Ações para o dia da mulher nas empresas: ideias, palestras e mensagens!

Buscando ações para o Dia da Mulher na empresa, de uma maneira que valorize e homenageie suas colaboradoras? Está no lugar certo!
O objetivo deste artigo é enfatizar a importância de criar ações de empoderamento feminino para o dia da mulher dentro da empresa que valorizem as colaboradoras e promovam o cuidado com a saúde mental dentro das instituições.
Sou Isabela Amorim do Guia da Alma – a solução completa para a Saúde Mental no trabalho. Boa leitura!
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Índice
Como surgiu o dia da mulher: história!

Foto: GeorgeRudy – Envato
O dia internacional da mulher é celebrado no dia 8 de março, sendo reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975.
A data surgiu para simbolizar a luta das mulheres em buscar condições de vida pessoais e profissionais equivalentes às dos homens.
Ao longo do século XX, a mobilização política das mulheres começou a ganhar força. A criação da data comemorativa permanece como um símbolo permanente de embate contra a desigualdade de gênero e as diversas violências que ocorrem contra as mulheres.
Não sabe-se ao certo a história sobre a escolha do mês de março para celebrar essa luta; contudo, em 1911, no dia 25 de março, houve um incêndio em Nova York ocasionado por péssimas condições de trabalho, onde morreram 125 mulheres e 21 homens, em sua maioria judeus. Conta-se que este evento foi fundamental para ser criado o dia das mulheres.
Desde o ano de 1975, a ONU proclamou o dia 8 de março como o dia internacional da mulher, com a intenção de enfatizar e dar visibilidade às conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres, em sua busca por equidade de gênero.
A ONU cumpriu o papel, por sua vez, de oficializar e unificar a data, pois a mesma já era celebrada desde o início do século XX, em países e datas diferentes.
Servindo como um símbolo de reflexão sobre inclusão e protagonismo feminino no mercado de trabalho, é uma data que precisa ser exaltada.
Dados sobre a mulher no mercado de trabalho

Foto: voronaman111 – Envato
É extremamente importante falar sobre a desigualdade de gênero no meio corporativo, pois continua sendo muito raro ver mulheres na liderança das empresas, mesmo as mulheres correspondendo a 45% da população economicamente ativa do Brasil.
Segundo pesquisa do Ministério da Economia, as mulheres nas funções de diretoria representam apenas 13,9% e 27,3% na superintendência.
Dados do Relatório Mundial sobre a Desigualdade de Gênero de 2020 do World Economic Forum (FEM) revelam que o Brasil ocupa o vigésimo segundo lugar (entre 25 países) com maior disparidade salarial entre homens e mulheres no mercado de trabalho.
Mesmo com esses dados, uma pesquisa do Fundo Monetário Internacional (FMI) relatou que a diversidade de gênero entre líderes está associada a uma maior rentabilidade dos negócios, o que só reitera o machismo estrutural internalizado nas empresas.
Jacinda Ardern, primeira-ministra da Nova Zelândia, afirma:
“Para mim, liderança não significa necessariamente ser o mais barulhento na sala, mas sim ser a ponte, ou o que está faltando na discussão e tentar construir um consenso a partir daí”.
Ardern, por sua vez, representa exemplo de liderança, principalmente durante o ápice da pandemia de coronavírus, sendo uma das primeiras líderes a se mobilizar com atitudes estratégicas contra a doença.
Dados mais recentes do IBGE, em relatório de 2022, apontou que no Brasil, mulheres ganham em média 20,5% menos que homens. São 74 dias de diferença salarial.
Estudo realizado pela Grant Thornton de 2022, mostrou que: apenas 38% dos cargos de liderança no Brasil são ocupados por mulheres.
As empresas devem atentar-se à igualdade salarial, onde o RH possa orientar os gestores que definem os pagamentos a guiar-se pelas funções de cada colaborador, não pelo gênero.
O dia da mulher é, também, sobre a importância da mulher no mercado de trabalho.
Saúde mental da mulher

Foto: monkeybusiness – Envato
A saúde mental da mulher é mais prejudicada do que a dos homens e há dados que comprovam isso.
O estudo Caminhos em Saúde Mental (Instituto Cactus e Veredas, 2021) mostrou que: 1 em cada 5 mulheres apresenta transtornos mentais. Em mulheres com sobrecarga doméstica, os problemas mentais afetam 1 a cada 2 mulheres.
Mesmo antes da pandemia, em 2019 o IGBE demonstrava, em dados, que as mulheres já dedicavam, em média, 18,5 horas semanais a atividades domésticas e cuidados com pessoas da família, crianças e idosos. Os homens, contudo, dedicavam, em média, 10,3 horas semanais às mesmas atividades.
Isso faz com que as mulheres se sobrecarreguem e tenham esgotamento físico e mental.
Em 2020, um estudo realizado pela Gênero e Número relatou que 41% das mulheres que continuaram trabalhando durante a pandemia afirmaram que a intensidade do trabalho aumentou enquanto ocorria o período de isolamento. E 40% das mulheres disseram que a pandemia e situação de isolamento social colocaram a sustentação da casa em risco.
Ainda no mesmo ano as mulheres perderam mais postos de trabalho do que os homens. Dados do IBGE divulgados em junho de 2022 afirmaram que dos 825,3 mil postos de trabalho perdidos no ano, quase 72% eram ocupados por mulheres.
Já as mulheres que continuaram trabalhando durante o primeiro ano da pandemia receberam, em média, 84,8% do salário médio mensal dos homens.
Atualmente, no período pós-pandemia, a constatação é a de que as mulheres estão mais sobrecarregadas do que nunca.
Segundo relatório do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo:
- 40,5% das mulheres desenvolveram sintomas de depressão;
- 34,9% desenvolveram ansiedade;
- 37,3% desenvolveram estresse.
Outra consequência para a saúde mental das mulheres que vale ser mencionada é a síndrome de burnout. Em um cenário regado à exaustão física e mental, as mulheres desencadearam um estado gritante de estafa.
Nesse cenário, além do burnout profissional, também é válido falar sobre burnout materno.
O termo Burnout Materno ou Mommy Burnout vem sendo utilizado para definir o quadro de esgotamento físico, mental e emocional experimentado pelas mulheres no contexto da maternidade.
Assim como ocorre com os profissionais no mundo corporativo, a exaustão materna é consequência de uma rotina extenuante de tarefas e responsabilidades.
Muitas mulheres tem tripla jornada: trabalho, maternidade e vida doméstica. Rotina que, muitas vezes, é agravada por:
- Privação de sono;
- Desequilíbrios hormonais;
- Falta de rede de apoio;
- Privação de momentos de lazer e descanso;
- Necessidade de conciliar o cuidado com os filhos com a carreira, estudos, relacionamento com o parceiro ou parceira e vida social;
- Entre outros.
Muitas vezes, esse quadro de esgotamento extremo vai se instalando de forma sorrateira e silenciosa, gerando inúmeros desequilíbrios físicos, emocionais, hormonais e energéticos sem que a mulher e sua família se deem conta do problema.
Infelizmente, ainda predomina em nossa sociedade uma cultura que romantiza a maternidade, encobrindo os seus reais desafios, incluindo a constante tripla jornada decorrente de trabalhos realizados na empresa, em casa e com os filhos.
- Na pesquisa Women in the Workplace (McKinsey & Company LeanIn, 2021), 42% das mulheres do planeta apresentaram sintomas do Burnout, a síndrome do esgotamento profissional.
Além disso, segundo a OMS, o gênero implica diferentes riscos específicos para a saúde mental, devido a diferentes processos biológicos e relações sociais.
O gênero determina, previamente, na estrutura social em que vivemos, papeis, comportamentos e oportunidades que podem ser experimentadas ao longo da vida, o que acaba criando vivências estruturalmente diversas das dos homens.
- As mulheres são submetidas a altos níveis de agressão, que abrangem atos de violência física, sexual, psicológica, moral e patrimonial;
- As mulheres ainda tem maiores oscilações hormonais, podendo interferir em seu bem-estar (com períodos como TPM e menopausa);
- O transtorno de ansiedade é 2x mais comum nas mulheres do que nos homens, segundo um estudo da Universidade de Cambridge;
- 47% das mulheres já abriram mão de oportunidades de empregos melhores e promoções porque sabiam que teriam dificuldade em conciliar filhos e vida profissional (Catho, 2019);
Tais fatores influenciam na disponibilidade e comprometimento da mulher, o que acaba levando à discriminação e exclusão do mercado de trabalho.
Normas de gênero interferem não apenas nas oportunidades de trabalho, mas também pode limitar as capacidades das meninas de viajar, lugares que podem ir ou tipos de interações sociais que possam ter.
Além disso, as meninas que casam-se antes dos dezoito anos ou engravidam na adolescência tem menos chances de encontrar oportunidades de educação e emprego remunerado, com maior possibilidade de sofrerem violências diversas.
Nesse contexto, também é necessário falar sobre racismo. A discriminação racial afeta a saúde mental de pessoas negras, indígenas e periféricas, onde há uma dupla opressão.
A repressão social e o preconceito interferem na autoestima, onde há a internalização de características negativas que lhes são atribuídas, gerando sentimento de inferioridade e isolamento.
Dessa forma, pode-se entender que as mulheres sofrem com a desigualdade de gênero no trabalho até a administração das atividades domésticas e cuidados dos filhos, preconceitos e cobrança social.
O impacto na saúde mental das mulheres, com certeza, é pauta para ser levada a sério dentro das empresas para criar um ambiente de trabalho saudável.
- Confira mais dados em nosso report completo com dados sobre Saúde Mental no trabalho
Ações, ideias e mensagens para o dia da mulher

Foto: maxbelchenko – Envato
O ideal é que as empresas busquem sair da zona de conforto tradicional, onde as ideias para o dia da mulher não sejam celebrados apenas com buquês de flores, doces e produtos de beleza.
O ponto é que essas ações de endomarketing do dia das mulheres reforçam estereótipos de gênero e reduzem as mulheres à aparência e delicadeza, por exemplo, o que acaba sendo reducionista e limitante.
É fundamental que ações e dinâmicas para o dia 8 de março promovam a carreira e vida profissional das colaboradoras; assim, as suas lutas e conquistas contra a desigualdade de gênero podem ser levadas mais a sério e consideradas a partir de medidas práticas.
Tânia Cosentino, presidente da Microsoft no Brasil, reitera a luta através de uma alerta para as mulheres:
“Acreditem em vocês mesmas.
Não acreditem em quem não acredita em vocês. E tenham dedicação. Trabalhem duro.
Se o resultado for a sua felicidade, abrace a oportunidade.
Não vamos chegar lá se não criarmos uma movimentação, se não forçarmos a barra.
Precisamos ser ativistas e eu sou ativista pela diversidade”.
Veja, agora, ações para o dia das mulheres com ideias fora da caixinha:
Promova ações e palestras sobre o tema
Principalmente para empresas que possuem um número muito grande de colaboradoras, palestras e debates sobre o tema são interessantes nessa data. Empresas como Google e Microsoft já adotaram essa ideia. Veja, abaixo, a sugestão de alguns temas que podem ser abordados:
- Liderança feminina;
- Síndrome da impostora;
- Empreendedorismo feminino;
- Vieses e barreiras de gênero;
- Presença das mulheres na área de T.I.;
- Maternidade e carreira;
- Equidade de gênero e histórico de conquistas femininas;
- Entre outros.
As palestrantes podem ser mulheres com expertise na área, como líderes de grandes empresas ou terapeutas, por exemplo. Os temas também podem ser sugeridos pelas próprias colaboradoras, em reuniões específicas.
Os homens devem, também, estar presentes em reuniões que frisem a igualdade de gênero e enfatize as conquistas femininas. O conhecimento, por sua vez, pode contribuir para uma visão mais empática sobre o tema.
É importante entender que esse espaço deve ser dedicado às mulheres. O lugar dos homens, nesse contexto, é o de ouvir e se informar. De forma alguma os homens devem tomar o protagonismo.
Rodas de conversa com colaboradoras da própria empresa também podem ser realizadas. Dessa forma, é possível entender de forma mais direcionada e palpável violências tão comuns e corriqueiras na vida das mulheres, como violência doméstica, desigualdade salarial, baixa autoestima no trabalho, entre outras.
Outra possibilidade é falar sobre temas em torno dos desafios e saúde da mulher.
Realize campanhas de arrecadação
Campanhas podem ser realizadas, junto com toda a equipe de colaboradores, para arrecadar dinheiro com a intenção de destinar a movimentos ou instituições que lutam pelas mulheres.
Como forma de incentivo, a empresa também pode doar um valor a cada valor doado pelos colaboradores ou dobrar o que for arrecadado.
Incentive cursos e workshops
As empresas podem determinar valores para estimular as colaboradoras a usarem com cursos, workshops ou outras formações que possam impulsionar a vida profissional.
Investir na carreira das colaboradoras é uma forma de, também, investir na empresa e realizar uma reparação histórica dentro do mercado de trabalho.
Segundo pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial, no ritmo atual seriam necessários 59 anos para que mulheres e homens atingissem situação de plena igualdade no Brasil.
Como já disse Jacinda Ardern:
“Você quer ser um líder que olha para trás no tempo e diz que estava do lado errado da discussão quando o mundo clamava por uma solução?”
Comece a fazer a diferença dentro da sua empresa!
Dê presentes criativos!
Saia do lugar comum de dar presentes para o dia da mulher já manjados, como esmaltes ou rosas.
Uma boa dica é dar, para as colaboradoras, livros interessantes sobre vivências femininas, como:
- O segundo sexo (Simone de Beauvoir);
- O peso do pássaro morto (Aline Bei);
- Feminismo para os 99% – Um manifesto (Cinzia Arruzza, Tithi Bhattacharya e Nancy Fraser);
- O feminismo é para todo mundo (Bell Hooks);
- O Feminismo Mudou a Ciência? (Londa Schiebinger);
- Gestar, parir e amar: não é só começar (Tayná Leite);
- Entre outros.
Também podem ser enviados, como ações de endomarketing, frases do dia internacional das mulheres por e-mail ou newsletter!
Frases para o dia da mulher
Veja algumas frases interessantes para serem enviadas para as colaboradoras:
“Uma mulher com uma voz é, por definição, uma mulher forte.” Melinda Gates
“Coragem é como um músculo. Eu sei por experiência própria que quanto mais eu exercito, mais natural fica para mim não deixar meus medos me vencerem.” Arianna Huffington
“Ninguém pode fazer com que você se sinta inferior sem o seu consentimento.” Eleanor Roosevelt
“Seu valor próprio é determinado por você. Você não precisa depender de alguém dizendo quem você é.” Beyoncé
“A gente é criada para ser assim, mas temos que mudar. Precisamos ser criadas para a liberdade. O mundo é grande demais para não sermos quem a gente é.” Elza Soares
“A necessidade de provar quem você é vai desaparecer assim que você souber quem você é.” Danielle Pierre
“A minha avó me ensinou assim: você tem que ser livre, não tem que procurar marido, nada disso. Tem que buscar a sua liberdade da alma.” Glória Maria
“Se um homem pode destruir tudo, por que uma garota não pode mudar isso?” Malala Yousafzai
“Nunca seja limitado pela imaginação limitada de outras pessoas.” Dr. Mae Jemison
“Quando você subestima o que você faz, o mundo vai subestimar quem você é.” Oprah Winfrey
“Todos nós somos colocados em caixas por nossa família, por nossa religião, por nossa sociedade, por nosso momento na história, até mesmo por nossos próprios corpos. Algumas pessoas têm coragem de se libertar.” Geena Rocero
“Autodefinição e autodeterminação são sobre as muitas decisões variadas que tomamos para compor e viajar em direção a nós mesmos. Está tudo bem se sua definição pessoal está em um estado de fluxo constante enquanto você navega pelo mundo.” Janet Mock
Veja também: Mais de 80 Frases sobre Saúde Mental no trabalho!
Incentive a liderança feminina
Como já foi citado anteriormente, é sabido que as mulheres ocupam menos espaço em cargos de liderança. Em startups, por exemplo, as mulheres que ocupam cargos importantes representam apenas 15%.
É possível fomentar iniciativas que demonstrem como as mulheres podem ganhar espaço em praticamente qualquer área. Uma ideia é mostrar exemplos de mulheres que superaram obstáculos e agora são referências na área que atuam.
Programas de desenvolvimento são atividades para o dia da mulher que investem no protagonismo e liderança feminina. Tais programas também são bem vindos e muitas empresas brasileiras e multinacionais já realizam iniciativas nessa área.
Inclua outras datas importantes para as mulheres no calendário da empresa
- Dia mundial do empreendedorismo feminino (19 de novembro);
- Agosto lilás: campanha direcionada ao combate à violência contra a mulher;
- Campanha Outubro Rosa.
Saiba todas as datas importantes do ano com o nosso calendário RH!
Cuide da saúde mental das colaboradoras
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019 a porcentagem de mulheres que procuraram ajuda médica foi bem maior do que a dos homens, no mesmo período. Pelo menos 82,3% das mulheres tiveram uma consulta médica.
Por mais que, nas empresas, ações no Outubro Rosa para cuidado com a saúde das mulheres sejam realizadas, as empresas não podem resumir suas ações apenas nesse mês.
Até porque a saúde da mulher vai além de prevenção de câncer de mama e colo de útero: a saúde mental das mulheres é tema que deve ser levado em consideração o ano inteiro.
Segundo pesquisa realizada pela Universidade de Oxford, as mulheres possuem 40% mais chances do que os homens de desencadearem algum transtorno mental, com 75% de chances de sofrerem de depressão.
Levando esse contexto em consideração, algumas medidas de autocuidado e homenagem para o dia da mulher podem ser realizadas, dentro da empresa, para cuidar da saúde mental das colaboradoras.
No Guia da Alma, preparamos um portfólio especial de ações para o dia da Mulher, que inclui
- Plataforma de terapia empresarial;
- Teste DASS-21 para ver como está o nível de saúde mental das mulheres da empresa em comparação a outros gêneros;
- E muito mais!
Agora que você já sabe porque cuidar da saúde mental das colaboradoras é importante, conte com o Guia da Alma nesse processo!
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