A Astrologia segundo a visão Iogue

Veja reflexões de Paramahansa Yogananda e Sri Yukteswar sobre os astros.
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No livro Autobiografia de um Iogue, Paramahansa Yogananda traz reflexões sobre o que é a Astrologia para os Iogues e Yoginis.

 

Astrologia Iogue

Paramahansa Yogananda e Sri Yukteswar

Trago estes trechos até vocês, pois, apesar de não ser astróloga, gosto muito do tema! E quando li estas partes do livro, me identifiquei muito com a maneira com a Astrologia é tratada por Yogananda e seu amado mestre Sri Yukteswar.

Ouço muitas pessoas usarem a Astrologia de forma determinista, para reclamarem da vida ou para justificarem atitudes impróprias!

Yogananda traz a reflexão de que a Astrologia é uma poderosa ferramenta de autoconhecimento. E que por meio dela, podemos aprender quais são nossas forças e fraquezas para atingir o caminho da evolução.

O mapa astral natal é como um código interno que você precisa decodificar ao longo da vida para saber onde está aquela ferida que parece nunca curar (Quíron), como você se relaciona com sua espiritualidade (casa 12), quais aspectos você traz no seu inconsciente (fundo do céu), entre tantos outros significados.

A interpretação da Astrologia pessoal (mapa astral e revolução solar) deve sempre ser feita com muita cautela e por astrólogos sérios. É uma observação complexa, que trata de assuntos profundos da alma de uma pessoa.

 

Astrologia em trechos do livro: Autobiografia de um Iogue

Vamos aos trechos do livro que falam da Astrologia segundo a visão Iogue!

“Todas as partes da criação estão interligadas e permutam suas influências. O ritmo equilibrado do universo tem sua raiz na reciprocidade. O homem, em seu aspecto mortal, tem de combater dois grupos de forças – primeiro, os tumultos de seu próprio ser, causados pela mistura dos elementos terra, água, fogo, ar e éter; segundo, os poderes externos e desintegradores da natureza. Enquanto luta com sua mortalidade, ele é afetado por miríades de mutações do céu e da terra.

A Astrologia é o estudo das reações do homem aos estímulos planetários. Os astros não tem qualquer benevolência ou aversão consciente; meramente enviam radiações positivas ou negativas. Por si só, não ajudam nem prejudicam a humanidade, mas oferecem um canal lícito para a operação exterior dos equilíbrios de causa e efeito que no passado cada homem pôs em movimento.

Uma criança nasce no dia e hora exatos em que os raios celestes estão em harmonia matemática com seu karma individual. Seu horóscopo é um retrato desafiante, revelando seu passado inalterável e os resultados prováveis em seu futuro. Mas o mapa astral só pode ser corretamente interpretado por homens de sabedoria intuitiva: estes são raros.

A mensagem ousadamente proclamada através dos céus no momento do nascimento não tem a intenção de dar ênfase ao destino – o resultado do bem e do mal passados – mas de despertar a vontade humana para escapar do seu cativeiro universal. O que o homem fez, ele pode desfazer. Ninguém, além dele mesmo, foi o instigador das causas cujos efeitos agora prevalecem em sua vida. Ele pode superar qualquer limitação, primeiro porque a criou com suas próprias ações e também porque possui recursos espirituais que não estão sujeitos às pressões planetárias.

O medo supersticioso à astrologia produz autômatos dependentes, como escravos, de orientação mecânica. O homem sábio derrota seus planetas – isto é, seu passado – transferindo sua fidelidade da criação para o Criador. Quanto mais ele perceber sua unidade com o Espírito, menos será dominado pela matéria. A alma sempre é livre; imortal porque não tem nascimento. Não pode ser regida pelos astros.

O homem é uma alma e tem um corpo. Quando ele situa apropriadamente o seu senso de identidade, deixa para trás todos os padrões compulsórios. Enquanto permanecer confuso em seu estado comum de amnésia espiritual, experimentará os grilhões sutis das leis do ambiente.”

“Só quando o viajante atingiu sua meta é que pode dispensar seus mapas. Durante a jornada, ele aproveita qualquer atalho conveniente.”

Sri Yukteswar, página 202

 

“Vim a compreender que a inscrição dos astros na hora do nascimento não significa que a pessoa seja um fantoche de seu passado. Sua mensagem é, na verdade, uma cotovelada no orgulho; o próprio firmamento procura despertar a determinação humana de ser livre de toda limitação. Deus criou cada homem como alma dotada de individualidade e, portanto, essencial à estrutura universal, seja no papel temporário de pilar ou de parasita. Sua liberdade é final e imediata, se assim quiser; depende das vitórias internas e não externas.”

Yogananda, página 204

 

“O Kriya Yogi dirige mentalmente sua energia vital para cima e para baixo, em torno dos seis centros espinhais (bulbo raquiano e plexos cervical, dorsal, lombar, sacro e coccígeo), correspondentes aos doze signos astrais do Zodíaco, o Homem Cósmico simbólico. [..] O sistema astral do seu humano, com seis constelações internas (doze, por polaridade), girando em torno do sol do olho espiritual onisciente, está inter-relacionado com o sol físico e os doze signos do Zodíaco. Todos os homens são afetados por um universo interno e outro externo.”

Sri Yukteswar, página 294

Profundas reflexões, né? Assim é a ciência da Astrologia!

Quando vemos nosso mapa astral, estamos observando apenas os principais aspectos e planetas próximos (e já é complexo). Agora já imaginou que assim como você está sendo influenciado pela vibração de Júpiter ou Saturno, eles também estão sendo influenciados por milhões de outros planetas e estrelas da galáxia? E de outras dimensões?

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