Entendendo o poder das Plantas Xamânicas
Por que ingerimos plantas xamânicas, também chamadas de “professoras”? Quais são e por que são chamadas de medicinas, sacramentos e enteógenos? O que acontece quando tomamos uma substância que altera nossa consciência de uma maneira enteógena? Quais precauções e preparativos são importantes para evitar riscos e aproveitar os benefícios ao máximo? Vale a pena?
Saiba mais no artigo de Guilherme Barcellos, Constelador Familiar Xamânico e Mestre em Spiritual Psychology.
Cada planta tem sua história contada de maneiras diferentes de acordo com o povo que a utiliza. São mitos, lendas e explicações de como o conhecimento foi passado do mundo dos espíritos para o benefício das criaturas da terceira dimensão.
Ao redor do mundo existem vários vegetais, fungos e animais que produzem substâncias ampliadoras da consciência e quem as consagra pode ter experiências de conexão com o todo, outras dimensões, aprendizado profundo ao nível da alma, mesmo que a mente não consiga entender ou registrar. Com a prática, é possível observar e reter as informações provenientes da expansão da consciência. Assim, as jornadas podem ensinar chaves para salvar vidas em perigo, trazer saúde ao corpo, mente e emoção.
Benefícios do uso das plantas xamânicas
Encontramos a origem divina que brilha dentro de cada um de nós com as bênçãos destas plantas de conhecimento. Assim deu-se o nome de enteógenos a estas substâncias, emprestando do grego: (en≈ dentro, theo ≈ deus, genos ≈ gerador). Ayahuasca, Peyote, São Pedro, Cannabis, Psilocibina, Amanita, Jurema, Iboga são alguns indutores do estado ou êxtase xamânico, que é experimentado como mirações, visões, sinergia dos sentidos (sinestesia), insights, extrema empatia, projeções da consciência, resgate de partes da alma, clarividência, clariaudiência, glossolalia, reavaliação da vida, aumento da criatividade e força, intenso amor incondicional, etc.
As experiências com estas maestras desenvolvem a glândula pineal (como o faz a prática da meditação) e muitas vezes são similares a um sonho acordado ou um profundo estado meditativo. A pineal é a conexão do corpo com o espírito, ela é nossa noz, nossa preciosidade que emite e recebe informações do campo astral (ou campo quântico, para usar palavra mais científica) e fica protegida dentro da cabeça.
A glândula pineal é tão importante que os governos do mundo tentam calcificar esta glândula cerebral e bloquear suas atividades adicionando flúor na água, assim evitam que a maioria perceba que é manipulada. Beba água da fonte, não beba da torneira!
Preparativos e precauções
Uma vivência com algum destes sacramentos pode mudar a vida para sempre, e para melhor! Sentir-se uno com todo o universo ou experienciar a própria criação deste universo pode ser inesquecível, um aprendizado indescritível que vai além do pensamento comum. Poder se ver a partir de uma outra visão, uma perspectiva mais ampliada, faz com que sejamos fortalecidos. Mais aptos a tomar decisões com compaixão e alterar hábitos e crenças que já não servem ao ser que tomou uma bebida sagrada, se abriu para as lições e voltou engrandecido em amor e tolerância.
Mas, cuidado! O contexto é essencial para evitar uma bad trip (viagem ruim). É necessário que o ambiente, a pessoa liderando a sessão e o grupo que participa estejam em harmonia, segurança e tranquilidade.
Existem casos de gente que precisou procurar auxílio psiquiátrico ou psicoterapêutico depois da ingestão de enteógenos por causa da falta de experiência ou negligência de quem tomou ou quem administrou. A experiência de quem está conduzindo vale muito, mas a integridade do coração puro é o que deve guiar quem administra qualquer dessas maravilhas para que a proteção divina esteja presente.
Estudos sobre as plantas enteógenas
Além do uso ritualístico, o número de terapeutas e centros que utilizam essas substâncias em seus tratamentos aumenta a cada dia. São tratadas diversas condições como abuso e dependência de drogas, síndrome do pânico, ansiedade, fobias, como ferramenta para ampliar o estudo de si mesmo e outras.
O uso terapêutico das plantas xamânicas ainda não está aprovado, nem regularizado no Brasil. Mas existem iniciativas em prol da mudança na lei, como o I Simpósio de Pesquisa e Política sobre Plantas e Substâncias de Uso que ocorreu na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) nos dias 21, 22 e 23 de fevereiro de 2018. Esta e outras reuniões propõem apresentações e discussões da experiência prática dos poucos que se arriscam a passar por problemas legais, pois sabem dos benefícios destas medicinas para seus pacientes.
Já existe número suficiente de estudos acadêmicos no exterior e no Brasil que comprovam a eficácia das substâncias professoras para várias condições psicológicas e seu uso clínico já está atestado. Mas dizem que, o lobby político da indústria farmacêutica dificulta a legalização do uso comprovado por nossos ancestrais e pela ciência. As drogas produzidas especialmente a partir de opiáceos geram mais lucros e os laboratórios menosprezam os nefastos efeitos colaterais.
Estamos defendendo o uso medicinal e terapêutico dessas substâncias. Como já o fazem alguns profissionais que trazem estrangeiros para tomar a bebida sagrada no Brasil seja ela chamada ayahuasca, yagé, nixi pae, vegetal ou santo daime. Estes e muitos outros grupos compartilham seu sacramento em rituais e algumas vezes na vida diária, como remédio para vários fins (inclusive para auxiliar partos).
Queremos poder usar o que a natureza nos dá, dentro de uma lei justa para todos. Os povos nativos da Amazônia passaram seus conhecimentos milenares com toda a liberdade e carinho aos seus amigos da cidade. Continuamos em aliança e troca constante com vários representantes dessas tradições e vemos o quanto têm nos ensinado a viver em harmonia com a família e a natureza. Apoiamos o uso responsável dos que praticam e estão preparados para apoiar quem se sente chamado a se conhecer melhor e se curar com o auxílio dos enteógenos.
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Terapeutas Guia da Alma estão te esperando!