Como ajudar uma pessoa? As 5 Ordens da Ajuda de Bert Hellinger
Quer entender como funcionam as 5 Ordens da Ajuda de Bert Hellinger e como ajudar uma pessoa com elas?
Provavelmente, em algum momento de sua vida, você já sentiu necessidade de ajudar um amigo, um irmão, um pai. Enfim… já sentiu uma necessidade de ajudar outra pessoa, algumas vezes, até de forma automática, sem que essa outra pessoa tenha te solicitado ajuda.
E você já parou para pensar de maneira mais profunda qual o benefício e o intuito dessa necessidade?
Como ajudar uma pessoa?
Bert Hellinger, pais das Constelações Sistêmicas, por meio de suas compreensões aborda a prática da ajuda, discorrendo em diversos livros sobre as Ordens da Ajuda de modo que, para iniciar a nossa conversa, sobre as formas de ajudar uma pessoa.
Trago um trecho do seu livro O Amor do Espírito que sintetiza de maneira magnífica o modo com que, muitas vezes, nos portamos ao intentar ajudar alguém.
“Ajudar tem a ver com a promoção do crescimento, do crescimento interno. Como algo cresce?
Primeiro, quando é nutrido. Segundo, quando precisa se impor contra forças que se opõem ao crescimento. Muitos ajudantes, frequentemente, preferem focar na nutrição e recuar perante o conflito. Entretanto, trata-se de confiar em que o outro saberá lidar com o seu conflito, administrando as adversidades.”
Bert Hellinger – O Amor do Espírito
Quando nos propomos a ajudar alguém, precisamos nos ater a ajudarmos da maneira que vai contribuir para a outra pessoa. Observando se, por debaixo dos panos, inconscientemente, a ajuda que estamos oferecendo ao outro não está, na verdade, ajudando apenas a nós mesmos.
E o que eu quero dizer com isso?
Quero dizer que, algumas vezes, de modo inconsciente, fazemos interpretações da vida alheia, criando uma visão sobre um terceiro e acreditando que sabemos o que essa outra pessoa precisa para solucionar alguma situação pela qual está passando e que sabemos o que ela tem que fazer para “melhorar” a sua condição em diversos aspectos.
Acontece que, essa interpretação é influenciada pelos nossos medos, nossas impressões sobre a realidade, nossos julgamentos, preocupações, crenças, entre tantos outros fatores que distorcem a visão que temos da realidade de outra pessoa, pois trata-se de particularidades individuais de cada um.
Aqui estamos supondo que não temos consciência da realidade total desse terceiro, de modo que, a ideia de que ele precisa “melhorar” foi construída na nossa mente, baseada nos nossos ideais de vida, que por muitas vezes, são distintos dos ideais dessa outra pessoa a quem pretendemos ajudar.
Mesmo quando alguém nos expressa que necessita de ajuda ou de melhorar algo em sua vida, devemos lembrar que, ainda assim não conhecemos 100% da situação.
A intenção de ajudar também pode estar relacionada ao desconforto que sentimos ao ver outra pessoa em uma situação que, para nós, seria muito desagradável. Muitas vezes, esta ajuda pode impedir a outra pessoa de trilhar o seu próprio caminho e de se impor contra as forças que se opõem ao seu crescimento.
Emoções também podem interferir neste aspecto, causando essa necessidade de ajudar.
Exemplificando, o medo de algum ente querido estar sofrendo ou a preocupação com alguma situação específica de um familiar pode nos dar a sensação de que precisamos salvá-los.
No entanto, um ato corajoso e maduro da nossa parte é confiar em que o outro saberá lidar com o seu conflito, administrando as adversidades, como destacou Bert Hellinger no trecho de seu livro descrito acima.
Precisamos ser conscientes de que cada pessoa tem os seus obstáculos para vencer e assim adquirir algum proveito, seja um aprendizado, amadurecimento, fortalecimento. Enfim, o que cada um está precisando, que é singular.
As 5 Ordens da Ajuda
Por meio do seu trabalho com as Constelações Familiares, Bert Hellinger percebeu 5 Ordens da Ajuda, elucidando a maneira de ajudarmos os outros com respeito, ordem e equilíbrio.
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A primeira das Ordens da Ajuda: Equilíbrio
Respeitando a primeira ordem da ajuda, só dou aquilo que eu tenho e tomo apenas o que necessito.
Se exijo de outro algo o que ele não tem para oferecer, isto causa uma desordem na relação, da mesma forma se quero dar algo que eu não tenho.
Em uma relação de ajuda equilibrada eu respeito os limites do dar e tomar, percebendo as responsabilidades e as possibilidades de cada um.
- Leia também: As Ordens do Amor de Bert Hellinger
A segunda das Ordens da Ajuda: Limites e humildade
A segunda ordem da ajuda nos ensina que ao ajudar me submeto às circunstâncias externas e internas e somente interfiro e apoio à medida que elas me permitem. Simplificando, só ajudo a quem me permite.
Cada pessoa tem a sua própria história, valores, sonhos, enfim, a sua bagagem. Ao me dispor a ajudar outra pessoa, preciso respeitar toda a conjuntura da situação, entendendo que o destino e as escolhas do outro são distintos dos meus.
Preciso considerar isso, evitando assim impor as minhas vontades e necessidades à vida de outrem.
A terceira das Ordens da Ajuda: Maturidade
A terceira Ordem da Ajuda, trata de colocar cada um em seu lugar, uma vez que em nosso lugar somos mais fortes. De acordo com essa ordem, eu ajudo de igual para igual. Ajudo do meu lugar e reconheço o outro no lugar dele.
Isso evita, por exemplo, nos colocarmos no lugar dos pais de outra pessoa, gerando assim uma desordem na relação.
A quarta das Ordens da Ajuda: Olhar sistêmico
A quarta ordem da ajuda nos lembra que ao ajudar reconheço o outro como parte de algo maior.
Não enxergo o outro apenas como um indivíduo isolado, mas como uma parte de um sistema maior.
A quinta das Ordens da Ajuda: Honra e respeito
E a quinta ordem da ajuda nos ensina a ajudar com amor, sem julgamento. Respeito o outro como ele é, ainda que seja diferente de mim.
O julgamento, por vezes falado aqui, é fruto de uma imagem que alguém faz baseado em recortes do outro. Lembremos que uma pessoa que não tem conhecimento do todo de uma outra pessoa não tem o direito de julgá-la.
Qual a melhor forma de ajudar uma pessoa?
Aprendemos com as Ordens da Ajuda que ao ajudar outra pessoa, precisamos entender que não temos conhecimento do todo. E que as nossas impressões representam apenas uma parte, e muito influenciada pelos nossos julgamentos e medos. O todo é muito maior.
Para contribuir com outra pessoa, não devemos empurrar as nossas escolhas e o nosso modo de vida nela, pois isso advém da experiência de vida de cada um. Sem ter a consciência do todo, não temos como saber das necessidades reais de outra pessoa, que tem suas próprias experiências, que tem uma vida e visão diferente da nossa.
Com respeito, precisamos enxergar a pessoa em um nível mais profundo, escutá-la de fato, procurando entender as suas verdadeiras necessidades.
Para isso, precisamos estar abertos a compreender a outra pessoa, aceitando que ela tem o direito de ter escolhas e pensamentos diferentes dos meus. Com isso, eu uno o que ela precisa com o que eu tenho a oferecer, e ajudo sem tirar a sua dignidade e as suas oportunidades de crescer.
Como bem apontado pelo Bert Hellinger em seu livro Ordens da Ajuda:
“Ajudar é uma arte. Como em qualquer outra arte, faz parte dela uma faculdade que pode ser aprendida e praticada. Também faz parte dela uma sensibilidade para compreender a pessoa que procura ajuda, isto é, a compreensão daquilo que lhe é adequado e, simultaneamente, daquilo que o expande para além de si mesmo, para algo mais abrangente.”
Assim, acredito ser interessante nesse movimento de ajuda, ajudar o outro a ser capaz de se ajudar. De trilhar o seu próprio caminho. Neste sentido, ajudo naquilo que posso e apenas naquilo que me cabe.
Gostou de saber mais sobre as Ordens da Ajuda? Tem alguma dúvida? Compartilha nos comentários! 🙂
Quero também apresentar para você uma outra dica!
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Constelação Familiar e Thetahealing
À medida que traz à tona as dinâmicas ocultas nas relações pessoais, a Constelação Familiar é uma excelente ferramenta para nos darmos conta das maneiras que nos portamos em uma relação causando desordem e, consequentemente, gerando algum problema em nossa vida pessoal.
Assim, a Constelação Familiar nos permite mudar a nossa postura perante tais relações.
Ademais, é possível também potencializar essa tomada de consciência através da técnica terapêutica chamada de Thetahealing, que é extremamente útil para nos mostrar as causas de estarmos em desordem e em situações desafiadoras.
O Thetahealing é uma técnica desenvolvida pela Vianna Stibal, que por meio de um processo meditativo, para alcançar o estado cerebral Theta, é possível adentrar fundo em nossas questões, identificando neste caso específico, as desordens presentes nas relações de ajuda, quais os benefícios que estamos colhendo com essa desordem e equilibrá-las.
Na sessão de Thetahealing identificamos as causas e as crenças raízes dos problemas por quais passamos, de modo que limpando as crenças limitantes, ficamos mais ordenados, o que ajuda a nos colocarmos em nossos lugares e a entendermos melhor os outros. Escutá-los e respeitá-los.
Com o Thetahealing, podemos fortalecer posturas que contribuem para o respeito às Ordens da Ajuda, a depender da necessidade individual de cada um.
A título de exemplo podemos fortalecer o entendimento verdadeiro com relação às necessidades dos outros, o respeito aos outros. A sensação de dialogar com o intuito de crescer e o entendimento de que todas as pessoas têm o direito de ter opiniões e escolhas.
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- Indique este artigo e terapia para alguém que está precisando, essa é uma excelente ajuda também 🙂
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