Núcleo do amor
Deformados pela construção superficial ditada por regras sociais, religiosas, filosóficas, científicas,… vagamos pela margem corporal. Negligenciamos desejos, sublimamos paixões, controlamos o sentir, calamos a voz interior… explodimos em depressão, um salto no precipício da vastidão circunscrita pelas tendências ambientais; isolamento adestrado que cega a intimidade, persuade o aroma da beleza e do universo do AMOR.
Conflitos… insegurança
Abandono… insegurança
Desprezo … insegurança
Desrespeito… desafeto
Um mundo arredio!
Do instinto selvagem à doma em flor.
A doma constrange, educa, vulgariza a dor.
Camadas impostas pela doma displicente impõe um labirinto estreito num caminho obsoleto, fugidio do esplendor… sem saída para o AMOR.
A ilusão, o sonho de outrem tiraniza mentes e vidas, extrai a capacidade circunscrita a cada indivíduo de SER no presente a semente saudável do amanhã.
Nos armadilhamos no inconsciente pelo trauma que nos acolhe e com determinada ignorância responsabilizamos o outro pela aflição acometida por demasiado desamor.
Uma auto compaixão mascarada pela culpabilidade depositada no exterior se instala e a vitalidade da vida vaza pelos poros da incompreensão alheia.
Instintivamente reduzimos o saber ao princípio da imitação, reproduzimos automaticamente tudo o que está fora e imaturamente nos comportamos como infantes na vida adulta.
Nos movemos em direção ao prazeroso e conhecido, mesmo que o prazer represente dor, abandono, restrição, subjugação, desrespeito…
Além nos penduramos no pensar e dali concebemos nossa existência em partes. Fragmentamos o todo, o que está dentro e o que está fora. Delegamos o invisível a sábios de todos os tipos e nos precavemos antes de chegar no campo do SENTIR, justamente aquele que unifica o SER.
Geralmente, SENTIR dói. Um emaranhado de memórias celulares expõe a negligência sofrida durante a primeira infância quando o SENTIR era mais do que natural, quando o SENTIR se construía e a criança não era ouvida, acolhida, respeitada.
Invariavelmente o autoconhecimento é retórico, quando na realidade deve ser objetivo, total indivisível. A busca por sentir AMOR se torna incessante e as interferências consomem as forças, o indivíduo percebe-se incapaz de OLHAR, simplesmente olhar de dentro de si.
É de dentro que tudo nasce, de “dentro pra fora”. É na emersão que o autoconhecimento acontece. É do núcleo que o SER surge para ser adubado, regado, aquecido, … AMADO.
Não há novidades. Retornar a origem é se reconectar a frequência do AMOR. A concepção de um ser só é possível quando a terra encontra a semente em plena sintonia com a frequência da CRIAÇÃO, que é a mesma frequência do AMOR. Só e somente com esta sintonia a concepção é possível.
A frequência da CRIAÇÃO, do AMOR é instituída pelo universo; entretanto, o aprendizado de AMAR e SENTIR-SE AMADO é ensinado pela sociedade, pelo que foi implantado em nossos pais ou cuidadores, a partir de onde conhecem o AMOR. Inevitavelmente é nesta frequência que vibraremos ao longo de nossas vidas.
Se a primeira infância foi recheada de descaso, desafeto, traumas, abandono, violência… aprende-se, inconscientemente, que AMOR é sinônimo desse desamor todo, assim nos foi nominado, e ao mesmo tempo que passamos a vida buscando sermos amados… somos incapazes de amar de fato.
Amor: o que queremos nós?
Respeito!?
Compreensão!?
Aceitação!?
Segurança!?
Afeto!?
Acolhimento!?
Aceitar o fato de que a busca incessante passa pela descoberta e compreensão do que é o AMOR é o primeiro passo em direção a si mesmo, em direção a cura pessoal.
Existem múltiplas interferências, tanto positivas quanto negativas, na atual realidade de cada um que impedem o “ser de SER original”; interferências invisíveis que manipulam mecanicamente suas respostas transformando-as em reações, interferências que impedem que nos amemos a partir da mesma referência de AMOR.
Que tal investigar, de dentro pra fora, onde se fundamentam suas referências de AMOR? Que tal contar com o auxílio de terapias que reorganizem as frequências físicas, mentais e emocionais para sintonizá-las ao AMOR original!?
O Estado de Graça é para todos! Precisamos de auxílio pois não fomos ensinados a “emergir” e sim imergir. Da margem pra dentro nos deformamos pois carregamos partículas exteriores e contaminamos o núcleo central de nosso SER. Do centro pra fora desabrocharemos em luz e flor exuberante expressando a íntima beleza e o Amor.
Sugiro a leitura do texto RECADO de minha autoria publicado no Blog Veia Cilíndrica.