Terapia do Renascimento: da concepção à vida

Entenda qual a origem dos grandes dramas da vida.
mulher em terapia do renascimento
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Entenda os 4 primeiros estágios da vida (concepção, gestação, nascimento e primeiras horas de vida), de acordo com a visão da Terapia do Renascimento e porque eles representam 84% de quem somos! Boa leitura!


O que é Terapia do Renascimento?

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Foto: https://inexh.com.br/

A Terapia do Renascimento (Rebirthing therapy, é uma terapia que explora memórias que carregamos por todas as fases da nossa vida, cargas que recebemos da nossa linhagem genética e, até mesmo, memórias de outras vidas.

Renascimento é o nome dado a uma prática respiratória experienciada por Leonard Orr a partir de suas próprias experiências em meados das décadas de 1960 e 1970.

Concomitantemente havia uma equipe igualmente trabalhando o Renascimento como terapia no continente Europeu, mais precisamente na Alemanha e liderada pelo Dr. Rudiger Dahlke.

A base do Rebirthing é a respiração como condutora da prática. Uma forma consciente de respirar que tem sido chamada de Respiração Circular, Repiração Conectada ou Respiração Associada, na qual não há pausa entre a inalação e a expiração.

A procura pelo Renascimento ocorre entre outros motivos, principalmente para resolução de traumas, redução da ansiedade, estabilização de emoções e trabalhar o sistema de crenças, que por vezes são barreiras ao nosso desenvolvimento.

Quero enfatizar que o Renascimento é uma terapia complementar, portanto, em momento algum um tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico prescrito deve ser ignorado.

Acreditamos que todos os grandes dramas que carregamos, sejam doenças, incapacidades, medos, entre outros têm sempre uma memória associada.

Neste artigo vamos explorar um pouco as fases iniciais da vida que, segundo antigos ensinamentos indianos, representam até 84% de quem somos em essência.

Ou seja: a maior parte dos dramas da vida de uma pessoa se originaram em quatro momentos. Vamos saber mais sobre?

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Terapia do Renascimento: concepção

ícone de Terapia do Renascimento: concepção

O ato da concepção de um Ser deve ser um ato de amor pleno, pensado, planejado e organizado para que o Ser concebido receba uma carga amorosa, o que certamente faz com que este tenha uma vida feliz e harmoniosa.

Como pregam estudos como o CIV da Dra. Eleanor Luzes no Brasil, os casais devem se preparar para a maternidade, muito tempo antes da concepção, para que este seja verdadeiramente um ato de amor, amor pela vida gerada.

Tudo o que envolve a concepção é registrado e guardado no inconsciente do Ser concebido, então um ato amoroso registrará memórias amorosas, enquanto um ato violento guardará memórias violentas.

A intensidade dos atos potencializa as memórias e comportamentos provenientes delas.

Mas alguém pode questionar: “como um Ser em concepção, que ainda não é nem um embrião, pode ter memórias desta fase da sua vida?

A resposta a esta pergunta não é muito simples, mas gosto da perspectiva de que somos Consciência, antes de sermos forma.

Portanto, nossa consciência nos acompanha desde antes de sermos concebidos, o que justifica toda uma preparação dos pais para este importante ato de amor.

Não é incomum que pessoas revivam cenas de sua concepção em uma sessão de Terapia do Renascimento, quando há cura a ser trabalhada proveniente dessas memórias, que entendo ser a única razão inteligente para se reviver uma memória inconsciente.

Faz sentido pra você?

Terapia do Renascimento: gestação

ícone de Terapia do Renascimento: gestação

Durante o período de gestação, também chamada de vida intra-uterina, o Ser em desenvolvimento capta e guarda todas as memórias relacionadas ao seu meio, como:

  • Riscos e ameaças para esta vida;
  • Aceitação ou rejeição de sua vinda pelos pais;
  • Medos e angústias da mãe.

Ou seja: o meio e forma de vida da mãe (hospedeira) influencia o Ser em formação.

A responsabilidade pela concepção, portanto, é refletida no processo de gestação, que deve ser encarado pelos pais com consciência de que tudo o que ocorrer influenciará a vida da criança gestada.

É muito comum que pais tenham preferências por gênero da criança que irá nascer e esta preferência é captada pelo Ser, então muitos distúrbios relacionados à sexualidade, autoestima, pertencimento e aceitação provêm desta vida.

Alguns fatores podem ser guardados no Ser Nato e causar inúmeros transtornos e dramas ao longo de sua vida pós nascimento, como:

  • Tentativas de aborto espontâneos ou provocados;
  • Uso de substâncias tóxicas pela mãe;
  • Acidentes e traumas;
  • Entre outros.

Costumo dizer que todos os nascidos têm pelo menos duas vidas comprovadas:

  1. Vida intra-uterina;
  2. Vida pós-nascimento.

Pois são vidas absolutamente diferentes.

No ventre a vida é aquática, a nutrição e absorção de oxigênio é feita através do cordão umbilical; não há necessidade de respirar, de comer, de falar, de se vestir e, na maioria dos casos, é uma vida solitária, ou seja, aquele mundo (ventre) é exclusivo.

Nascimento

ícone de nascimento

Para uma criança, o nascimento é também uma morte. A morte da vida intra-uterina para o nascimento na vida, como a conhecemos.

Muitos dramas que carregamos provêm deste momento da vida, por isso a importância de um nascimento natural.

Os movimentos de partos humanizados, a volta dos antigos serviços de doulas e parteiras domiciliares não são apenas modismos, é um resgate da forma natural do nascimento humano.

Somos a única espécie animal que precisa de alguma ajuda no nascimento.

Justamente porque as mulheres perderam a sua capacidade natural de parir, devido ao avanço do consumismo, pelo medo que as culturas vêm impondo ao longo de décadas, pelos interesses das indústrias farmacêuticas e médicas, entre outros fatores.

Parir é uma capacidade nata de todas as mulheres e ter consciência dessa capacidade é o que diferencia partos naturais tranquilos de traumáticos.

Ao contrário do que se prega, o nascimento não é necessariamente acompanhado de dor e sofrimento. Ele pode ser muito prazeroso, como um êxtase de plenitude da feminilidade da mãe/mulher.

O respeito ao ciclo natural da vida no parto é fundamental para que a criança tenha uma vida mais saudável.

O coroamento da passagem vaginal é uma das perfeições da natureza, porque ao passar comprimido por este canal são liberados fluidos corporais e ativados neurotransmissores na criança, importantes para a formação e fortalecimento das capacidades de sobrevivência desta no mundo externo.

São raros os casos em que os estímulos necessários são aplicados nos partos cesarianos, como também é raro que se respeite o tempo de pulsação do cordão umbilical após o nascimento.

A primeira respiração deveria ocorrer naturalmente, após o cordão umbilical parar de pulsar, pois enquanto pulsa (o que leva em média 4 minutos após o nascimento), a criança não necessita nada além do que já recebe pelo cordão, nem respirar.

Quando cessar a pulsação do cordão, este ficará branco e então a criança naturalmente irá descobrir a respiração como única forma de nascer nesta nova vida.

Muitas das doenças respiratórias e bloqueios do mecanismo respiratório provêm das memórias da primeira respiração mal feita.

Do trauma que a criança passou ao respirar pela primeira vez, porque é dolorido e agressivo para ela quando o ar adentra em seus pulmões pela primeira vez.

Muitos dos dramas que carregamos estão ligados a esta fase, porque infelizmente terceirizamos o rito de passagem mais importante da vida: o nascimento. Por medo ou comodismo, sem termos consciência da importância de um nascimento natural.

Mas, felizmente, estamos evoluindo em consciência. Além do que, com as técnicas adequadas, como a Terapia do Renascimento, tais dramas e memórias podem ser acessados e a energia que estes consomem resgatada, liberando assim os dramas relacionados a isso.

Benefícios do Rebirthing Therapy

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Foto: Horacio Sormani – Science Photo Library

A forma como somos recebidos em algum lugar é muito importante, não?!

Pois bem, as primeiras horas de vida determinam a qualidade da recepção que tivemos nessa vida, ou seja, com que energias nos conectamos.

É muito diferente para uma criança ter o acolhimento e permanecer com a mãe o tempo todo após nascer.

Assim como é importante que só pessoas que tenham relações afetivas próximas com esta criança estejam presentes no seu nascimento e nas primeiras horas de vida, pois serão estas memórias energéticas que a criança carregará pela sua vida.

Esta é uma das razões para que os partos ocorram em casa e não em hospitais.

Ser recebido por pais, irmãos e avós é muito diferente de ser recebido por médicos e enfermeiras, além de um outro número de pessoas, seja nos berçários, seja nos corredores, que se conectam energeticamente com aquele Ser que chega.

Um ato de amor dos pais pela criança que chega deveria ser preservá-la ao máximo do contato com terceiros, pelo menos no primeiro dia de vida.

Caso não seja possível, pelo menos deve acontecer nas 6 primeiras horas após o nascimento, que é quando o corpo de energia da criança se cristaliza.

No meu caminho, tenho acompanhado bravas mulheres que tiveram coragem e ter um parto natural, assistidos ou não, preservando seus filhos nos momentos iniciais da vida, e o resultado é espetacular.

O contrário, com o afastamento da mãe e conexão com energias estranhas, pode gerar na criança memórias de dramas que serão guardados no seu inconsciente e podem vir a manifestar vários dramas ao longo da vida.

A prática do Rebirthing Therapy (Terapia do Renascimento) trabalha todos esses pontos.

Como a prática de Rebirthing requer um estado de relaxamento profundo, aos poucos vamos acalmando nossa mente e permitindo que nossa consciência esteja com maior frequência no momento presente, não tão adiante em pré-ocupações. Esse é grande ganho que levamos para nosso cotidiano.

Ao sentirmo-nos calmos e relaxados, enviamos informações para o cérebro (córtex pré-frontal e amígdala) que está tudo bem.

Com a prática do relaxamento se tornando um hábito, o cérebro também vai aprendendo, porque vejam como funcionamos: ao invés de criar novas soluções, é mais fácil, requer menos esforço e menos gasto energético, buscar pelo que já é sabido e acostumado (zona de acomodação), tais como reações rápidas como resposta a situações de perigo, ameaça, medo, desconforto.

O que é sentido durante a prática é bem subjetivo, varia de acordo com cada caso a ser tratado e de como a pessoa se entrega à experiência. Segundo minhas experiências pessoais e casos atendidos, as experiências variam de:

  • Sensações corporais;
  • Percepção aguçada;
  • Sensação de reviver um determinado episódio da vida;
  • Encontros consigo mesmo (sombras) para resolução de traumas e medos;
  • Acesso a estados incomuns de consciência com experiências de pico.

Às vezes, é necessário o término da integração (2 a 3 dias ou mais) para encaixar as peças, fazer ligações entre as sensações, visões, emoções e pensamentos ocorridos que podem não fazer qualquer sentido durante e imediatamente após a prática. Integrar aqui significa transcender e incluir.

Outros apontam para total clareza e enxergam a experiência como respostas às questões problemáticas logo após a sessão, mais um dos vários benefícios do Rebirthing! 🙂

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