Saber – Ser: Uma via de mão dupla para o despertar
O SABER só é útil quando o SER tem interesse em crescer.
A aplicação do SABER depende do nível de COMPREENSÃO do SER. O conhecimento só é útil quando existe COMPREENSÃO. E compreensão independe da quantidade de conhecimento/instrução. A acumulação de SABER não gera COMPREENSÃO.
COMPREENSÃO está profundamente atrelada a EXPERIÊNCIA vivida no SER, aos sentimentos e sensações ligada ao SABER e envolve consciência lúcida, vontade livre, presença do EU, capacidade de fazer e unidade.
A ausência do EU UNÍSSONO desloca o SABER para além de si e distorce a COMPREENSÃO que pauta suas convicções a partir da interpretação do que acontece com o outro, através do outro; tudo vira exemplo, padrão, gira em torno de uma média. As peculiaridades únicas da identidade de cada SER não tem espaço para se expressar e balaios de gente passam a se replicar.
Um sono interior se estabelece e o olhar se exterioriza permanentemente. A visão dispersa, os sentidos se corrompem, a emoção se engana e o pensamento assume o papel de protagonista da COMPREENSÃO.
O pensamento, fruto de nossos infinitos “eus”, teoriza, sistematiza, opera, organiza… não possui interesse absoluto em compreender, apenas quer processar.
A COMPREENSÃO evoca um despertar … É o despertar que move o indivíduo ao autoconhecimento, que leva o SER a conhecer pela experiência, a querer mudar, crescer, compreender o que está além do tempo… nos liberta do pensamento.
É essencial descobrir o porquê se pensa de certo jeito, o porquê se sente de certa maneira, a partir de qual motivo/causa o “eu” age. É importante acompanhar o processo do pensamento, onde nasce e como se movimenta, e destituí-lo para obtenção de uma observação pura, imparcial.
O grande desafio do ser humano é conquistar uma percepção constante livre de valores, alheia ao pensamento, emoção e origem da ação. VER as coisas como de fato são, sem distorção nem interpretação, constrói a experiência do SABER no SER e vice versa.
Observar, aceitar o que se tem em mãos, não julgar (nem bom, nem ruim) e só então agir aproxima o SABER do SER e suscita uma profunda transformação naquilo que se É. Os véus começam a se dissolver e a COMPREENSÃO a aparecer, a “opinião sobre tudo ou sobre o todo” muda e nos tornamos capazes de fazer, evoluir e encontrar paz.
Que tal exercitar a observação pura e simples de si mesmo transcendendo as construções da mente?
Sugiro a leitura do texto CAVEÕLA de minha autoria publicado no Blog Veia Cilíndrica. Acesse aqui!
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