, tendo em vista que eles também aprenderam desta forma e apenas repassaram o que acreditavam ser o melhor para o seu desenvolvimento.
Mas afinal, como reparar essas necessidades emocionais básicas não atendidas?
Nesses momentos em que você traz para a consciência diversas situações através do conhecimento, é normal que a sua mente já tente buscar formas de resolver o problema com algo que lhe é familiar.
Neste sentido, pode começar um processo interior de despertar memórias, lembranças, sentimentos e sensações vividas referentes ao tema abordado nesta leitura.
Dentro da Terapia de Esquema é mencionado que o indivíduo possui a tendência a reagir inicialmente de 3 primeiras formas de enfrentamento:
- LUTAR = HIPERCOMPENSAÇÃO: neste caso há um conflito interno muito intenso, no sentido de buscar formas de compensar os comportamentos e padrões vividos até o momento, agindo no extremo oposto do esquema inicial;
- FUGIR = EVITAÇÃO: outra forma de enfrentamento inicial é fugir do que lhe causa dor, evitando ao máximo lidar com as questões trazidas, buscando bloquear sentimentos, pensamentos e emoções referente ao esquema identificado;
- PARALISAR = RESIGNAÇÃO: aqui o indivíduo aceita o esquema tal como é, no entanto, desiste de tentar curar o padrão e busca constantemente validar que o sofrimento existe e nada pode modificá-lo.
É importante estar atento a esses padrões, pois nenhum desses mecanismos de enfretamento são saudáveis e acabam impedindo que você se cure e evolua no seu processo.
Portanto, uma das formas de enfrentamento saudáveis propostas pela terapia de esquema é buscar antídotos para modificar o padrão atual.
Veja o exemplo a seguir:
- Tipo de Esquema: Aceitação e Conexão;
- Padrão atual: sentimento de não ser valorizada nas relações, sensação de que será abandonada a qualquer momento;
- Antídoto: “Eu reconheço o meu valor e sou digna de amor”.
Esse é apenas um exemplo que você pode começar a ter consciência no seu processo de cura da criança interior.
O mais importante é buscar sair do famoso piloto automático, tendo cada vez mais consciência, discernimento interno e clareza, buscando compreender em uma visão mais ampliada e imparcial sobre o que está acontecendo dentro de si.
É claro que na maioria dos casos não conseguimos fazer esse tipo de reflexão sozinhos, uma vez que estamos revivendo esses padrões há muitos anos e estamos envolvidos emocionalmente com os mesmos.
É como um médico que não pode operar um paciente da sua família, pois o grau de intimidade pode interferir no seu julgamento pessoal.
Para isso, entra a terapia ou a psicoterapia, como formas de auxiliar a identificar os padrões e esquemas, desenvolvendo formas de lidar e ressignificar o que causa dor, até que você possa se sentir seguro para fazer suas auto análises e seguir em frente.
É necessário começar um processo interno de desidentificação, deixando de olhar sob uma ótica rígida e julgadora, devolvendo a presença e observação pessoal.
Esse processo somente é possível através de exercícios de autoconhecimento, para que aos poucos você comece a retirar as camadas da cebola, descontruindo as ilusões e projeções e acessando a sua verdadeira essência, seus valores inegociáveis, suas virtudes, seus sonhos e o seu desenvolvimento pessoal, único e intransferível.
Compreendendo que a ressignificação não acontece do dia para noite, por isso é importante ter acolhimento com o seu processo.
Não queira resolver tudo do dia para noite, apenas se mantenha em movimento, buscando melhorar a cada dia, buscando reconhecer o que precisa ser ressignificado em você, reconhecendo e tendo a humildade de compreender quando você precisa buscar ajuda.
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