Eu – papéis e realidade
O que é possível dizer é que tudo aquilo que eu acredito ser, não sou.
Por exemplo: não sou o computador, mas também sou o computador. Não sou a Terra, mas também sou a Terra… Somos da espécie humana, que possui um gênero, identificada por um nome e números (documentos), e papéis que vamos desempenhando ao longo de nossas vidas.
Assim constatamos que somos interligados a tudo e a ideia de separação EU – OUTRO, OBSERVADOR – OBJETO, foi o que criamos para interagirmos.
Índice
Então o que é a realidade?
A realidade é algo inominável, as palavras simbolizam mais do que seu significado, coligado a vários níveis de entendimento ou consciência, contudo nenhum deles é fixo ou permanente.
Por exemplo: sou filho, mas não só isso, sou mulher mas não só isso, sou profissional, mas não só isso!
Diante dessa infinitude nossa mente foi criando formas, advindas da observação, identificação, classificação, desenvolvendo emoções, pensamentos de separação, estabelecendo distanciamentos pelas múltiplas interpretações.
Diz-se numa metáfora budista:
“… um mesmo pote de água é visto
no reino dos Deuses, como um pote de néctar
no reino dos Humanos, como um pote de água
no reino dos Infernos como um pote de sangue.”
Como compreender a realidade como ela é?
Fato é que nossas emoções conturbadas e expectativas, pintam nossa realidade com projeções.
Contudo, ao reconhecermos essa tendência, devemos direcionar nosso pensamento na busca da compreensão de nossa mente individualista e seus fundamentos. E ao nos aprofundarmos, vamos identificando aquele EU pequeno, separado de todas as coisas.
Em termos de entendimento astrológico:
- Podemos alcançar a compreensão de aspectos da nossa personalidade: o ASCENDENTE.
- Conhecer as características de nossas ações: pela posição de MARTE.
- Acessar o universo tangível dos sentimentos: pela posição de VÊNUS.
- Identificar os labirintos emocionais: que estão ligados à LUA.
- Reconhecer padrões e expressões da mente: relacionados a MERCÚRIO.
E todos estes aspectos também se manifestam por nossos temperamentos: fleumático, sanguineo, colérico, melancólico… UFA! Ah, e ainda temos o inconsciente coletivo e suas figuras de linguagem, que nos aproxima em saberes nem sempre advindos de conhecimento prévio (leituras, instruções e afins).
Estas figuras podem ser identificadas com arquétipos, possivelmente da alma, segundo a tradição reencarnacionista: da figura do pai, da mãe, do velho sábio ou EREMITA, de um poderoso IMPERADOR, um habilidoso mestre das energias ou MAGO, um herói das páginas em quadrinhos ou mais atualizado dos videogames… mas não só isso!
Somos o todo manifesto, constituído de inúmeras substâncias em proporção equivalente, que dependem de estímulos para crescer e desenvolver-se. Estamos submetidos a um conjunto de causas e condições, conduta, ao meio em que nos encontramos, e o livre-arbítrio que, segundo pesquisas, representa apenas 5% de nossa constituição e condição.
“A mente é o ensinamento.” Mas as pessoas que não despertaram não acreditam nas suas próprias mentes, e nem que entendendo este ensinamento elas podem tornarem-se sábias.
“Elas preferem procurar conhecimento distante e esperar por coisas no espaço, imagens de Buda, luz, incenso e cores. Elas caem na reza para a falsidade e perdem suas mentes na insanidade.” Sermão do despertar de Bodhidharma.
SOMOS A VIDA DA TERRA.
O que mexemos na teia da vida, a teia da vida mexe em nós.
Que todos possam se beneficiar.
Gashô
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