Protagonismo e empoderamento feminino: 5 aprendizados da minha jornada!

Mulher, seja protagonista da sua história.
empoderamento feminino
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Mulher, esse é um artigo é um convite para você ser protagonista da sua jornada, e desenvolver seu empoderamento feminino.

Por muito tempo as mulheres foram taxadas de sexo frágil, e retratadas como coadjuvantes.

Estruturalmente existem ainda muitas coisas para serem melhoradas na sociedade sobre esse tema. E cada vez mais ganhamos consciência do que deve ser mudado. Por isso, podemos começar a fazer mudanças em nosso entorno, e em nós mesmas.

Se você chegou até aqui atraída pelo título desse artigo, quero dizer que você já começou o primeiro passo para sua transformação pessoal. Você está pronta, e não pode aceitar menos do que merece.

Sou Liana Chiaradia, co-founder e CMO do Guia da Alma. Vou compartilhar aqui alguns dos meus aprendizados como mulher ao longo da vida e da minha jornada como empreendedora. Espero que possa contribuir na sua também!


O que é empoderamento feminino e qual sua importância?

empoderamento feminino

Foto: Joel Muniz – Unsplash

Quando buscamos o significado de empoderamento, nos deparamos com essas definições em dicionários:

“Ação ou efeito de empoderar, de obter poder.”

“Autoridade, domínio sobre.”

“Passar a ter domínio sobre a sua própria vida; ser capaz de tomar decisões sobre o que lhe diz respeito, exemplo: empoderamento das mulheres.”

Ter empoderamento, em primeiro lugar, é ter domínio sobre suas escolhas e opiniões, sentindo segurança para tal.

Porém, durante muito tempo as mulheres foram tidas como frágeis, incapazes e inferiores, não podendo viver seu empoderamento.

Trago aqui alguns exemplos de coisas que ouvi durante minha vida, e acredito que muitas de vocês também:

  • Isso não é trabalho para mulher!
  • Mulher tem que casar e ter filhos.
  • Isso não é roupa própria para uma mulher.

E por aí vai! Mas para trazer ainda mais fatos que comprovam essa desvantagem e preconceito, vamos trazer alguns fatos históricos:

  • No final do século 19, na Europa e Estados Unidos as Mulheres tinham em média jornadas de trabalho de 16 horas diárias, com salários menores. Eram vistas como inferiores e não tinham uma série de direitos, entre eles o voto! Elas então passaram a protestar.
  • Um desses protestos reuniu milhares de mulheres e marcou a data de 8 de março, que foi reconhecida apenas em 1977. E somente em 1945, a ONU assinou o primeiro acordo internacional que afirmava princípios de igualdade entre homens e mulheres.

É por isso que o correto não é dizer “feliz dia da mulher”, pois não é uma data de comemoração. E sim, de conscientização!

  • No Brasil, entre 1916 e 1962, por lei a mulher só poderia trabalhar fora de casa, ter uma conta no banco, ter estabelecimento comercial ou mesmo viajar, com a  autorização do marido.

Apenas esses dados, já nos mostram porque o empoderamento feminino é tão importante. Você não deve aceitar menos que merece.

É nesse cenário que o movimento social pela igualdade de direitos entre gêneros também surge (feminismo).

Mesmo com leis, o desequilíbrio se estende até os dias atuais. Em alguns países até hoje as mulheres são proibidas de frequentar escolas e universidades, não podem dirigir ou trabalhar.

Já no Brasil, segundo dado do IBGE de 2022, mulheres ganham em média 20,5% menos que homens. São 74 dias de diferença salarial.

Esses obstáculos são ainda maiores para mulheres negras, indígenas, trans e periféricas.

A saúde mental das mulheres

saúde mental das mulheres

Foto: Pressfoto

Diante de todos esses desafios de desigualdade de gênero, de desvantagem socioeconômica e educacional, outros dados vêm à tona:

  • 42% das mulheres do planeta apresentaram sintomas da síndrome de Burnout (Women in the Workplace (McKinsey & Company LeanIn, 2021)

Isso porque muitas mulheres têm dupla jornada de trabalho, tendo que também atender ao trabalho doméstico, ao cuidado com filhos (mommy burnout) e idosos.

  • As mulheres trabalham cerca de 7,5 horas a mais do que os homens na semana (Dado do Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada)

Aliado à isso, também temos a segurança psicológica e emocional das mulheres envolvida:

  • No Brasil, a média é de 4 feminicídios por dia (Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2022);
  • Brasil tem cerca de 822 mil casos de estupro a cada ano, dois por minuto (Ipea, 2022).

Os casos de violência doméstica também são preocupantes!

Se você estiver precisando de ajuda, ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher)



Protagonismo feminino

protagonismo feminino

Foto: freepik

Em meio a esse debate, também precisamos falar sobre o protagonismo feminino!

Sobre a questão de trazer o protagonismo e direito das mulheres à tona, temos como precursoras:

  • A britânica Mary Wollstonecraft. Ela publicou A Vindication of the Rights of Woman, em 1792
  • No Brasil, Nísia Floresta Brasileira Augusta, que publicou Direitos das mulheres e injustiça dos homens, em 1832.

Por acaso, você já ouviu falar sobre elas em seus livros de história?

Pesquisas relatam que existem mais mulheres do que homens no mundo. No entanto, quando estudamos figuras históricas, ou buscamos uma referência, quantas dessas personalidades são mulheres?

Inclusive, ao longo da história, muitas mulheres usaram pseudônimos masculinos para poderem publicar seus trabalhos, ganharem respeito e notoriedade. Um dos casos mais conhecidos é o de George Eliot, que na verdade era a escritora Mary Ann Evans.

O protagonismo feminino é importante para:

  • Você escrever sua própria história;
  • Ser reconhecida e valorizada por sua jornada;
  • Inspirar outras mulheres.

Dados do GEM (Global Entrepreneurship Monitor) de 2020, mostraram que o Brasil é o sétimo país com o maior número de mulheres empreendedoras no mundo: de 52 milhões de empreendedores, 30 milhões são mulheres, o que corresponde a 57%.

Isso é um ponto positivo, mas ainda existem muitos outros a melhorar:

  • Quando vamos para a área da tecnologia, somente 4,7% das startups brasileiras foram fundadas exclusivamente por mulheres e 5,1% por mulheres e homens (Female Founders Report 2021 – B2Mamy, Distrito e Endeavor);
  • Estudo realizado pela Grant Thornton de 2022, mostrou que apenas 38% dos cargos de liderança no Brasil são ocupados por mulheres.

Imagino que se você chegou até aqui lendo tantos dados e referências, algo tocou por aí, certo?

Todas essas pesquisas e dados comprovam que há muita desigualdade. Em meio a esse cenário, como mulheres, precisamos nos unir e fortalecer. Por isso, quero agora compartilhar com você dicas que me ajudaram em minha caminhada.

Protagonismo e empoderamento feminino: 5 aprendizados da minha jornada!

empoderamento feminino e sororidade

Foto: freepik

Como mulher, empreendedora e fundadora de startup, os desafios foram muitos para chegar até aqui!

Mas com fortalecimento emocional, e apoio, juntas podemos ir mais longe. Você não está só!

1. Não normalize o absurdo

empoderamento

Apesar de sempre ter sido muito comunicativa, quando comecei a empreender me sentia muito insegura para me comunicar ao fazer networking, falar sobre minha empresa ou fazer abordagens comerciais.

Essa insegurança foi ainda mais reforçada em situações, como:

  • Em feiras de negócios, quando falava em uma roda sendo a única mulher, os homens ouviam e respondiam olhando para meu sócio;
  • Quando falaram que para eu vender mais, deveria usar salto e maquiagem.

Infelizmente, vai demorar muito até esse tipo de situação mudar. Não podemos esperar pelos outros, nem nos paralisarmos pela opinião alheia. Temos que nos fortalecer para seguirmos firmes na direção que queremos.

“Quando me atrevo a ser poderosa, a usar minha força ao serviço da minha visão, o medo que sinto se torna cada vez menos importante.” Audre Lorde

Levei esse tema até a terapia, e também estudei algumas técnicas que poderiam me ajudar a ser mais segura. Percebi que deveria levar aquilo como aprendizado, e não como desistência.

O que mudou quando adquiri essa postura? Me senti mais confiante, e focada em meus objetivos.

Me lembro do dia em que cheguei em restaurante, peguei o cardápio e comecei a ler as opções. O atendente me falou: “Mulher é indecisa para escolher, né?”

Então, EU escolhi não comprar dele e fui embora.

Mulheres passam por esse tipo de situação diariamente e, se não estamos atentas para o absurdo dessas atitudes, tendemos a achar que fizemos algo errado, e alimentamos nossa insegurança. Cuidado com a síndrome da impostora!

“Você tem que aprender a levantar-se da mesa quando o amor não estiver mais sendo servido.” Nina Simone

  • Quando fui novamente a uma feira de negócios, me fiz ser ouvida falando com mais propriedade e segurança. Busquei estar rodeada de pessoas mais abertas e conscientes, que poderiam contribuir para meu crescimento;
  • Decidi que clientes que me julgam pelo salto e maquiagem não estão em meu ICP (Perfil de cliente ideal).

2. Produtividade cíclica

produtividade ciclica

Sabemos que o ambiente em que estamos e as situações do dia a dia, podem interferir em nossa energia e disposição. Aliado a isso, como mulheres, nossas emoções e corpo mudam bastante em cada fase do nosso período menstrual por conta dos hormônios.

Se não estivermos atentas à isso, vamos ficar frustradas quando não estivermos produzindo da mesma forma que semana passada. Vamos encarar a TPM como um incômodo, ao invés de um pedido de socorro do nosso corpo.

Por isso, a produtividade cíclica, é uma forma das mulheres organizarem suas rotinas com base no autoconhecimento.

Entenda que há diversas formas de ser produtiva. Ao contrário do que se prega como indecisão e histeria pela sociedade, somos cíclicas. E isso nos traz poder para evoluir, mudar e ter criatividade!

Observe-se:

  • Em que semanas estou mais focada? E mais dispersa?
  • Em que semanas estou mais comunicativa? E mais reclusa?
  • Como posso ajustar minha agenda com base nisso para sentir mais bem-estar e menos sobrecarga?

Por exemplo: Quando estou no meu período, posso dar preferência ao uso de roupas mais confortáveis e fazer mais pausas entre um compromisso e outro.

3. Tenha boas referências

referência feminina

Existem profissionais maravilhosas por aí para você se inspirar. Quando vemos outras mulheres brilhando, sabemos que também podemos. Aqui vão algumas:

  • Músicas de empoderamento feminino: preste atenção às letras das músicas que você ouve, elas te fortalecem? Eu particularmente, adoro essa: Emmy Meli – I Am Woman 

  • Poemas e livros sobre empoderamento feminino: temos excelentes exemplos de escritoras mulheres. A Rupi Kaur é uma delas:

“Quero pedir desculpa a todas as mulheres que descrevi como bonitas antes de dizer inteligentes ou corajosas. Fico triste por ter falado como se algo tão simples como aquilo que nasceu com você, fosse seu maior orgulho, quando seu espírito já despedaçou montanhas. De agora em diante vou dizer coisas como, “você é forte” ou, “você é incrível!”, não porque eu não te ache bonita, mas porque você é muito mais do que isso.”

Rupi Kaur

Confira: Sagrado feminino: 10 livros para se aprofundar!

  • Filmes e séries de empoderamento feminino: como inspiração trago a série “A Vida e a História de Madam C.J. Walker”, baseada na história real da primeira mulher negra milionária dos EUA.

Veja mais no meu artigo: 27 séries e filmes sobre Sagrado Feminino e Sororidade!

4. Viva a sororidade

sororidade

A sororidade é união entre mulheres, baseadas na empatia e no companheirismo. É ter respeito, apoio e admiração mútua.

Muitas vezes, fomos ensinadas a ver outras mulheres como inimigas. Quando superamos isso, ganhamos grandes amigas e aliadas!

  • Tenha uma rede de apoio para momentos difíceis;
  • Esteja rodeada de exemplos de lideranças femininas inspiradoras!
  • Seja uma liderança feminina inspiradora!
  • Elogie e apoie outras mulheres.

Leia mais: Sagrado Feminino: 33 frases de empoderamento feminino para inspirar!

5. Você em primeiro lugar

autoconhecimento feminino

A sociedade ensinou a muitas mulheres que seu dever é cuidar da casa, marido e filhos. Abdicando de suas vontades, pelas dos outros, gerando insatisfação e tristeza.

“A gente é criada para ser assim, mas temos que mudar. Precisamos ser criadas para a liberdade. O mundo é grande demais para não sermos quem a gente é.” Elza Soares

Se você deseja ter uma vida melhor e ser empoderada:

  • Cuide primeiro de você, antes de cuidar dos outros;
  • Seja prioridade na sua vida e tome suas próprias decisões;
  • Respeite seus limites. E diga não, quando necessário;
  • Descubra quais são seus pontos fortes;

“Uma mulher em harmonia com seu espírito é como um rio fluindo. Ela vai onde vai sem pretensão e chega ao seu destino para ser ela mesma e somente ela mesma.” Maya Angelou

  • Crie planos para sua vida pessoal e profissional;
  • Não deixe ninguém te passar para trás: seja a protagonista da sua história!
  • Inclua exercícios e ações de empoderamento feminino na sua agenda!
  • E claro: agende sua terapia para empoderamento feminino

Aqui no Guia da Alma você encontra terapeutas preparadas para te apoiar nessa jornada, para recuperar sua autoestima e seu poder pessoal.

  • Mulher, espero que essas dicas possam contribuir para seu empoderamento feminino. Coragem!
  • Se esse artigo fez sentido para você, compartilhe com outras mulheres. Vamos juntas!
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