Medos e ansiedade na gravidez: como cuidar da saúde mental?
Gestar um ser nem sempre são flores. Nas novelas e filmes não existe ansiedade na gravidez… tem-se sempre uma imagem de que gestar é um mar de rosas, as mulheres ficam lindas e esbeltas com a barriga que cresce…
O parto acontece rapidamente como num passe de mágica e depois disso o puerpério é um momento iluminado e sublime, cheio de sorrisos e afagos entre mãe e bebê.
Tudo isso pode ser verdade, mas na maior parte das vezes tem muita coisa que acontece no interior da mãe e por trás dos bastidores, que só quem vive ou já viveu, entende.
Existem incômodos, dores, desconfortos, dúvidas, incertezas, receios, questionamentos e, principalmente, existe muita ansiedade e medo na gravidez.
Neste artigo, vou falar um pouco sobre como esta terapia pode ajudar você, futura mamãe, a passar por essa fase gestacional de uma forma mais serena e te ajudar a se preparar para o parto e pós-parto.
Escrevo muito de um lugar de vivência pessoal, pois estou no momento com 35 semanas e essa técnica maravilhosa vem me ajudado muito! 🙂
Índice
Ansiedade na gravidez
Logo no começo, pode acontecer muito enjoo. As mamas ficam muito doloridas e o sono parece não ter fim. Aos poucos isso vai passando, mas muita coisa esquisita segue acontecendo no corpo.
É uma tempestade hormonal diária e a cada segundo que passa um novo pedacinho de um ser é criado dentro da mulher. É a vida que renasce pouco a pouco e o corpo vai se adaptando desde o princípio.
O útero cresce, a barriga aumenta, as ancas se alargam, os músculos, o esqueleto e as articulações se adaptam ao peso, as mamas se tonificam e todo o corpo se ocupa de guardar, cuidar, nutrir e se preparar para o parto e amamentação desse novo ser.
Durante toda essa mudança no corpo, ainda tem muita coisa que acontece também na mente e na alma. Começa a acontecer uma fusão entre mãe e bebê, transformando-os quase como num único ser. O que a mãe sente, o bebê capta. O que o bebê sente, a mãe percebe.
É comum demais a mulher ter muita ansiedade na gravidez. Inevitavelmente a mulher pode entrar num turbilhão de questionamentos:
Que equipe escolher para acompanhar a gestação? Que protocolos? Quais mudanças vão acontecer no corpo? Será que a gravidez vai ser saudável? Será que o bebê vai ser saudável?
E o parto vai acontecer como desejado? Será muito doido? Será que a amamentação vai acontecer como se imagina? Como vai ser a nova vida com a chegada do bebê?
Como preparar o enxoval? Vai acontecer alguma mudança na relação do casal? E como vai ser para trabalhar com um bebê pequeno em casa? E as despesas, aumentarão muito? E se já tem outro(s) filho(s), com vai ser para dividir a atenção?
Medos na gravidez
Além da ansiedade, é bastante comum a mulher sentir na pele muitos medos na gravidez. Os hormônios estão à flor da pele, tudo fica mais sensível. A cada exame e consulta, uma expectativa enorme de alguma notícia não desejada.
No primeiro trimestre, os medos mais comuns são: o de perder o bebê, da gravidez não evoluir ou do bebê ter algum problema de saúde. Esse medo acontece na verdade ao longo de toda a gravidez, mas nesse começo ele fala bem alto.
Outro medo que fica bem forte principalmente mais para o final da gravidez é o medo do parto. O medo desse portal fisiológico é totalmente compreensível.
É um momento em que não se tem controle do que vai acontecer, que a mulher está à mercê do destino enquanto está em transe profundo, mergulhada numa bomba hormonal.
Pode sentir muita dor e sucumbir. Pode se travar e achar que está para morrer. E de fato está. Morre a mulher que existia, nasce a mãe.
E por falar em nascimento da mãe, esse é outro medo bem corriqueiro. O medo de ser mãe.
Existe muito tabu em torno disso. O que a sociedade e a família esperam da mulher no lugar de mãe, e o que essa mulher faz ou deixa de fazer para atender essa expectativa. Ou mesmo suas próprias expectativas.
E ainda existem aquelas mulheres que não queriam ser mãe em primeiro lugar, mas o Universo as presenteia com essa possibilidade.
Depressão na gravidez
Todos esses medos e ansiedade na gravidez, quando não propriamente digeridos, algumas vezes podem culminar num quadro de depressão gestacional.
Os sintomas da depressão na gravidez podem, inclusive, se prolongar para o período do pós-parto, no puerpério, e trazer graves dificuldades da mãe cuidar do bebê, de amamentá-lo e até de se conectar com ele.
Acredito fortemente que tudo isso acontece porque a mãe, de alguma forma, se deparou com sombras e questões internas muito intensas durante a gravidez, e não por simples questão hormonal.
Teve insucesso nas tentativas de lidar com elas, principalmente por não aceitar ou acolher o que estava sentindo.
A natureza é sábia e não faria com que oscilações hormonais provocassem depressão nas mulheres que precisam cuidar da prole. A solução pode estar em um lugar mais profundo do que se espera, mas nem por isso é difícil de se alcançar.
Como cuidar da Saúde Mental e da Ansiedade na Gravidez?
E como a mãe pode encarar ou lidar com o reboliço mental que passa durante a gestação?
“A mente da gestante deve estar calma, pois suas crianças absorvem vida através dela, assim como as plantas fazem com a terra.”
Aristóteles
Listo abaixo algumas dicas do que pode ser feito para garantir a saúde mental na gravidez, não necessariamente em ordem de importância. Todas são igualmente importantes!
A gravidez pode ser um momento de muita evolução espiritual se as portas estiverem abertas.
Se os medos e ansiedade na gravidez foram abraçados e tratados com carinho, pode-se chegar num lugar de muita plenitude com seu bebê 🙂
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1. Escute seu corpo
A gravidez é sagrada. É o momento em que um novo ser é formado e, isso por si só, é sublime. Honrar e respeitar o que o corpo pede nesse momento, é necessário.
Viva com leveza, no tempo do seu corpo. Aceita que seu relógio biológico está diferente, agora anda em outro ritmo e está com dedicação voltada para a criação desse novo ser. Descansa se der vontade, movimenta e exercita o corpo quando ele pede. Alimente-se bem. Intuitivamente, você sabe o que seu corpo e seu neném requerem em cada fase da gestação.
Escuta a voz do teu corpo.
2. Pratique respiração consciente
Respirar é oxigenar. Dar oxigênio e vida para suas células e do seu bebê. Respirar com consciência é meditar. Te ajuda a entrar nesse lugar de calma e paz, que o corpo tanto pede para engendrar outro corpo.
É uma prática que contribui para a aquietar a mente e também a preparar os músculos envolvidos para o parto. A respiração é parte fundamental do parto, tanto física como emocionalmente.
Já reparou como nossa respiração muda de acordo com nosso estado de espírito?
3. Cultive o belo e a arte
Alimente todos os seus sentidos com coisas belas – visão, audição, olfato, paladar, tato. Assista a espetáculos da natureza, escute músicas gostosas, sinta aromas que te agradam, se presenteie com comidas e massagens deliciosas, por exemplo.
Esteja em contato com a natureza e aprecie o belo. Cante e dance, espante seus males!
4. Acompanhamento por uma doula
Doulas são deusas que te apoiam emocionalmente durante toda a gestação. É fundamental ter uma pessoa experiente para te orientar, um ouvido para te acolher, uma palavra carinhosa para te abraçar.
Ela vai te guiar por todo o processo, e fazer de tudo pelo bem-estar da família.
5. Converse com seu bebê
Se algo te entristeceu, aborreceu ou chateou, converse com seu bebê. Fale sobre seus medos e ansiedade. Explica para ele o que está sentindo e deixa claro que não é com ele. Que você está lidando com o que está acontecendo.
Dessa forma, não só você se livra da pressão de ter que estar sempre feliz e sorridente, porque o bebê capta tudo o que você sente, como você dá autonomia para ele ser independente e ter seus próprios processos, desde o ventre.
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6. Reconheça medos e sombras e transmute a ansiedade na gravidez
Na gravidez muitas sombras adormecidas aparecem. Chamo de sombras aqueles sentimentos que estavam ocultos, que deixamos guardados, e às vezes até esquecemos que os temos (ou nem sabemos).
Podem ressurgir memórias, lembranças, traumas, abusos. A gravidez é uma grande oportunidade de trabalhar essas questões, assim como os medos e ansiedade que aparecem, que na verdade tem uma raiz mais profunda.
O Thetahealing é muito eficaz nesse sentido. Limpa as crenças limitantes que estão no nosso subconsciente (primárias – do momento da concepção até o presente, genéticas – trazidas de ancestrais ou adicionadas aos genes nessa vida, históricas – de vidas passadas ou da consciência coletiva, e de alma – o que a pessoa é) e substitui por crenças mais harmônicas, permitindo um fluir mais leve.
Pode trazer curas que se façam necessárias tanto para a mãe como para o bebê no ventre.
Michel Odent, renomado obstetra francês diz “para mudar o mundo, precisamos mudar a forma de nascer”.
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Terapeutas Guia da Alma estão te esperando 😉