Lado Sombrio: você sabe reconhecer qual é o seu?
É preciso se autoconhecer para conseguir compreender nossos conflitos e limitações, mas também nossos pontos de poder e força. Todos nós temos um lado de luz e outro lado sombrio que precisam ser descobertos, vamos juntos?
A vida sem o despertar é só um passeio por essa existência! Acredito nos processos de evolução e na possibilidade de um bem viver.
Sou Denise, terapeuta no Guia da Alma. Boa leitura!
Índice
A polaridade do ser: luz e sombra
Você já se sentiu perdido em meio aos seus sentimentos? Em meio aos seus comportamentos?
Quantas vezes estamos em um caminho que não nos faz bem, mas temos dificuldade de encontrar diferentes saídas ou outras formas de significar o viver.
A maioria das pessoas gira nas mesmas situações no decorrer do tempo, como se fosse um “looping”. Uma repetição de semelhantes histórias. Relacionamentos que ferem. Palavras e momentos que machucam. Resultados que não desejam. Problemas financeiros que não se dissolvem.
No entanto, existem maneiras para reprogramar uma série de pensamentos e novos olhares para que sigamos um caminho mais saudável, mais condizente com o que desejamos.
Para que mudanças comecem a acontecer, é necessário um trabalho que se inicia com processos de autoconhecimento – justamente para identificar, em nossa personalidade, a luz e a sombra. Você já ouviu falar sobre esse conceito?
O arquétipo da sombra junguiana
Luz e sombra são conceitos abordados pelo psiquiatra e psicanalista Carl Jung (1875 -1961) que se inspirou no famoso filósofo Friedrich Nietzsche (1844 – 1900), o qual adorava ler e analisar.
Para Jung, todos temos em nossa personalidade um lado sombrio no qual se encontram os instintos mais primitivos, os medos mais pavorosos, os egoísmos mais latentes e os desejos mais reprimidos.
Podemos ilustrar, ludicamente, a teoria da luz e sombra por meio de filmes como Harry Potter ou Malévola (e tantos outros), nos quais os personagens principais se encontram em eterno entrelaçamento entre o “bem” e o “mal”.
A vontade de contribuir e o desejo de destruir. Arquétipos junguianos de luz e sombra. Extremos que convivem entrelaçados na constituição do ser em uma natural polaridade.
Reconhecer e aceitar o lado sombrio
É difícil, às vezes, compreender e aceitar que somos formados por essa tal polaridade, pela luz e pela sombra. Alimentamos culpas pelos sentimentos, atitudes que estão em nós.
Mas você sabia que a polaridade, inclusive, é uma das Leis Universais do Hermetismo (estudo e prática de técnicas que possibilitam uma melhor percepção do eu, do outro, da natureza e de Deus)?
As principais leis herméticas se encontram no livro “O Caibalion” e sobre a Lei da Polaridade se tem a seguinte afirmação:
“Tudo é duplo; tudo tem pólos; tudo tem o seu oposto; o igual e o desigual são a mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau; os extremos se tocam; todas as verdades são meias-verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados.”
Ao aceitar que somos formados por polaridades, luz e sombra, os processos de significação e tomadas de decisão se tornam mais conscientes.
A partir deste entendimento deixamos de nos soterrar com culpas (que se transformam, muitas vezes, em doenças no corpo físico) e focamos na oportunidade de fortalecer alguns comportamentos e amenizar outros.
Um processo lindo, sistemático, que nos coloca em um lugar de protagonista frente às mudanças que almejamos.
Ao realizar práticas de autoconhecimento, luzes e sombras se tornam mais evidentes. Com isso, podemos usar as luzes para facilitar a obtenção de nossos resultados e, com as sombras, temos a possibilidade de elaborar um plano de aceitação e reprogramação.
Estar ciente das vulnerabilidades que nos cercam, traz, portanto, um novo olhar para os direcionamentos que não desejamos. Conhecer, nos coloca em um lugar de ação e não apenas de vítima da vida.
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Nossas crenças e o lado sombrio
É possível comparar, até certo ponto, as sombras com os conceitos de crenças limitantes. Aquelas certezas que nos acorrentam em certos momentos, que nos deixam sem coragem para agir ou se transformar.
Exemplos de crenças limitantes:
- “eu nasci assim e não consigo mudar”
- “já estou muito velho para novos projetos”
- “não tenho conhecimento suficiente para isso”
- “não mereço ter sucesso”
- “ninguém é confiável”
- “nada é fácil”
Como estas afirmações ressoam em você?
Sombras podem nos impedir de tentar um viver melhor. São máscaras que usamos, armaduras que vestimos, medos que sentimos, desejos que suscitamos, superações que queremos, potencialidades que priorizamos.
Ao iniciar um processo de autoconhecimento, existem maiores chances de nos mover pela vida por meio de convicções direcionadas e, não, apenas, ser levados pela maré, na enxurrada da rotina e do cotidiano.
Você pode estar pensando, “difícil mudar, não?”. Sim, é um trabalho. Sair da nossa zona de conforto, mesmo que repleta de atributos negativos, não é fácil.
Há a necessidade de energia, persistência, assiduidade e perseverança. Não há resposta rápida. Mas, sim, um processo evolutivo. Um caminho para o conhecimento e evolução de si mesmo.
A vida sem o despertar é só um passeio por essa existência, façamos mais do que isso. Conheça sua luz, sua sombra e aprenda a viver com elas, sem culpa, sem medo.
“Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta.” Jung
As sombras nos deixam em um círculo vicioso de autossabotagem – medo, procrastinação, negatividade, autocrítica exagerada, falta de empatia consigo e com os demais etc. E, até certo ponto, tudo bem.
Todos temos as estratégias de autossabotagem, mas conhecê-las nos dá a oportunidade de, aos poucos, trabalhar para que nos afetem menos.
Nós e a todos que estão a nossa volta. Pois, quando iniciamos um trabalho de autoconhecimento, os relacionamentos têm a potencialidade de se tornarem melhores. A nossa autoimagem se torna mais límpida e menos embaçada.
“Ninguém se ilumina imaginando figuras de luz, mas se conscientizando da escuridão.” Jung
Forte, né? Mas lembre sempre que é preciso paciência. Ir passo a passo, respeitar os limites de um processo saudável, nos campos mental, físico e emocional.
Reconheça seu lado sombrio com autoconhecimento e gentileza
Sempre comento com meus clientes:
“Você não precisa realizar grandes saltos de início, vá devagar, comece com um passinho – faça com que as práticas de autoconhecimento entrem em sua rotina sem dor, sem sofrimento”.
Aos poucos, a mente vai entender as mudanças necessárias, se trabalharmos no caminho do bem e da evolução. Não há necessidade de se machucar. O processo de autoconhecimento deve vir com ações que favoreçam a gentileza, a compaixão com você mesmo.
Existem várias técnicas para a prática de autoconhecimento. Mas esse caminho é bastante particular, pois cada ser é único.
Em meus atendimentos, há uma estruturação individual (particular) de acordo com o cliente (suas necessidades, suas crenças, seus objetivos). Realizo, assim, uma consulta inicial para mapear o direcionamento dos procedimentos.
Depois, há um estudo sobre as melhores práticas a serem utilizadas, entre elas: escrita terapêutica, arteterapia, meditação guiada, equilíbrio energético (Reiki, radiestesia), reprogramação de pensamentos, ressignificação de momentos traumáticos, aromaterapia e cromoterapia.
Podemos realizar uma prática de cada vez ou com a possibilidade de se trabalhar de forma multisensorial e conjunta.
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Escrita Terapêutica
Um exemplo de prática que podemos aplicar para o autoconhecimento é a Escrita Terapêutica. Ela é usada para refletir e escrever sobre determinadas questões, como:
Você sofre com autocobrança? Em qual momento? Será uma energia sua ou a transferência de aprendizado que recebeu de alguém importante na sua vida? Você se considera merecedor (a) de uma vida próspera? Por que sim? Por que não? Você se considera capaz de conquistar seu sonhos? Como? Precisa de algumas mudanças para alcançar? Quais?
Aromaterapia
Outra técnica utilizada é a Aromaterapia que trabalha diretamente com nossas emoções, por meio da região límbica do cérebro, centro de comando dos sentimentos.
Os aromas contribuem, de forma orientada, para o fortalecimento de nossas luzes e amenizar nossas sombras. Práticas com o olhar sistêmico, com frases de cura e de reprogramação de pensamento também são usadas com bastante eficácia nos processos de autoconhecimento.
A vida é feita de polaridades: luz e sombra!
Ao iniciar o processo de autoconhecimento, tomamos consciência de diversas crenças armazenadas em nossa mente. Certezas que nos impedem de ficar em harmonia com nosso interior.
Para transformar, é preciso abrir o olhar, sair da nossa bolha de conforto. Ter a intenção de que é preciso essa busca para se viver melhor.
Outro ponto a ser levado em consideração é que qualquer mudança que desejamos realizar em nossas vidas, deve se iniciar com um processo interno.
A vida é feita de polaridades e de ciclos, altos e baixos, luz e sombra, todos entrelaçados em um tecido que é a nossa caminhada.
É preciso se autoconhecer para conseguir compreender nossos próprios conflitos, limitações e nossos pontos de poder e força. Para nos mover pelo mundo com convicção e planejamento.
Vamos iniciar essa jornada de autoconhecimento juntas?