Cansada de carregar o mundo nas costas? Esse artigo é pra você!
Me inspirei a escrever este artigo para às pessoas cansadas de carregar o mundo nas costas, pois tenho atendido muitas pessoas com início de burnout, depressão e sintomas de ansiedade!
E essas sessões têm nos levado a acessar a criança interior, para desbloquear traumas ou situações em que se instalaram os mais variados desconfortos e dificuldades, que estão se refletindo nas relações de trabalho.
Essa demanda me chamou muito a atenção. Principalmente, porque estamos passando por um período de transformação mais profunda na forma como nos relacionamos e interagimos com os elementos do ambiente corporativo.
Por exemplo, equipes mais maduras se deparando com os desafios em integrar o jovem profissional da “geração z”. E este questionando os propósitos das velhas condutas sistemáticas em ambientes corporativos, que resistem em aceitar um novo olhar para o caminho da produtividade.
Diante disso, estão profissionais que ainda não descobriram suas habilidades de empatia e têm sobrecarregado liderados, acionando nestes gatilhos emocionais e mentais.
Esse é um alerta de que todos nós precisamos de apoio emocional, seja para lidar com situações desafiadoras, ou para nos autodesenvolver.
Sou Sandra Silva, terapeuta holística Guia da Alma. Boa leitura!
Índice
Depressão, ansiedade e burnout: os males do século!
A cada ano a quantidade de pessoas que se percebem com algum tipo de distúrbio psíquico e emocional aumenta, desde muito antes da pandemia.
Veja os levantamentos divulgados pela Revista Veja que aponta que “86% dos brasileiros têm algum transtorno mental”:
“As doenças psicológicas mais comuns que possuem uma associação com o estilo de vida atual são: depressão, ansiedade, síndrome de burnout e transtorno bipolar. Problemas de saúde mental têm se tornado cada vez mais comuns em todo o mundo. A ansiedade, por exemplo, atinge mais de 260 milhões de pessoas. Aliás, o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas, 9,3% da população, segundo a OMS. E não para por aí. Novos dados mostram que 86 % dos brasileiros sofrem com algum transtorno mental, como ansiedade e depressão.
Algumas das pressões mais fortes podem vir do ambiente de trabalho: 20% dos funcionários ativos estão trabalhando sob forte pressão emocional, o que compromete a saúde física e psíquica, resultando em queda na produtividade, absenteísmo (faltas) e maiores taxas de contratação e demissão (troca de funcionário). Além disso, cerca de 32% dos trabalhadores brasileiros sofrem com os efeitos do stress — um dos primeiros sinais da síndrome de burnout —, segundo a International Stress Management Association (Isma-BR).
Outros dados recentes mostram que 49% dos trabalhadores no Brasil já tiveram crises de ansiedade, enquanto 44% dizem ter sofrido com o esgotamento mental devido ao stress profissional (burnout), segundo pesquisa realizada pela Talenses, uma empresa de recrutamento”.
Para o filósofo sul-coreano Byung-Chul Han:
“Excesso de ação sem sua contraparte contemplativa produz uma sociedade relativamente caótica, um terreno fértil para transtornos mentais”.
“A sociedade está cada vez mais imperativa e menos criativa. Quase que não produz nada de novo e reproduz e acelera o que já está disponível. E como consequência temos o cansaço e a falta de sentido na vida”.
Será que você carrega o peso do mundo nas costas?
Vamos entender de onde vem a origem dessa expressão e se você está sentindo “na pele” os efeitos de carregar este fardo.
Carregar o mundo nas costas: mitologia
Na mitologia, “carregar o mundo nas costas” está associado ao mito de Altas.
Atlas combateu Zeus que saiu vitorioso e lhe impôs o castigo de carregar eternamente o céu em seus ombros.
O mito de Atlas ilustra o fardo do sofrimento psicológico gerado pelo excesso de ocupação e preocupação, onde uma carga avassaladora é simbolicamente carregada sobre os ombros.
Não há espaço para descanso, nenhum intervalo para relaxar ou desfrutar de momentos de prazer. Para aqueles que se identificam com o mito de Atlas, o tormento fantasiado é uma constante sob o peso esmagador. Assim como para Atlas, carregar o mundo foi um castigo implacável, uma punição que não concedeu sequer um instante de alívio.
Carregar o mundo nas costas: sintomas
Nos últimos tempos você tem assumido responsabilidades que não são suas? Sente-se responsável pela sua família, amigos e colegas, colocando-os na frente das suas necessidades pessoais? Você se culpa pelos problemas do mundo?
Parece que você está carregando o mundo nas costas. Além da sobrecarga mental, as emoções também podem se expressar no corpo físico, através de sintomas como:
- Dores na região da cervical
- Dores de cabeça
- Peso nos ombros
- Tensão pelo corpo
- Bruxismo
- Aperto no peito
- Irritabilidade
- Exaustão
- Desânimo
- Distúrbios do sono
- alhas de memória
- Incapacidade em relaxar
Para a psicanalista Ana Suruagy Botto:
“Afazeres e mais afazeres. Pouco tempo para o descanso. Dedicação excessiva ao trabalho, aos problemas de terceiros e às obrigações. E a vida fica resumida à carga, deixando o prazer e o descanso de lado. Quando estamos sofrendo do “complexo de Atlas” estamos condenados a arcar com as responsabilidades alheias como se fossem nossas em um ciclo que impede o nosso próprio desenvolvimento pessoal como também, impossibilita que o outro cresça”.
Está fazendo sentido? Agenda sua sessão de terapia comigo!
Carregar o mundo nas costas: origem e causas
Cada pessoa é única, mas em meus atendimentos, tenho notado pontos em comum das pessoas que carregam o mundo nas costas:
Traumas e programações limitantes
Quando éramos crianças vivenciamos emoções fortes em situações de conflito que, naturalmente, não fomos capazes de lidar.
Além de não ter idade suficiente, também não tivemos alguém que nos ajudasse a dar sentido ao que estava acontecendo, colocar as coisas no lugar, identificar as emoções que inundavam o nosso peito, a nossa mente, o nosso espírito.
O nosso inconsciente absorve toda a carga emocional e psíquica. Na maioria das vezes, bloqueia o acesso da nossa mente racional ao conteúdo incompreendido ou reprimido como forma de impedir que nossa consciência reviva os sofrimentos gerados na infância.
Em terapia costumamos dizer que ficamos “congelados” na vivência traumatizante da infância.
Quando um gatilho externo é acionado, por uma pressão excessiva no ambiente de trabalho, por exemplo, pode vir à tona a carga emocional gerada naquele momento.
E, então, o inconsciente precisa dar vazão à toxicidade dessas emoções, há tempos represadas.
Consequências na vida adulta e trabalho
A externalização das emoções do passado é perceptível na maneira como nos comportamos diante dos desafios das relações humanas. Quando há algo que nos impulsiona a necessidade de agradar a todos, quando nos vemos diante da dificuldade em delegar tarefas ou ainda e em dizer “não”.
São forças internas que sustentam falsas crenças!
Ou seja, àquilo que fomos levamos a crer como verdade que carregamos conosco, instaladas em nosso inconsciente, limitando desde a adolescência o nosso desenvolvimento pessoal, ditando a nossa forma de pensar, agir e sentir nas diversas relações que envolvem a nossa vida.
Há uma somatização da carga emocional com os significados conturbados (ou ausências deles) que nossas memórias corporais registraram.
É o que chamamos também de programação limitante e que se manifestam como:
- Sensação de carregar o mundo nas costas;
- Dificuldade em lidar com o erro;
- Autopunição constante;
- Pensamentos de autossabotagem;
- Baixa autoestima;
- Medo do fracasso;
- Autocobrança excessiva;
- Procrastinação.
Quando experimentamos situações de alto teor emocional, o nosso cérebro superior é bloqueado e deixamos de pensar racionalmente.
Então, nossa memória associativa passa a atuar quando traz para o presente significados emocionais encontrados no passado das experiências vividas, dando aquela sensação de que tem algo que nos bloqueia, nos aprisiona para seguir adiante em nosso propósitos.
Você não precisa carregar o mundo nas costas, vem comigo!
Confira essas dicas especiais que preparei para você liberar o peso dos seus ombros:
Autoconhecimento como chave
Parar e olhar internamente para tudo que a gente vem reproduzindo sem perceber já é um bom começo para iniciar o caminho que nos leva ao autoconhecimento. Basicamente aprimorar a habilidade, que todos nós temos em algum nível, de se perceber interiormente, é meditar sobre si mesmo.
Autopercepção com meditação
Fazer uso da meditação para acessar momentos de pausa mental e emocional para auto-observar pensamentos, sentimentos e ações com mais clareza.
Um caminho que costumo fazer uso em minhas sessões de hipnose ou thetahealing é levar a pessoa para um espaço de meditação onde, em estado de relaxamento profundo, ela se veja como um drone que observa e capta informações numa visão ampliada de si mesma e se autoquestionar.
O autoquestionamento é uma direção para o propósito: por que carrego o mundo nas costas?
- Entre em estado meditativo e faça a pergunta internamente.
- Anote as respostas: muito provavelmente seu inconsciente vai liberar informações (insights) valiosas para o processo de autoinvestigação e autoconhecimento;
- Leve as anotações e percepções para a terapia.
O terapeuta especializado em encontrar a origem e identificar padrões repetitivos de comportamento ou programações limitantes vai te ajudar a entender e ressignificar os estados que geram desconforto ou dificuldade.
Acolha sua criança interior
Quando nos percebemos em um sentimento de carência eterna, numa busca por aprovação, cuidado e amor e numa espécie de vazio nunca preenchido, é a nossa criança interior enviando sua mensagem de socorro para salvá-la do estado de “congelamento” em que se encontra, paralisada nas dores do passado.
Trabalhar a nossa criança interior significa direcionar a atenção a nós mesmos, buscando a reconexão com a alegria, valorização interior, reconhecimento de nossas habilidades e capacidades, com a simplicidade e a leveza em ser criança.
Nossa criança necessita ser acolhida, amada e curada para equilibrarmos nossa essência, nos sentir conectados, íntegros e felizes com a gente mesmo!
Então, vamos parar de carregar o mundo nas costas?