Como lidar com a carência afetiva? 6 Dicas de ouro!
A carência afetiva caracteriza-se pela dependência acima do normal por outras pessoas, junto a inseguranças, vazio e medo da solidão.
Em casais, o grande problema das relações que sentem carência de atenção, ou de um certo conjunto de cuidados, não é a proximidade ou distância entre os parceiros, mas a incompatibilidade emocional que impede a conexão de acontecer e dificulta o entendimento.
Mas calma, nesse artigo vamos entender tudo sobre o assunto, e vou te dar dicas de como lidar com a carência!
Índice
O que é a carência afetiva e emocional?
O problema da carência afetiva começa a ser percebido quando suas relações dificilmente trazem sensações de preenchimento e tendem a gerar inseguranças que nunca são sanadas.
Por outro lado, você tem dificuldade para terminar e seguir seu caminho sozinho (a).
Nos casais, junto com a carência afetiva, pode surgir a incompatibilidade emocional, que é um fator que bloqueia a conexão plena entre um casal e vem da falta de interesse por entender as necessidades de cada parte.
Nesse ponto, o alinhamento de sonhos e expectativas vai se tornando confuso. A comunicação deixa de ser capaz de ajudar com acordos que garantam que os limites de proximidade ou distância entre vocês são suficientes.
Se você se identificou com boa parte dos relatos acima, você está com sintomas de carência afetiva, sob riscos de desenvolver uma dependência emocional.
Principais causas da carência
A carência afetiva e emocional, vem de um desenvolvimento precário da inteligência emocional.
Significa que você não aprendeu como faz para se organizar para encontrar os melhores meios de satisfazer cada uma das prioridades da sua vida e os momentos mais adequados para manejar essas prioridades.
A principal causa é o auto abandono e inversão da ordem de valorização das coisas, dando importância demais a algo que não é tão fundamental assim para seu bem-estar.
Você pode estar deixando de proteger e lutar pela afirmação das suas necessidades porque nem mesmo vê claramente quais são, se nunca aprendeu como distinguir e identificar isso em si.
A causa-raiz é um mal relacionamento consigo e a única maneira de superar a carência é dando a si a atenção que você precisa, investindo no autoconhecimento.
Qualquer outra medida é um paliativo que pode até abrandar sua sensação de carência, como se você tivesse podando as folhas de uma árvore. Mas a raiz ainda está ali e continua a crescer, até surgir na superfície novamente em algum momento.
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Carência afetiva: consequências
A carência afetiva pode gerar uma série de desafios nos relacionamentos. Entre eles a dependência emocional e relacionamento rebote, que entenderemos a seguir como funcionam!
Carência afetiva e dependência emocional
O primeiro indício é o de que você está se envolvendo repetidamente com pessoas e atividades que não te devolvem sensação de bem-estar.
As motivações podem vir de crenças limitantes transmitidas pela sua família, ou pela sociedade, mas não vem do seu coração, nem de um lugar de tranquilidade psicológica. Vem mais de uma ideia de ter que aceitar as coisas desse jeito por falta de opção melhor.
Se isso não é trabalhado com ajuda de um terapeuta, tende a se aprofundar em dinâmicas de dependência emocional!
É um desafio conseguir perceber sozinho os emaranhamentos e aprisionamentos que a dependência emocional vai criando antes de chegar à consequências como depressão e ansiedade crônicas.
Em suma, a carência ou dependência emocional é uma dinâmica de adiamento da satisfação.
- Você se submete à relações que te enchem de emoções negativas acreditando que isso é melhor do que estar sozinho.
- Dá amor a quem não te merece por acreditar que esse esforço hoje vai te fazer acumular créditos com essa pessoa para que ela te devolva o carinho que você merece no futuro.
Mas essa é uma ideia equivocada, pois é impossível sanar dívidas emocionais!
Mesmo que a outra parte da relação cumpra pedidos seus no futuro, você pode não sentir a alegria que esperava ter ali. Não existe essa certeza e garantia sobre o que vamos sentir.
Além do que, as tentativas de compensação emocional não anulam, nem substituem os traumas ou incômodos que você está passando hoje enquanto convive com uma pessoa incompatível.
A última consequência é a dinâmica do relacionamento tóxico, podendo levar à atitudes de relacionamento abusivo.
Carência emocional e relacionamento rebote
Ao encerrar um relacionamento amoroso que demonstrou incompatibilidade, é natural apresentar algum nível de carência emocional, pois você está passando por um processo de perda.
Viver o processo de luto é fundamental para tomar consciência das lições e conquistar maturidade a respeito dos desafios que a relação anterior propôs para você.
Contudo, pessoas que sofrem de carência afetiva não conseguem vivenciar esse processo tranquilamente e acabam emendando um relacionamento no outro. Esse evento é conhecido como relacionamento rebote e carrega certos perigos.
Os critérios de seleção de parceiros estão ainda mais baixos devido ao seu estado de desespero.
Os carentes afetivos já tem seu padrão de comportamento que evitam a solitude. Quando esse padrão está somado com as dores de uma separação, acabam se envolvendo com uma pessoa nova movidos somente pela sede de atenção urgente.
Outro ponto negativo é que o carente pode se tornar o abusivo da história dessa vez, por estar fingindo interesse em se relacionar quando, na verdade, não gosta daquela pessoa, só está usando-o como distração para evitar suas dores.
Quem está com discernimento nublado demais pelas frustrações de uma separação corre sérios riscos de entrar numa cadeia de relações tóxicas.
Amor ou carência? Sintomas e diferenças
O amor é baseado na observação do que você sente, seguido pela sinceridade para consigo mesmo e para com os demais sobre o que vem sentindo, culminando no compromisso de tomar decisões que estejam ao máximo alinhadas com sua paz interior e bem-estar físico.
- Amor fala a verdade;
- Não manipula o outro para benefício próprio;
- Nem nunca espera que o outro se prejudique para lhe fazer feliz;
- Preza pela satisfação de ambos, mesmo que para isso seja mais prudente uma separação amigável.
A carência é baseada no apego excessivo a uma experiência que agrada você somente na ideia, mas incomoda nos fatos.
Por exemplo: te agrada a ideia de ter um namorado, mas o namoro, na prática, está sendo uma experiência muito ruim e você permanece ali.
Apenas o objetivo final motiva um carente, porém o trajeto é desgastante, estressante, nunca evolui, nunca encontra soluções que melhorem as coisas para si.
É por isso que o sentimento de falta reincide, pois você não consegue sentir que essa relação te preenche o suficiente.
Se o casal está passando por incompatibilidades e não está conversando sobre elas, é comum que a carência cresça entre eles.
A insegurança se torna mais comum que a segurança e você cai em cobranças frequentes, como: jogar na cara do outro as coisas que fez por ele até aquele momento, muito ciúme, inveja e conflitos.
Estou apaixonada ou carente? Teste!
É natural dentro das relações ter disposição para atender pedidos dos outros. Especialmente no começo, quando a paixão dá uma energia extra porque já chega alterando a bioquímica do corpo!
Essa é, provavelmente, uma das fases mais importantes para usar da inteligência emocional e cuidar do seu nível de entrega.
Tome consciência e responsabilidade pelo seu estado atual. Seu corpo está te ajudando por um lado, com tempestades de sensações maravilhosas, mas também está te vulnerabilizando por outro lado, reduzindo sua capacidade de julgar.
Se você sabe que está apaixonado, evite se deixar levar pelo calor do momento e se evolver em decisões impulsivas. Antes de assumir compromissos, tire um tempo para racionalizar se deve ou não fazer aquilo.
Já que na paixão hormônios do sistema de recompensas ocitocina e dopamina ficam mais ativos, o menor sinal de gratidão vindo do seu par pode te jogar nas nuvens. Isso pode facilitar uma ilusão de que todos os esforços estão valendo a pena, quando não é verdade.
A recompensa hormonal imediata pode ser muito tentadora, mas você precisa ter certeza que isso não está vindo às custas de comportamentos que prejudicam áreas essenciais da sua vida.
Por exemplo: gastar dinheiro demais, que você não tem, com presentes, jantares e viagens.
Também não é benéfico que seu relacionamento retire seu foco daquilo que garante seu sustento, como seu desempenho na faculdade e no emprego. A generosidade nunca pode vir junto com o excesso de esforço, com sacrifícios.
Sinal vermelho se a paixão te levar ao abandono de suas prioridades, te levar à trair seus valores, ou à desonrar quem você é para satisfazer ao outro. São sintomas de que a dependência emocional está crescendo, passando dos limites.
Você também nota que está fazendo mal uso da sua paixão quando a autoestima está frágil demais, porque qualquer resposta negativa ou crítica do outro te faz sentir imensa derrota.
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Como lidar com a carência afetiva? 6 dicas de ouro!
Se você se identificou com os sintomas de carência afetiva e dependência emocional citados ao longo do texto, confira as recomendações a seguir:
1. Atenção às emoções
Lembre que suas emoções só existem no presente e não funcionam por sistema de compensação. Você não tem que se resignar com sofrimentos hoje como promessas de benefícios futuros.
Se algo está ruim hoje, leve isso em consideração para elaborar estratégias que te tirem dessa.
2. Seja receptivo às mudanças
Suas emoções são mutáveis e imprevisíveis.
Por exemplo: ontem você foi à praia e se sentiu bem. Mas isso não quer dizer que todas as vezes futuras que você for à praia vai sentir a mesma coisa.
3. Acolher as emoções
Seu sentir é o seu sistema de GPS e está sempre com informações atualizadas, indicando os caminhos para onde você pode ir e onde evitar.
É fundamental estar atento ao que surge, momento a momento, e com disposição para acolher-se sem julgamentos iniciais.
Sensações de ódio ou inveja podem ser desconfortáveis, mas é importante nunca reprimi-las, nem se condenar por estar experimentando isso. Você é humano e isso faz parte da sua natureza.
O trabalho de pensar a respeito dessas emoções e cuidar para que elas não cresçam em você é uma segunda etapa e você terá oportunidade de fazer isso.
4. Autorresponsabilidade
Suas emoções existem dentro de você, portanto você é quem precisa se responsabilizar por elas em primeiro lugar, sem esperar que o outro tome conta disso no seu lugar. O outro já tem suas próprias emoções, desejos e necessidades para observar.
5. Aprecie sua companhia
Conforme você vai ganhando mais consciência de suas emoções, automaticamente aumenta sua conexão consigo e a vontade de fugir de si mesmo vai desaparecendo.
Nessa altura você já pode começar a aprender a apreciar sua própria companhia. Pode investir em programas e atividades mais autônomas.
Também pode aproveitar os dias que está se sentindo bem para iniciar o cultivo da solitude, de passar tempo apenas contemplando a convivência com seus próprios pensamentos.
6. Peça ajuda de quem está interessado em te ajudar
A psicoterapia é muito importante como suporte no desenvolvimento da sua inteligência emocional e na percepção da sua transição de carente afetivo para pessoa segura, repleta de autoestima e amor próprio.
Se você gostou dessas dicas e sabe que chegou o momento de começar seu acompanhamento, venha visitar o Guia da Alma: plataforma de terapias e saúde mental!