Como lidar com o Luto e suas 5 fases?
Como lidar com o luto e superá-lo? Luto é o amor que fica.
Gostaria de proporcionar a você uma reflexão sobre esse processo que denominamos “luto”.
Um nome tão curto para uma experiência tão intensa, extensa, profunda e dolorida.
Inevitável para quem fica, para quem ama.
Saudade, vazio, dor, sentimento de desamparo… são tantas as sensações, sentimentos, emoções e pensamentos que experimentamos nesse momento de pesar.
Sim, esta vida é impermanente, assim como tudo o que há nela.
Dia após dia, a dor vai dando lugar ao amor, o vazio se preenche com as boas lembranças e a saudade se torna a certeza do reencontro.
“A saudade eterniza a presença de quem se foi. Com o tempo, esta dor se aquieta, se transforma em silêncio que espera, pelos braços da vida um dia reencontrar.”
Padre Fábio de Melo
Vamos entender nesse artigo como lidar com o luto, conhecendo seus estágios e exercícios que podemos fazer. Eu sou Susy Brito, consteladora familiar sistêmica, facilitadora de desenvolvimento humano, despertar e acesso à consciência.
Índice
O que é o luto? Significado!
Luto é o processo de reorganização emocional, mental, físico e espiritual que ocorre de forma natural quando vivemos a experiência de desligamento, perda ou ruptura, seja por morte, separação e até mesmo por demissão.
A palavra “luto”, por si só, remete à ideia de morte, de separação, de fim. Como lidar com o luto?
Ao nos depararmos com a notícia de que alguém que nos é significante morreu, vivenciamos quase que instantaneamente um turbilhão de emoções e sensações que envolvem o trauma do momento em que recebemos a notícia, a mudança na dinâmica familiar ou social, a reorganização de papeis, o sentimento de perda gerado pela sensação do “nunca mais” e, muitas vezes, também experimentamos arrependimentos e culpas por alimentarmos a ideia de que não fizemos o suficiente.
Além de tudo isso, podemos sentir:
- Medo do que vem a seguir;
- Frustração;
- Desânimo;
- Não aceitação;
- Irritabilidade e raiva.
Aprender a lidar com o luto é um processo complexo e de difícil definição, cada um o viverá de forma diferente, única e pessoal, variando de acordo com a cultura, meio em que vive, sistema de crenças e valores e o contexto em que a morte ocorreu.
São muitos nomes para um mesmo evento: morte, desencarne, falecimento, desligamento, desenlace, perda, luto etc.
Preferimos não dizer, não olhar, negar, como se fosse possível fugir dessa realidade.
A finitude da vida é a única certeza que temos.
Não se sabe quando, como ou onde, mas se sabe que todos os seres vivos, assim como nascem, um dia morrem.
Até mesmo escrever sobre o assunto é desafiador.
São medos, tristezas, angústias e ansiedades que me vêm à tona.
Porém, hoje tenho consciência de que é preciso olhar, encarar, aceitar e até ressignificar o que essa “finitude” representa.
Respirar fundo de forma consciente e se permitir ir além do medo e da vontade de fugir, olhar de frente para essa parte do caminho do “ser”.
Acolher e aceitar a dor do momento, percebendo os pesos que você está agregando e que não são necessários, são ações que promovem um certo alívio ao sofrimento.
Quais palavras são mais leves para você?
Dizer “perda” quando alguém morre pode despertar uma sensação de que não cuidou o suficiente e por isso perdeu.
A palavra em si pode acionar alguma culpa.
Ao colocarmos intenção na dor, podemos escolher honrar o ser amado a partir da gratidão e do amor.
Permita-se viver a tristeza e a saudade, mas nutra a sua vontade e força de continuar neste mundo e de seguir a sua vida.
Ser grata ao tempo que estiveram juntos, às experiências compartilhadas e a todo amor envolvido, vai nos curando aos poucos.
Fim de ciclo é o que a morte representa.
Aprender a evoluir e crescer em cada despedida é um escolha, pois vivemos muitos ciclos durante a vida e passamos por diversos tipos de luto.
O processo de luto se apresenta em diversas fases e existem diferentes tipos de lutos.
É muito importante compreender tanto as fases quantos os tipos para que possamos lidar melhor com o processo ou para ajudarmos uma pessoa que esteja passando por este momento.
“Imagine que você está à beira mar e você vê um barco partindo.
Você fica olhando enquanto ele vai se afastando, cada vez mais longe, até que finalmente parece apenas um ponto no horizonte… lá onde o Mar e o Céu se encontram.
Então você diz – Pronto, ele se foi.
Foi aonde?
Foi a algum lugar que essa vida não alcança, somente isso.
O barco continua tão grande, tão bonito e tão importante como era quando estava perto de você!
A dimensão está em você, não nele.
E naquele exato momento que você está dizendo – Ele se foi – há outros olhos vendo-o se aproximar e outras vozes exclamando com amor:
— Ele está chegando!”
Henry Sobel
Quanto tempo dura o luto?
Considera-se o tempo de luto aquele necessário para a elaboração, pois o tempo para o enlutado não é linear, há momentos em que fica mais leve e outros em que a dor e a saudade se tornam bastante pesados.
Esse tempo do luto em elaboração costuma ser de 3 meses a 1 ano, podendo se estender sem complicação.
O melhor é se permitir olhar de frente para cada emoção, sentimento e sensação, possibilitando que cada fase do luto seja vivida para que possa ser bem processada.
Cada um tem seu próprio ritmo e tempo de reorganização e aceitação. O que guardamos no coração, nunca é perdido.
Tipos e sintomas: como lidar com o luto?
Respeitar e acolher a dor é essencial. A experiência é individual e única, mas todos que vivem o luto têm em comum a necessidade de saber passar pelo processo de maneira a não desenvolver algum tipo de desequilíbrio psicológico.
O luto pode ser natural, complicado, traumático, antecipatório, adiado, não reconhecido e coletivo.
Vamos entender agora um pouco sobre como lidar com o luto entendendo seus sintomas e tipos:
Natural
É aquele que desencadeia o processo natural de reação ao fato ocorrido, previsto ou não, onde o enlutado busca aceitar aos poucos a morte ou separação.
Faz parte desse momento: o desinteresse temporário pelas atividades do cotidiano, isolamento social, tristeza e saudade, além de episódios agudos de dor, ansiedade e, algumas vezes, depressão.
Complicado
Quando o processo de luto não segue a sua evolução normal e o indivíduo não consegue se reestruturar, podendo ficar fixado em uma das etapas, não elaborando o luto.
É um prolongamento do luto que se caracteriza por tristeza, melancolia, afastamento das pessoas e problemas de saúde.
Alguns desenvolvem pensamentos autodestrutivos.
As atividades são abandonadas e a vida da pessoa fica focada na ausência de quem se foi.
Este tipo de luto requer ajuda profissional visando a elaboração do mesmo e, também, a readaptação à vida.
Traumático
No geral, acontece a partir de morte traumática e não esperada, mas o trauma também pode ocorrer pela forma em que a notícia chega até a pessoa e até mesmo na forma em que se vive o momento do sepultamento.
É um tipo de luto que costuma desencadear uma sensação de medo intenso, difícil de ser elaborado.
Antecipatório
Como o nome já diz, é o luto que é iniciado antes mesmo de acontecer a morte ou separação, comum quando se tem um diagnóstico de doença grave ou sem cura.
Este luto é vivido tanto pela pessoa que está com a doença, como por seus familiares e pessoas próximas.
Ausente e Adiado
O luto adiado é consequência do luto ausente.
O primeiro é definido pela ausência das reações comuns à maior parte das pessoas que vive o luto.
No momento da notícia e nos dias que se seguem, a pessoa enlutada não se permite viver a dor ou expressar seus sentimentos, seja por negação ou porque está passando por um período em que não é possível viver esse luto.
Pode ser considerado um luto vivido fora de época, pois em algum momento futuro a pessoa não conseguirá mais adiar o processo e seus sintomas se farão presentes com maior força, onde a pessoa viverá o luto adiado.
Não reconhecido
A pessoa que está passando pelo luto não consegue expressar o seu pesar por viver em um meio que não reconhece ou ignora a sua dor.
Costuma ser muito sofrido porque não há acolhimento, compreensão e empatia, é uma dor que se sente só.
A morte de um pet, animal de estimação, é um exemplo deste tipo de situação, pois no geral, as pessoas subestimam a profunda ligação afetiva com o pet e, consequentemente, a dor que a pessoa está experimentando.
Coletivo
É vivido por muitas pessoas ao mesmo tempo e costuma ocorrer devido a grandes tragédias, sejam elas naturais ou não.
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Quais são as 5 fases do luto e como lidar com cada estágio do luto?
O processo de luto passa por 5 fases, que podem ser experimentadas com maior ou menor intensidade.
Não há uma ordem linear para esses estágios, eles podem ser vividos em diversas ordens e algumas fases podem se repetir.
Cada um passa pelo luto de forma singular.
As 5 fases são: negação, raiva, barganha ou negociação, depressão e aceitação.
Negação
Seguida ao choque da notícia, a reação que normalmente ocorre é a negação.
A rejeição quase imediata acontece devido à dificuldade de se acreditar na realidade da morte.
A negação é uma proteção inconsciente que visa resguardar o equilíbrio psicológico e costuma demorar alguns minutos ou horas, mas pode se estender por dias ou semanas.
Nesta fase, é comum o enlutado se afastar de tudo aquilo que lembre o ente querido que morreu.
É um estágio temporário que vai cedendo lugar a aceitação da nova realidade.
Raiva
Sentimentos de raiva, culpa, frustração, desespero, angústia e medo se apresentam em diversos momentos do luto.
É um turbilhão de emoções que acontecem quando não se pode mais negar o fato.
A raiva se apresenta de diversas formas: atitudes autodestrutivas, impaciência, irritação, isolamento, agressividade na forma de falar, brigas sem motivos aparentes etc.
É um sentimento que surge devido à revolta, ressentimento e, algumas vezes, inveja de quem não está vivendo a mesma dor. “Por que eu e não outro?”
A raiva costuma dar lugar a barganha ou negociação.
Barganha ou Negociação
É nesta fase que a pessoa começa a negociar consigo mesma ou com uma entidade superior, Deus, em busca de alívio e consolo.
Tentar voltar no tempo, reviver momentos em que esteve com a pessoa, alimentar pensamentos de “e se eu fosse mais presente” ou “e se eu fizer algo para reverter” fazem parte desta etapa.
Algumas esperanças, muitas vezes sem sentido ou impossíveis, surgem nesta fase e, conforme o enlutado vai percebendo que tudo isso é fruto da sua mente e não da realidade, se inicia a depressão.
Depressão
É uma fase bem intensa, onde há grande sofrimento e pode ser uma fase curta ou longa.
O enlutado fica fixado na dor e na saudade, alimenta a ideia de ausência e de solidão, chora muito, pode perder o apetite, repensa sua vida e seus valores, se isola e tem muita dificuldade de viver a rotina.
Neste estágio é muito importante que a pessoa tenha apoio das pessoas mais próximas. E, sempre que possível, que realize um acompanhamento terapêutico para que não se desenvolva uma depressão profunda ou crônica com a não aceitação do ocorrido.
O final deste estágio acontece quando a pessoa consegue aceitar a morte ou a doença e segue em frente.
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Aceitação
Linear ou não, a aceitação é a última fase do luto, pois é aqui que há a compreensão da nova realidade.
Mesmo com saudade e tristeza, os sentimentos de angústia e desespero já foram expressos e elaborados.
Os sentimentos se tornam mais brandos, a saudade começa a ser uma lembrança boa e menos dolorida e vamos aprendendo a conviver com a nova situação.
Aceitar a morte é também aceitar a vida como ela é.
Estas fases são essenciais para a compreensão da magnitude que esta mudança representa e, também, para que os sentimentos possam ser expressos, permitindo assim que se alcance a aceitação e que se possa viver em paz com o destino de cada um.
Como lidar com o luto?
Confira aqui dicas e exercícios sistêmicos de como lidar com o luto que recomendo para este momento desafiador.
1. Mensagem para superar o luto
Aqui trago uma mensagem que recebi por inspiração em um momento em que eu vivia a morte do meu pai, no início deste ano de 2021 e me ajudou a lidar com o luto.
“Minha filha, esse vazio que tem te trazido angústia e tristeza, você pode escolher continuar alimentando ou pode preenchê-lo de amor, aceitando o que aconteceu e se abrindo para receber todo amor que está disponível para você agora. É uma escolha, sua escolha.
Como você prefere honrá-lo? Na dor do vazio e da ausência ou na plenitude do amor, da presença do amor?”
Uma ancestral muito amada
2. Exercício para trabalhar como lidar com o luto
Lidar com o luto é bastante desafiador, pois o vivemos de diversas formas em suas diversas fases, como explicado acima.
Porém, podemos realizar exercícios e práticas que nos ajudem a elaborá-lo.
Se permitir sentir o que está sentindo.
Se há tristeza, acolha e deixe-a ficar.
Se há saudade, olhe para ela e permita a sua presença.
Se a alegria e a gratidão brotam em seu coração, se permita experimentar esse momento de leveza em meio a dor.
3. Exercício Sistêmico
Pare por um momento e respire de forma completa e consciente. Imagine, visualize ou sinta a pessoa amada a sua frente e diga:
“Querido(a) (diga o nome ou o grau de relacionamento),
Eu sinto muito. Eu te amo.
Você tem e sempre terá um lugar no meu coração.
Eu honro você e honro sua história de vida.
Eu libero e deixo ir todo julgamento sobre a sua história e seu destino e digo sim para tudo o que aconteceu.
Foi como foi.
A partir de agora eu honro você por meio da minha vida, por meio do amor e da alegria de estar aqui, por meio da gratidão de ter vivido esse tempo com a sua presença em minha vida.
Eu sinto muito que você se foi, mas eu fico mais um pouco e sigo com a minha vida e com você em meu coração.
Você continua vivo em minhas memórias, permanecemos unidos pelo amor.
Eu abençoo o seu caminho e sigo em paz. Agora estou a serviço da força da vida e do amor.”
Se for o pai ou a mãe, diga:
“Obrigada pela vida que me deu. Eu tomo a vida e vou fazer algo de bom com ela.
Eu honro você seguindo a vida que você me deu.”
Você pode fazer o exercício quantas vezes quiser.
“O que acontece quando prolongo o luto por alguém?
Uma parte de minha alma permanece com essa pessoa. Isso não pesa somente sobre mim; pesa também, talvez, sobre ela, pois não fica livre enquanto eu não interiorizar a parte que deixei com ela.
Quando acolho com amor, em minha alma, essa pessoa em sua totalidade, tal como ela é, fico mais rico e, ao mesmo tempo, curiosamente, também fico livre em relação a ela. Acolhendo-a com amor, eu a ganho e ela se toma parte de mim.
Ao mesmo tempo, fico livre dela e ela fica livre de mim.”
Bert Hellinger, pai da Constelação Familiar – Conflito e Paz
Leia também meus artigos:
É essencial viver o luto até o fim para que seja bem elaborado e, assim, possamos nos abrir para a alegria e contentamento plenos.
4. Terapia: como lidar com o luto e quando pedir ajuda
Nem sempre é possível passar pelo processo de luto sozinha e é muito importante e saudável se permitir receber a ajuda adequada.
O luto pode se tornar patológico levando à depressão.
Há alguns sinais de que você precisa de ajuda profissional, conforme listados abaixo:
- Pensamentos autodestrutivos;
- Isolamento social por um tempo prolongado;
- Dificuldade de expressar e compartilhar seu sofrimento;
- Não consegue aceitar a nova realidade ou se adequar à nova dinâmica;
- Tem sintomas físicos iguais aos da pessoa que morreu;
- Dificuldade em se relacionar com as pessoas próximas.
Outras angústias também podem ser sinal de que se faz necessário o aconselhamento ou o acompanhamento profissional de um terapeuta ou psiquiatra para você entender melhor como lidar com o luto.
Você é a melhor pessoa para perceber e avaliar a intensidade e o tempo do que está experimentando e se permitir receber ajuda.
Nos meus atendimentos em que o foco é o luto, além da escuta e acolhimento, que são extremamente necessários neste momento, dentro do que é indicado para cada caso eu integro terapias holísticas no tratamento.
Sempre visando a harmonização das emoções, liberação dos traumas e medos, equilíbrio emocional, mental, físico e espiritual, contribuindo para que a pessoa alcance o estágio de aceitação em todos os níveis.
- Sinta-se à vontade para agendar a sua sessão de Terapia comigo. Vou te apoiar nessa jornada sobre como lidar com o luto!
Como consolar uma pessoa de luto?
Empatia, compaixão, não julgamento e muito amor.
Muitas vezes basta dizer para a pessoa: “Eu estou aqui”.
Compreenda que o processo é individual, que não tem tempo certo e nem forma correta.
Fique atento se perceber sinais de um luto patológico e oriente a pessoa a se abrir para ajuda profissional.
Acolha e respeite o sofrimento e o ritmo do outro.
Uma mensagem sobre luto
Desde final de fevereiro deste ano, grande parte do meus pensamentos estão direcionados para o Mundo Espiritual com muito mais intensidade.
Acessar mais dessa consciência e permitir que o véu se torne cada vez mais fino, tem sido minha escolha, minha necessidade.
Como lidar com o luto? Convidei a dor, a saudade e a tristeza, olhei e olho para elas diariamente, deixei-as ficar.
Descobri que elas não vêm sozinhas, trazem junto a alegria de uma vida compartilhada, as memórias de uma história linda e que valeu a pena ser vivida e, também e principalmente, o Amor.
O amor que não compreende a morte da mesma forma que a mente, Ele sabe que é um acordar do sonho da vida, Ele sabe que é uma das etapas da existência e Ele sabe que sua força continua expandindo muito além do mundo físico.
Seguir a vida, estar no fluxo da vida, perceber e sentir a presença de todos que fazem parte de mim e saber que algumas mudanças são muito dolorosas, mas o amor continua fazendo parte de quem Eu Sou.
E é esse AMOR que me mantem aqui e me cura um pouquinho a cada momento.
Dedico este artigo ao meu amado pai.
Eu sou Susy Brito e te convido para uma sessão terapêutica comigo para lidar com o luto!
Agende uma sessão de Constelação Familiar para lidar com o luto!
Terapeutas Guia da Alma estão te esperando.