5 filmes sobre depressão e ansiedade!

Um novo olhar para a saúde mental: confira a lista com 5 filmes + resenha crítica.
filmes sobre depressão e ansiedade
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Como anda a sua saúde mental? Trago até você uma lista com filmes sobre depressão e ansiedade, para que eles possam contribuir em sua jornada e trazer novas formas de olhar sua saúde mental.

Se você se interessa sobre esse tema, pode assistir estas indicações e conferir minhas resenhas 🙂

Vamos lá?

Antes de começar, quero lembrar que se você está em busca de mais saúde mental e emocional em sua vida, conheça o Guia da Alma: a Plataforma de Terapias Holísticas!

Sou Maria Pepe, content manager Guia da Alma. Boa leitura!


1. Respire fundo

Respire fundo é um filme de 2021, dirigido por Amy Koppelman.

Sinopse: Julie (Amanda Seyfried) é uma autora de livros infantis e agora mãe de primeira viagem que foge para o brilhante mundo colorido de Crayola, criado por ela mesma, a fim de deixar para trás a escuridão causada por sua depressão pós-parto.

É possível notar o olhar feminino de Koppelman ao retratar a depressão na personagem de Julie, que mostra-se deprimida desde a infância, mas tem a doença intensificada após o primeiro parto.

Também percebe-se a semelhança da personagem Julie com a escritora Sylvia Plath. As duas não dividem apenas a mesma profissão, mas também a beleza e a dificuldade em criar dois filhos enquanto sentem-se mentalmente indefesas.

Digo que trata-se de um filme feminino não apenas por trazer uma protagonista mulher, mas por retratar uma ótica exclusiva das vivências da protagonista, sem permitir que o espectador tome até mesmo muita ciência do que ocorre com os personagens secundários.

A dor de Julie é gritante e comove o espectador na mesma medida em que o paralisa: nos sentimos indefesos e passivos diante da incapacidade de ajudá-la a viver a sua vida e alcançar a felicidade.

O ato inicial, mostrando a relação dúbia de uma mãe que vive em constante fragmentação de si mesma em sentir-se incapaz de cuidar de seu bebê pela fragilidade da depressão ao mesmo tempo em que, com lágrimas nos olhos, mostra o intenso amor que sente por seu filho sensibiliza e emociona.

Méritos merecidos à atriz Amanda Seyfried que, com uma atuação excelente, causa empatia e comoção em quem a assiste.

2. As Faces de Helen

As Faces de Helen é um filme de 2009, dirigido por Sandra Nettelbeck.

Sinopse: Uma talentosa professora de música e mãe sofre de uma profunda e debilitante depressão. A família tenta ajudar Helen, mas a única pessoa em que ela encontra apoio é em uma jovem que também passa pelo mesmo problema.

Mais um filme dirigido por uma mulher trazendo uma mãe deprimida enquanto protagonista.

Aqui é possível perceber o esforço de Nettelbeck em mostrar a depressão como uma doença que foge de estigmas sociais ou contextualização histórica.

A personagem é bela, bem sucedida profissional e financeiramente, com um marido atencioso e uma filha jovem e saudável. Tudo parece estar perfeito e todos os papeis seguidos à risca sugerem o roteiro perfeito de uma novela da tarde sem grandes conflitos.

Helen, professora universitária de música e grande pianista, inicia o primeiro ato em um solo de piano em seu aniversário, o que parece criar a trilha sonora adequada para o desfile robótico de personagens que parecem viver uma vida sem defeitos.

Em paralelo, a fotografia, do início ao fim, é composta por cores lúgubres, com cenas sempre muito cinzentas, trazendo, logo nas cenas iniciais, a harmonia com o rosto de Helen, que parece estar em contraste com aquele ambiente: seu sorriso expressa melancolia diante de tão ensaiada felicidade.

O filme parece verídico ao mostrar que a depressão, na realidade, é uma doença, em descompasso ao discurso dos familiares e médicos, que parece irreal ao tentar impor uma cura à uma chaga que surge como uma ferida extremamente interior. A doença de Helen foge do controle dela mesma, mesmo sendo internada, tomando medicações e passando por procedimentos condenáveis e invasivos, como o tratamento de choque.

É mais um filme que tenta desvendar o significado da depressão, essa doença que surge em qualquer pessoa, de qualquer faixa etária, gênero, classe social ou estado civil.

3. Se enlouquecer, não se apaixone

Se enlouquecer não se apaixone é um filme de 2010, dirigido por Anna Boden e Ryan Fleck.

Sinopse: Baseado no livro de Ned Vizzini, esse drama-comédia conta a história de Craig, um adolescente de 16 de anos (Keir Gilchrist), que está estressado com as cobranças e a pressão de sua vida e se interna em uma clínica de saúde mental. Em meio ao desespero de estar em um lugar como aquele, Craig conhece Bobby (Zach Galifianakis), que logo se torna seu mentor. Com uma estada mínima de cinco dias, o adolescente é sustentado por amizades de dentro e fora da clínica enquanto aprende mais sobre a vida, o amor e as pressões do amadurecimento.

O terceiro da lista é o filme mais leve até agora. Numa pegada de comédia bobinha, mas super divertido, os diretores falam sobre como superar a depressão de forma descontraída.

O protagonista é Craig, um adolescente que busca entender porque se sente tão deslocado diante dos papeis que deve seguir na sociedade, principalmente por imposição dos pais e da escola que vive.

Craig parece ser um personagem mais ansioso do que deprimido, trazendo a busca frenética por resoluções ainda na adolescência, idade de descobertas e buscas.

É um filme pra se assistir em família, mas trazendo, ao mesmo tempo, um debate substancioso sobre a necessidade de pertencimento que alucina todas as pessoas, em todas as idades.

Numa pegada de comédia, o filme consegue abordar temas até bastante complexos, como o suicídio e a incapacidade de socialização de pessoas com transtornos mentais. Vale a pena!

4. O Silêncio de Melinda

O Silêncio de Melinda é um filme de 2004, dirigido por Jessica Sharzer.

Sinopse: Adaptado do livro “Speak”, vencedor do prêmio New York Times, O Silêncio de Melinda fala sobre uma jovem que está no primeiro dia do primeiro colegial, mas ela não se mistura à euforia dos corredores da escola, na verdade é como se nem estivesse ali. Isolada pelos amigos por ter chamado a polícia durante uma festa da galera, ela não consegue falar do terrível trauma que sofreu naquela noite, nem para as amigas, nem para si mesma. Mas decide tentar reencontrar sua voz e, finalmente, se expressar. 

Aqui Melinda surge como a personificação perturbadora de um trauma. O protagonista do filme é o silêncio, que permite que a atriz diga tanto sem falar nada em boa parte do filme.

A incapacidade de expressividade de Melinda e o isolamento causado pelo desprezo de seus colegas de classe faz com que a jovem procure na arte a melhor maneira de falar sem utilizar as palavras.

Uma das cenas finais traz a protagonista mostrando o seu cantinho secreto repleto de pinturas do teto às paredes para o seu professor de artes. Uma cena curta que fala tanto sem precisar de palavras nos emociona e fala bastante sobre a dor de um trauma, principalmente quando se é tão jovem.

5. Elena

Elena é um filme de 2012, dirigido por Petra Costa.

Sinopse: Elena viaja para Nova York com o mesmo sonho da mãe: ser atriz de cinema. Deixa para trás uma infância passada na clandestinidade dos anos de ditadura militar. Deixa Petra, a irmã de sete anos. Duas décadas mais tarde, Petra também se torna atriz e embarca para Nova York em busca de Elena. Tem apenas pistas. Filmes caseiros, recortes de jornal, um diário. Cartas. A todo momento Petra espera encontrar Elena caminhando pelas ruas com uma blusa de seda. Pega o trem que Elena pegou, bate na porta de seus amigos, percorre seus caminhos. E acaba descobrindo Elena em um lugar inesperado. Aos poucos, os traços das duas irmãs se confundem, já não se sabe quem é uma, quem é a outra. A mãe presente. Petra decifra. Agora que finalmente encontrou Elena, Petra precisa deixá-la partir.

A poeticidade desse filme-documentário já é presente no trailer, com recortes da vida real e toques de uma crescente nostalgia que nos envia para a vontade angustiante de Petra de conhecer Elena, de saber um pouco mais sobre essa pessoa que parecia ser tão incrível.

Elena não é um filme ficcional, é mais um diário da diretora Petra Costa para chegar até a sua irmã, Elena, que suicidou-se ainda jovem por causa da depressão.

A beleza do filme está exatamente nessa verdade, em como a poesia dialoga com a busca. Em como as irmãs acabam se encontrando por meio da arte que, como a própria Elena já dizia: “A arte pra mim é tudo, sem a arte eu prefiro morrer”.

Filme belo, que merece créditos à direção de Petra Costa por trazer tanta poesia sem pecar pelo excesso.


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